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-Pai. — falei correndo e o abraçando fortemente. -Desculpa, desculpa por fugir.

-Tudo bem. — Ele diz tocando meu rosto. -Você fez o necessário por sua família. — Assenti o abraçando.

-Rick. — Apolo diz e meu pai sorri indo até ele.

-É bom te ver. — meu pai diz e o abraça. -Arthur. — Meu pai abraça Arthur fazendo o rir.

-Sei que estamos todos felizes por esse encontro, mas temos problemas. — Apolo afirma.

-Qual? — Meu pai pergunta colocando Arthur no chão.

-Eu não sabia que aquela aérea era de um alfa. — Começo encarando meu pai. -Perdão.

-Que alfa? — Meu pai pergunta.

-Alex, eu o ataquei... Mas ele recuou, não me assustaria se ele viesse até nós.

-Ele viu a Melissa? — Rick interrompe Apolo. -Ele te viu? Te reconheceu?

-Provavelmente, mas por que pai? — Pergunto confusa, ele olha ao redor e me pega pelo braço me arrastando para dentro. -Pai, o que está acontecendo?

-Alex e eu... Temos uma rixa. — Meu pai responde. -Se ele te reconheceu...

-Ele não seria capaz de vir até aqui. — David interrompe meu pai chamando a atenção. -Eu vi o medo nos olhos ao ver Apolo.

-Eu também fiquei com medo. — Rick responde. -Essa forma que seu lobo tem, é incomum... Qualquer outro lobo ficaria com medo, a questão é que ele não viria.

-Mas mandaria alguém? — Sussurrei encarando meu pai.

-Precisamos te tirar daqui, você também. — Meu pai  aponta para Arthur e nos arrasta para o andar de cima.

-Pai, o que pensa que está fazendo? — Pergunto sendo jogada em um quarto.

-Vocês dois ficarão aqui até tudo acabar, sem sair. — meu pai fecha a porta me fazendo arregalar os olhos.
-NÃO, NÃO MESMO... PAI, VOLTE JÁ AQUI E ABRA A PORTA, EU TENHO O DIREITO DE ESTAR AI. — Grito batendo na porta. -PAI.

-Mãe. — Encaro Arthur rapidamente. -Tudo bem, ele só quer nós proteger. Ficará tudo bem. — ele se senta na cama e acaricia a cabeça da Malia.

-Gabe te deixou com a criança. — Sussurrei negando. -Está certo, o que sugere?

-Que deite e pare de gritar, Malia se assusta facilmente. — Ele afirmou.

-Pelo menos temos algo incomum. — Afirmo me sentando na cama.

Encaro minha janela com grades enormes, suspiro negando... Papai restaurou meu quarto, tanto que colocou grades.

Passei a maior parte da minha infância dentro de uma cela, não uma cela assim, mas um campo com uma barreira ao redor.

Poucos podiam ter contato comigo, Bruno, Stella e Gaia seria uma delas, deve ser por isso que me apaixonei por ele.

Por isso me entreguei, ou não... Já que Arthur é filho do Apolo... Me jogo na cama e suspiro.

Não posso ficar aqui, isso é um castigo.

{……}

-Bruno. — Digo ficando a sua frente. -Irá me ensinar, o que?

-O que quer aprender? — Ele puxa minha cintura me fazendo gargalhar.

-Acho que vou deixar você me surpreender. — Sussurrei tomando sua boca.

Ele me levanta fazendo com que eu me sentasse no muro, o aperto com minhas pernas ouvindo sua risada baixa.

-Aaii gente que nojo. — Ouço Stella e a olho.

-Gaia. — Grito e me separo de Bruno para abraçá-la.

-Ficou sabendo da nova? — Stella pergunta subindo no pequeno muro. -Rick irá nós levar para conhecer a floresta... Nós quatro.

-Margarida acha isso perigoso. — Bruno diz se afastando.

-Isso é um treinamento, Bruno. — Gaia diz. -Estaremos em segurança...

-Se você ao menos morasse aqui, saberia que não é seguro lá fora... Você é uma deusa, um ser desconhecido e inexistente para todos lá fora... Melissa, não. Todos sabem de sua existência, do seu poder de julgamento.

-Mas nada acontecerá. — Digo ficando entre os dois. -Não adianta nada ficarmos assim... Somos uma equipe, se lembra?

-Uma deusa não deveria fazer parte disso. — Bruno diz e sai com toda sua marra.

-Bruno sendo Bruno, vamos pegar as coisas meninas... Hoje conheceremos o mundo lá fora. — Stella diz animada e corre para longe.

Gaia e eu rimos seguindo ela, Stella sempre foi a mais animada e inocente dos quatro, Bruno é o mais instável... Tanto que competi esse posto com Gaia.

Já eu, sou reconhecida como a líder... Se é que podemos dizer isso, já que eu jamais irei mandar em algo.

Pego meu arco e flecha, Gaia pega sua espada, Bruno sua lança e Stella pegou sua adaga, subi em meu cavalo e vi meu pai se aproximar.

-Mel, vem. — Encaro a porta assustada e suspiro.

Percebo que estou no quarto e vejo Arthur e Malia na cama, me levanto rapidamente e cubro os dois, pego a capa que Gabe me oferece e o encaro.

-Tudo bem?

-Só lembranças. — Sussurrei vestindo a.

Ao saber que tenho uma maldição, minhas memórias da primeira vida me atinge em cheio.

Pode ser algo que me ajude, ou algo que me faça ter mais raiva do Bruno. Vou em direção ao meu pai que sorri.

-Qual o plano? — Pergunto encarando meu pai.

-Não temos um, não mais. — encaro Apolo que está cheio de sangue.

-O que houve?

-Bruno nós achou, Rick estava certo... Alex nós entregou.

-E agora? — Pergunto encarando Apolo.

-Estamos contando com você, Mel. — Gabe diz se aproximando e eu arregalo os olhos.

-Está maluco? Eu não tenho magia... Mesmo que minhas lembranças volte preciso de tempo. — afirmei.

-Você tem duas horas. — Encaro Neide entrar por a porta.

Pera... Como eu me lembro dela? Me pergunto... Tenho mais lembranças do que pensei ter, pensei que somente minha infância estava vindo à tona, mas pelo jeito não é.

Mas e se eu focar nessa lembrança? No dia que saimos pela primeira vez, talvez eu consiga, sorrio encarando Neide.

-Tenho uma ideia, mas é muito inapropriada.

-É tudo que temos. — Gabe diz e eu sorrio.

-Mas antes, precisamos de um plano B. — Todos concordaram e seguiram minhas ordens ao pé da letra.

Está na hora de voltar ao passado.

O Supremo Alfa ~APOLO E MELISSA~ (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora