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Maria Fernanda 💫

Eu tava conversando com meu irmão a um tempinho já, ele tinha respondido meu status que eu postei uma foto minha mais cedo, perguntando se eu tava bem ou precisando de algo.

Fiquei conversando com ele por um bom tempinho, contando algumas coisas pra ele, até ele falar que talvez vinhesse na casa dos pais amanhã, eu falei que seria legal e ainda soltei indireta dizendo que se ele quisesse me tirar dali junto a nossa mãe eu ia amar, mas ele me falou que não dependia dele e que já tentou, mas disse que quando eu quisesse ir pra casa dele, era suave.

Letícia: Tá se envolvendo com o Fiel, né? - Sentou do meu lado no sofá, as meninas estavam jogadas no quarto após encher a cara e só tinha eu, ela e Victoria na sala sóbrias.

Mafê: Sendo sincera com vocês, tô sim.- Encarei elas.- Faz poucos dias até.

Victória: Fernanda, sabe a minha história, do meu cabelo? - Concordei, olhando pra ela.- Eu tava me envolvendo com o Fiel, Maria.

Letícia: Como assim? - Olhou pra ela.

Victória: Não importa como, mas eu tava envolvidona com ele. Ele me chamava pra sair, pagava as coisas, me dava maior alegria e tudo, me chamou pra ir pra casa dele, a gente transou, mas eu achava que ia ser uma transa e ele não ia mais olhar pra mim, mas ele continuou o lance. Até o dia que uma das meninas que ele paga arrumar confusão comigo, meti marra pra ela e ela teve maior apoio dele e dos meninos pra cortar meu cabelo, ele ainda ficou tirando piadinha e rindo.

Letícia: Caralho, Victoria.- Sorriu sem graça.- Como eu não soube disso, cara?

Victória: Porque não foi nesse morro, a gente tava em outro baile quando ela meteu essa.- Negou com a cabeça.- Quer se envolver? Envolve, mas vai aprender na dor.

Mafê: Ei, cara! Quantas vezes vocês já me viram apegar a alguém? - Olhei pras duas.- Eu já fiquei com gente muito mais bonita e com um papo muito melhor do que o do Fiel, o cara parece aqueles emocionados que nunca beijou na vida.

Letícia: Nossa, mas ele usa o mesmo personagem.- Falou rindo e eu gargalhei.

Victória: Ele já falou que vive num bagulho perigoso e prefere adiantar as coisas do que não viver? - Apontei pra ela concordando e rindo.

Mafê: Aquilo é puro personagem gente, papo reto. É impossível alguém ser daquele jeito que ele inventa.- Letícia gaitou e a gente começou a falar mal dele, até eu puxar o assunto só Rp.- Ele tava falando comigo, é só por ele ser bandido que você não da moral mesmo?

Letícia: Meu pai falou que eu não posso me envolver com ninguém do morro, ele olha nos meus olhos e diz que como homem e bandido, nenhum desses meninos aqui vai me dar o futuro que eu mereço.- Victoria negou.

Victoria: Você que faz o seu próprio futuro, mana. A pessoa que vai ficar contigo, só vai te ajudar.

Letícia: Eu sei, amor. Mas é exatamente por isso, ele falou que existe realmente meninos de boa, que ficariam feliz em me ver fazendo minhas coisas, mas é difícil de eu encontrar.

Mafê: Ele tá certo pra caralho.- Cocei a cabeça.

Letícia: Eu sei. Ele fala que eu sou livre pra fazer minhas escolhas, mas quando eu me arrepender de alguma, eu tenho que ter o mesmo peito pra aguentar, do que eu tive pra entrar.- Sorriu.

Victória: Mas e só ficar? Rp não ia te prender muito menos ficar de caô por causa do Paulo.- Ela riu.

Letícia: A gente já ficou, boba. Ele quer algo sério, eu não entendo ele.- Fez careta.

Victoria: Acho que entre todos, Rp é o que mais se salva, ele é diferente dos outros, a gente mal ver ele com nega.- Deu os ombros.

Mafê: Esses são os piores, faz tudo escondido.- Pisquei.

Letícia riu se jogando em cima de mim e deitou a cabeça na minha barriga, Victória deitou no outro sofá e a gente ficou falando sobre as nossas vidas, eu dormir no sofá com a Lê na minha barriga que nem percebi, a gente só acordou quando o Tio Paulo chegou bêbado rindo e acordando todo mundo.

Alto do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora