Troquei de posição na cama e me espreguicei sob os lençóis.
Quando minha visão se ajustou, pude encarar ao meu lado a escrivaninha do quarto de João. Com isso, então, um pensamento me ocorreu.
Hesitantemente, virei para o lado oposto me perguntando se o encontraria ali. E relaxei os ombros quando o vi deitado de bruços completamente apagado.
Ele ficava bonito dormindo. Talvez seu rosto estivesse um pouco amassado pelo travesseiro que ele abraçava sobre a cabeça, mas ainda sim bonito.
Aparentemente, ele não acordaria tão cedo. Decidi então me levantar e seguir para o banheiro. Como eu trajava apenas minha lingerie,
peguei a primeira blusa de João que vi pela frente e a vesti. O aquecedor da mansão estava ligado, então não precisava de casacos
no momento.
Passei os dedos pelos meus cabelos apenas para desfazer os nós que haviam se formado durante a noite e joguei as madeixas para trás.
Minutos depois, senti meu estômago roncar, e quando fui abrir a porta para sair do quarto... Ouço uma voz rouca me chamar.) João: Larissa... — murmurei em tom quase inaudível, com meus olhos fechados.
Lari: Você esta sonhando comigo? — indaguei em sussurros e me aproximei, sentando na beirada da cama. — Vou acabar ficando convencida desse jeito. — Soltei um leve riso. — Apenas espero que sejam coisas boas — Proferi elevando minha mão ate seus loiros fios de cabelo. — João, eu estou feliz pela nossa reaproximação e tudo mais...
Só que...
João: Que? — soltei um longo bocejo, e semicerrei meus olhos em sua direção.
Lari: Eu preciso te contar uma coisa... — apertei os lábios por entre os dentes, antes de continuar. — Olha...eu quero que
saiba, que isso aconteceu um dia após eu te encontrar com a Jade no galpão... Eu estava magoada, e movida pela sede de vingança... Então,
acabei por aceitar. — suspirei fundo e ele me encarou desconfiado — Acontece que o Eduardo me contratou para descobrir informações comprometedoras
sobre você então invadi o seu computador e as salvei dentro de um pen drive. — disse de uma vez e ele levantou sobressaltado.
João: O que foi que você fez? | Continuo