José Pires: Não vai me dizer que acreditou nas mentiras ditas elo João, e por isso mudou de opinião!? Lari: Não... É que eu... — divaguei novamente.
José Pires: É inacreditável o seu nível de ingenuidade, Larissa...
O que mais ele precisa fazer para você cair na real? — vociferei e acertei meu punho contra o balcão.
Lari: Eu não me deixei levar pelas "mentiras" como você disse; ok?
Só estou confusa em relação a tudo isso. É complicado, José... Uma vez que eu entregar o pen drive,
não terá mais volta. — passei minhas mãos pelos cabelos, enquanto explicava o meu ponto.
José Pires: Complicado? — ri sem humor. — Complicado foi passar um mês vendo a garota que eu gosto, chorar por outro...
E complicado está sendo te ver cair na lábia de um bêbado drogado,
se iludindo outra vez. — ela abre a boca para falar, mas não diz nada. Então me levanto frustrado da banqueta,
e saio pisando duro no chão. (...) Larissa Manoela Narrando: Assim que José foi embora, respirei fundo e decidi ir às compras para me distrair. Caminhei até o estabelecimento
que se localizava na esquina, e
enchi uma cesta com frutas, guloseimas e verduras. (...)
Eu enxergava a rua a minha frente com dificuldade através das folhas de alface quase coladas em meu rosto que insistiam em tapar minha visão e
rezava pra que eu chegasse até a portaria do prédio, com a sacola intacta.
Enquanto eu caminhava, senti o barulho de algo rasgando e vi a maçã (que antes estava no saco) rolar pela calçada abaixo de mim.
Tampei o buraco imediatamente e me abaixei para pegá-la, mas vendo que a mesma havia sumido,
desisti de procurá-la. Uma maçãzinha não faria falta. Segui meu caminho normalmente, até que ouvi meu nome sendo chamado.
Virei-me para trás, de onde viera a voz, e me deparei com um rosto familiar a alguns metros de mim na calçada.
Ele estendia no alto a maçã que provavelmente havia caído da minha sacola e vinha em minha direção.
xxx: Acho que você deixou escapar essa maçã. — entreguei a fruta vermelha para ela, e seu olhar se conectou ao meu. |