Capítulo 223
(Júlia Gomes on: Tive o vislumbre de um quadro, aonde minha imagem apenas de roupa íntima, e dormindo... Estava grafitada
em uma enorme tela e ao lado da mesma uma fotografia referente à pintura. — Ah meu Deus, será que o Zayn colocou uma câmera escondida no meu quarto?
— Atordoada com a hipótese, recuei lentamente fazendo com que minha coxa se chocasse contra a madeira de uma mesa.
Rapidamente me virei em direção à ela, encarando alguns dos papéis esparramados e fotografias...
Todas minhas. Nenhuma me pareceu recente, eram de quando eu cheguei à mansão...) Zayn: Mas que porra você está fazendo aqui? — perguntei irado, já adentrando o cômodo de forma evasiva. —
Quem você acha que é para mexer nas minhas coisas?
Júlia: O que siginifica tudo isso? — consegui perguntar, me referindo ao ambiente em volta. — O que são todas essas fotos? TEM UMA CÂMERA NO MEU QUARTO?
RESPONDE! — me exaltei.
Zayn: Não grite comigo, cacete! — gritei. — Vai acordar a minha mãe e transformar tudo isso num verdadeiro inferno.
Júlia: Muito irônico da sua parte pedir por silêncio gritando! — elevei ainda mais o meu tom de voz. — Estou esperando uma explicação! — cruzei os braços, e ele bufou.
Zayn: Sim, eu coloquei uma câmera no seu quarto. — ela me olhou indignada. — Mas depois da primeira semana eu a tirei. Tenta me entender, caralh*! Eu nunca
convivi com outra mulher na mesma casa, a não ser a minha mãe, e eu desconfio até da minha própria sombra... Tinha que me certificar se você não era uma "ameaça".
Mas depois disso mandei desinstalar. — ela suspirou pesado, e pareceu pensar.
Júlia: Tudo bem, eu entendo.
Zayn: Sério? — perguntei surpreso. — Não dar um Drama Queen ou algo do tipo? — franzi o cenho.
Júlia: O que? — ri. — Mas não, agora que conheço um pouco mais sobre o "seu mundo" compreendo que a questão: desconfiança tem que estar em primeiro lugar.
Zayn: Boa garota, você aprende rápido. — brinquei, e ela revirou os olhos. — Agora vem comigo, eu tenho algo para lhe mostrar.
Júlia: O que é, por acaso me pintou nua?
Zayn: Quem sabe...
Júlia: Idiota. — dei um soco fraco em seu braço, e seguimos para o meu quarto.