63 Mel

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Termino de trançar meu cabelo e sorrio feliz com o resultado, me levanto e vou até o berço encarando minha pequena Alícia dormir.

-Eu ficarei com ela até a apresentação. — Ana diz entrando na tenda.

-Cadê William?

-Não deixaram ele entrar. — ela diz rindo. -Pelo jeito somente o pai pode ver a menina, até a...

-Apresentação. — Falamos juntas rindo.

-João está com ele, não se preocupe... Agora vá antes que todos desistam de esperar. — Dou risada sem conseguir me conter. -Você está linda. — Ana me coloca na frente do espelho.

O vestido branco, quase transparente, é necessário... Tenho medo do cetro não me aceitar como julgadora... Posso afirmar que ele é bem crítico.

-Já volto. — Afirmei deixando um beijo na minha menina.

Assim que pisei fora da tenda vi muitos se curvar, sorri sentindo a vergonha me atingir em cheio.

Andei vagarosamente até o meio do campo, onde tinha tantos feiticeiros amarrados uns nos outros que parecia um novo massacre... A diferença é que todos estão vivos.

Fico a frente deles e muitos me olham com esperança, minha vontade era de matá-los assim como eles nós matou.

-Muitos querem a morte. — Gritei fazendo muitos se animarem. -Mas não terá morte... Não hoje. — Eles se olham e eu convoco o cetro.

-MELISSA... ELES NÃO TIVERAM CULPA. — Bruno grita ao ver o cetro do julgamento.

-Tem crianças aqui. — Uma mulher grita me fazendo suspirar.

Entreguei meu cetro para Apolo que estava ao meu lado todo esse tempo, separei as crianças dos outros ouvindo muitos pedir misericórdia.

-Mel... Usa o feitiço da verdade com as crianças. — Ouço Stella e a encaro. -São só crianças, assim como Arthur era. — Suspiro.

-Vocês sabem o que eles fizeram? — Pergunto lançando o feitiço neles.

-Sim. — Todos respondem.

-Conseguem entender que eles não morreram, mas serão julgados por isso.

-Não quero isso. — Ouço uma garotinha sussurrar e a fiz me olhar.

-Eu também não queria perder meu filho, ou ver meu povo ser escravizado... Mas isso não impediu deles fazerem, ou impediu?

-Nao. — Ela sussurrou.

-Respondem a perguntar. — Falei mais firme e todos assentiram. -Ótimo. — Jogo as crianças para o lado e puxo o cetro.

-VOCÊS FORAM ACUSADOS, E A SENTENÇA É SER JULGADOS. — Gritei fazendo o cetro brilhar. -O cetro escolherá o castigo.

Assim que termino de falar o cetro brilha tanto quanto o sol, vejo muitos fecharem os olhos... Faz tempo que não uso o Cetro do julgamento, mas mesmo assim... Ainda sei usar, a magia corre por mim assim como o julgamento.

O cetro condena muitos ao trabalho de mineradores, ao cuidar da natureza, outros recebem o pior castigo... Servir aquele que o julga.

Assim que o cetro para de brilhar, somente três ficaram... Somente três e um deles, Bruno! Suspiro já sabendo que o cetro faria isso.

-Merda. — Sussurrei, fiz o cetro desaparecer e me aproximei fazendo as cordas desaparecerem.

-Rainha não deveria fazer isso. — Um dos meus diz alto e tenta se aproximar, mas ao ver meu olhar sobre ele, parou.

O Supremo Alfa ~APOLO E MELISSA~ (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora