Cap 367

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Lari: Vo-você o quê?
João: Eu te amo Larissa. — ela pisca os olhos algumas vezes, como se estivesse tentando processar minhas palavras.
Lari: Não... Você não pode estar falando sério... — ri sem humor. — Qual é João,
acha mesmo que depois de TUDO o que me fez, tudo o que fez com nosso "relacionamento",
vou simplesmente acreditar nesta mentira? — neguei. — Já não sou a garota ingênua que você conheceu, não vou
cair nesse teu jogo doentio outra vez.
João: Eu sei que é difícil de acreditar, mas eu te amo... AMO MESMO!
E saiba que estou assustado... Desesperado,
e tão confuso quanto você. "Baby eu me sinto louco..
Eu te vejo em volta em todos estes rostos vazios.
Acordado a noite toda, e todos os dias.
O que está acontecendo comigo?"
"Só porque alguém não te ama como você quer, não significa que este alguém não te ame com todo o seu ser."
Lari: João, eu... — meu coração parou por um instante.
Eu não conseguia achar sentindo na frase dita por seus lábios, apenas olhava em seus olhos com a boca entreaberta.
João: Larissa, eu criei uma armadura para me proteger e não deixar ninguém entrar de forma tão íntima nisso que chamo de coração.
Sempre me esquivei de sentimentos profundos e intensos como esse, por receio de sofrer e me tornar um cara patético que se fode por conta de mulher.
E aquela maneira bruta de te tratar, era um jeito de tentar mostrar que você significava para mim. Eu não conseguia colocar para fora, falar que te amava,
era demais para a minha personalidade, então eu agia da forma oposta do que eu verdadeiramente sentia.
Lari: Eu não sei o que dizer. — Num momento de insanidade, pousei minha cabeça no peito de João e inalei seu perfume que eu tanto conhecia e adorava.
Ele apoiou seu queixo no topo de minha cabeça e ali permanecemos, um aninhado ao outro sem a mínima pretensão de desvencilho.
A posição era tão confortável, tão acolhedora que por alguns segundos me esqueci do real motivo de eu ter vindo até aqui.
João: "Eu não vou cobrir a cicatriz, vou deixar sangrar. E então o meu silêncio não vai ser confundido com paz...
Será que estou errado por querer que a gente fique junto?"

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