Alto do morro

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Fiel 🎭

Nunca imaginei que ser pai ia ser um bagulho tão difícil, nem sabia que ia ficar pobre. Comida toda hora, tá maluco?

Maria tinha pedido pra eu tirar a tarde pra gente comprar coisas pro bebê, aí a gente tava discutindo porque não tinha nem decidido porra nenhuma ainda, enquanto a gente brigava Fernanda fazia o que? Comia.

Fiel: A gente já conversou sobre isso, Maria. No final desse ano você vai morar comigo, então por que carai tu vai querer um quarto da garota na casa do Pedro? - Ela mordeu a coxinha.

Mafê: Pra quando eu brigar com você poder ir pra lá.- Falou brava.

Fiel: Ih garota, tá achando que é assim? Brigou, meteu o pé? Pra casar o bagulho é brigar e dormir junto depois.- Falei batendo os dedos na mesa.

Mafê: Num quero casar, bagulho é brigar, eu ir embora e você implorar pra eu voltar.- Choramingou.

Fiel: Aí caralho, sem condições de montar dois quartos.- Ela concordou com a cabeça.

Mafê: Mas é porque não vou assim que a Thaís nascer pra sua casa.- Neguei.

Fiel: Boba.- Ignorei ela.

Mafê: Arrombadinho mas tudo bem.- Pisquei.- Queria tudo roxo claro, mas algumas coisas iam ter que encomendar pela cor e tô sem paciência.

Fiel: Taca preto.- Ela foi.

Mafê: Tem essa paleta de cores.- Falou pegando o celular.- Olha vermelhinha.

Ela me mostrou o celular e eu fiquei olhando, tinha cor de beço e altas paradas, acabei concordando com ela de comprar o vermelho que era bem claro e bonito pra porra.

O foda foi que quando a gente chegou na loja, Maria me olhou e ficou meia hora parada sem saber o que fazer ou o que comprar, me mandando ir atrás das coisas e eu fiquei como? Sabia nem que tinha que comprar berço.

Depois de comprar essas paradas pro quarto, a gente deixou as compras no carro e fomos comprar as roupinhas, aí eu me amarrei, me empolguei mais que a maluca e sai pegando qualquer parada que eu achava bonito e por milagre, era a Maria que tava reclamando comigo por conta dos preços dos bagulhos.