11 Apolo.

109 15 9
                                    

Melissa se remexe e me aperta, dou um sorriso a olhando, como pode? Ser tão pequena e tão forte, me chama tanta atenção, me faz querer protegê-la, mas não posso, minha alcatéia nunca aceitaria, todos que me respeita não me respeitaria mais.

Por que uma feiticeira? Tantas criaturas e a lua foi escolher logo uma feiticeira, suspiro e volto a olhar para frente.

-Você sabe que é o alfa supremo. — David fala.

-O alfa que todos tem medo e respeita. — João completa.

-Todos irão te respeitar se você escolher suas emoções uma vez na vida. — David volta a falar e eu os olho.

-Não sei do que estão falando. — Falo fingindo demência, foco na frente e acaricio sua cintura.

-Ook. — Os dois fala desistindo de tentar.

É melhor não tentar mesmo, nunca vou assumi-la, vou rejeitar Melissa se ela for realmente minha companheira, mas o que eu não entendo é que se ela é minha companheira por que esse tal de Bruno também é?

Se ela é minha, então é só minha, se esse Bruno tentar se aproximar arranco a cabeça dele antes mesmo de dizer oi.

{……}

Dois dias de viajem para achar a Margarida, Melissa pode ser bem teimosa quando quer, ela disse que não iria para lugar algum sem ela, então não podia deixá-la sozinha nisso, depois de dois dias para achá-la, mais dois dias para ir para casa.

Melissa está agora aqui, de braços cruzados a minha frente em cima do cavalo, ela pode ser bem birrenta.

-Vai continuar com essa cara? — Pergunto entrando na minha residência.

-Que cara? — Pergunta ainda de braços cruzados.

-Essa aí. — Desço do cavalo e estendo o braço para que ela venha, mas não, ela continua em cima do cavalo. -Vai ficar ai? Você sabe que não vou ter nenhum problema em te deixar.

-Por que? Por que você não quer me deixar ir? — Ela volta a perguntar e eu seguro sua cintura.

-Por que? — Dou risada a descendo e grudando nossos corpos. -Porque seu companheiro é maluco e sei que assim que eu permitir você vai correndo para ele.

-Ele não me machucaria. — Ela sussurra olhando minha boca e depois meus olhos.

-Não tenho tanta certeza. — Sussurro de volta apertando sua cintura, ela morde os lábios me fazendo me aproximar.

Mas que merda estou fazendo? Não posso beijá-la, ela fecha os olhos e eu suspiro, saiu deixando a solta, não posso beijá-la, não posso tocá-la, preciso ficar longe dela, seria muito mais fácil se ela não tivesse aqui, mas se ela não estiver ficaria maluco que nem nessa semana.

Melissa voltou para mim, então assim não vou deixá-la ir, mas também não vou assumi-la, entro no meu quarto e vou até o banheiro, preciso tomar um banho e sem pensar nela.

-Apolo? — Laura entra no banheiro e eu a olho.

Depois daquele incidente, nunca mais toquei Laura, não podia machucá-la novamente, por ela e por mim, não posso mais fazer isso com ela.

-O que foi? — Termino de tirar minha roupa.

-Queria saber do porquê ela voltou... Achei que você e eu.. Bom..

-Laura, acabou Ook? Eu te machuquei e isso deveria importar para você ou seja deveria se afastar de mim.

-Não, eu te amo Apolo. — Ela acaricia meu rosto. -Por favor... Não me dispensa assim, a gente iria se casar, se lembra? Você disse que eu era a Luna perfeita.

-Eu me enganei. — Tiro sua mão do meu rosto.

-Você não pode falar assim comigo, falta três dias para lua de sangue Apolo, sabe o que isso significa?

-Que vai ter uma lua de sangue? — Pergunto entrando na banheira.

-Apolo vai ter lobos por todas as partes e você iria me marcar. — Ela grita e eu suspiro.

-Chega Laura, você tem sorte que eu estou deixando você ir, não sou boa companhia para ninguém, agora saia.

-O que?

-SAIA. — Gritei e ela saiu apressadamente.

Lua de sangue, algo que acontece uma vez no milênio, a pior lua de todas, as lobas sofrem por não acharem seu companheiro, os lobos forçam as mulheres a ter relação sexual por conta do cio, não é algo que podemos evitar, simplesmente acontece.

Nunca passei por uma lua, essa será a primeira, e de certa forma agradeço por isso, sem contar na parte que nunca me senti atraído, não como estou com a Melissa, suspiro e relaxo na água.

Sinto o cheiro do David e sei que ele está no meu quarto, esperando que eu saia, dou um sorriso e suspiro.

-Entra David. — Falo e ele abre a porta.

-Precisamos conversar. — Ele entra no banheiro e começa a andar de um lado para o outro.

-O que aconteceu? — Pergunto jogando o cabelo para trás.

-A lua está chegando e...

-Qual é gente, é só a merda de uma lua, você deveria se preocupar com você mesmo David e me deixar em paz.

-Mas aí é que tá... Eu vou me preocupar comigo depois que você me falar uma coisa. — Ele se aproxima e senta na privada. -Você não vai forçá-la, né?

-Forçar quem e o que? — Pergunto o olhando.

-Você se sente atraído pela Melissa, sabe o que isso significa? — Pergunta e eu me sento. -Significa que você pode forçá-la a ter relações com você.

-O que? Não... Eu não vou fazer isso, sei muito bem me controlar.

-Não Apolo, perto dela você é como um lobo novato, até eu tenho mais controle. Entendeu?

-David você está afirmando que eu vou abusar da Melissa?

-Tenho certeza que seu lobo vai estar sedento por companheira.

-Ela não é minha companheira. — Grito batendo na água. -Eu só me sinto atraído por ela.

-Exatamente. — Ele fala e se levanta. -Você precisa ficar ao meu lado o tempo todo Apolo, eu posso te ajudar a se controlar.

Suspiro ao ouvir a porta se fechar, esse David está ficando muito mandão e sábio, o que me deixa ainda mais bravo, se ele tem razão quer dizer que eu posso machucá-la e eu não quero isso, não mesmo.

Saiu do banheiro com uma toalha em minha cintura e outra menor secando meu cabelo, vou até minha varanda e a olho, sabia que ela estaria com as crianças e acertei, ela brinca com um bebê e ouve as histórias da anciã.

Ela é tão linda, ela sorri brincando com a criança e me olha, ela vidra seus olhos nos meus me causando arrepios, entro no quarto rapidamente e suspiro.

Merda de mulher que me enlouquece.

-Alfa... — João entra e fecha a porta. -O que David tem?

-Esta nervoso com a Lua.

-Todos nós senhor. — Sorri e me sentei na cama. -O que vamos fazer com a feiticeira, a bebê feiticeira e sua companheira?

-Mostrem a mulher e a criança os aposentos. — Ele assentiu. -Já a Melissa, faça ela de... — Penso em algo. -Escrava?

-Sexual senhor? — João pergunta surpreso.

-Não sua anta. — Grito e o mesmo suspira aliviado. -Estou falando para ela trabalhar, faz ela catar lenhas, fazer comida, arrumar as camas, lavar louça e sei lá mais o que.

-Sim senhor. — Ele sai e eu sorrio imaginando Melissa fazendo as coisas que ela possivelmente odeia.

O Supremo Alfa ~APOLO E MELISSA~ (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora