Thomaz: O que aconteceu?
João: Ela cancelou o jantar. — dei um sorriso irônico e ele se abaixou,
e pegou o meu celular.
Thomaz: Ué, como diz o Carlos... "Algo de errado não está certo" — sibilei ao ler a mensagem.
João: Realmente não está... Eu estou aqui pagando papel de otário,
vestido com essa roupa de merda, com reservas no restaurante mais fino da cidade, para a porra de um JANTAAR! — passei as mãos pelos cabelos
e respirei fundo. — Mas que se foda!
Carlos: Apesar de achar que foi pouco o toco que a Larissinha te deu... — peguei o celular
do Thomaz. — Concordo com o Tho, tem algo muito estranho nisso tudo. — deslizei meu dedo sobre o ecrã,
pressionando-o no ícone de contatos. — Mas o que? — fiquei boquiaberto ao fitá-lo. — Você apagou os números das suas putas?
João: Sim. — afirmei. — Mas isso não é da tua conta.
Carlos: Nossa, está mesmo dando tudo de si... Eu vou ligar para a Lari, e perguntar o que aconte... João: Nem se atreva. — arranquei meu o celular de sua mão. —
Não quero parecer a porra de um desesperado. — guardei meu dispositivo no bolso.
Thomaz: E o que vai fazer então?
João: O que sei de melhor... Me trancar no escritório, e virar a noite bebendo
e fumando maconha. (Uma hora e meia depois... | Apartamento da Lari)José Pires: A que horas mesmo, o Ávila vem te buscar? — Lari sentou-se ao meu lado, no sofá.
Lari: Era para ele estar aqui há trinta minutos atrás... — apoiei meus cotovelos nos joelhos,
e afundei minha cabeça nas mãos. — O pior é que ele não ligou desmarcando e nem enviou mensagem. — chequei meu celular umas trinta vezes,
e a última msg registrada, era: "Ook. Nos vemos mais tarde então." — Será que eu deveria ligar para ele?
José Pires: NÃOOO. Quer dizer... Seria muito humilhante da sua parte fazer isso.
Ele é o errado da história, e é ele quem tem que correr atrás.
Lari: Tem razão, ele deve ter feito de propósito.
José Pires: Me desculpe dizer, mas... Eu te avisei.
Lari: Pois é... — e mais uma vez fui feita de trouxa, por João Guilherme de Ávila.