Maria Fernanda, 16 anos.
■ insta: @// oops_nesssa
Letícia Silva, 15 anos.
■ insta: @// isanasciment0_
Lucas Alves, 24 anos.
vulgo: Fiel.■ insta: @//sobsucla
Pedro Peixoto, 20 anos.
vulgo: Pedrinho.insta: @// arthur_ofc11
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ᴍᴀʀɪᴀ ғᴇʀɴᴀɴᴅᴀ 💫
Hoje era mais um dia comum, aquelas coisas normais da vida de uma adolescente de dezesseis anos, não era como se eu fosse protagonista de algum livro do wattpad, era apenas normal, por enquanto.
Eu morava com minha mãe, Maria Lourdes e meu pai, Fernando, aí você faz uma carinha de surpresa e já pode dizer que "imagina de onde o meu nome veio."
Minha família ainda é um pouco grande, tenho meus tios e tias maternos, mas todos são falsos e chatos, diferente da minha vó paterna, única viva da família do meu pai, ela é incrível pro mundo.
Mas além disso, tenho meu irmão Pedrinho. Infelizmente não convivo muito por ele morar longe e não temos uma boa relação, ele por ser ciumento e eu por já querer ser mais solta no mundo.
Eu estudo de manhã, moro na entrada da Rocinha, mas eu nunca subi pra lá, o meu máximo é ir na escola, que é na saída do morro também.
Eu tenho algumas colegas que moram por lá e tudo mais, incluindo a Letícia, minha amiga desde pequena, de berço. Ela e as outras meninas vivem chamando, mas cara, deus me livre. Se minha mãe descobre eu tô fudida e não tem como eu dar um passo em falso sem ela descobrir, além do sensor de mãe, os vizinhos não deixam passar nem vento, então a gente senta e respira, morrendo de curiosidade.
Eu gosto de desenhar, é minha coisa preferida no mundo, sabe? Passo horas do meu dia, mas a maioria é fazendo letras em grafite, que é a coisa mais linda, inclusive na parede do meu quarto. Desenhar é a coisa que me distrai, quando meu pai chega bêbado querendo matar a minha mãe e a mim...
O que acontecia agora, mais uma vez, na verdade era como se já fosse marcado, todos os dias. Era a mesma coisa sempre, ele acordava, era um ótimo homem durante o dia, mas quando chegava a noite, ele ia por bar e bom, queria matar todos dessa casa, mas sempre que ele acordava, voltamos ao bom homem que nunca se lembra de nada.
Mas sabe o que é pior? Ver minha mãe com várias oportunidades de sair daqui e me levar junto, mas ela não sai, eu nunca irei entender o porquê.
Maria: Oi, Fernanda.- Falou invadindo meu quarto e fechando a porta, tirei meu fone colocando o celular e o lápis em cima da mesa.
Fernanda: Oi, mãe.- Sorri fraco.- Senta aí, vou limpar isso.
Maria: Sabe o porquê de eu trabalhar tanto, de eu me esforçar tanto por você? - Olhei pra ela, enquanto abria a caixa de socorros.- Pra você nunca passar pelo mesmo que eu, ser uma mulher forte e independente.
Fernanda: Deveríamos sair daqui.- Foi a única coisa que eu falei, limpando seu braço machucado de faca.
Maria: Se eu ainda estou aqui, eu tenho motivos...- Fiquei calada, continuei quieta sem emoção alguma, isso sempre estragava minha noite.
Fernando: Eu vou matar vocês.- Me assustei com o grito dele e vi ele enfiando uma faca na porta do meu quarto.
Recolhi as coisas da minha cama e minha mãe deitou ali se encolhendo, mordi meu lábio escutando seus gritos e me sentei na minha mesinha, colocando meus fones e fiquei observando a porta, encolhida e assustada.
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Alto do morro
Novela JuvenilFoi la aonde eu te conheci, lá no alto do morro foi onde eu me apaixonei por você e tudo mudou, ou melhor, nós fizemos tudo mudar.