09

67.1K 4.6K 3.8K
                                    

Fiel 🎭

Bagulho era sinistro, filhão. A gente metia mó marra na hora de pegar, pra depois desapegar fácil. Já era até combinado, pagava de moleque emocionado e depois que conseguia o que queria, metia o pé facin.

Com a garota não era diferente não, mas diferente das outras ela era mais complicada, parece que é aquelas doida que jura em querer viver uma parada de casal.

E nós metia o louco pra o que for, se tivesse que falar com a coroa dela eu metia o pé, trocar ideia com as amiga dela era o mesmo papo, nenhuma gosta de mim porque já dei papo eu tudin, mas nenhuma foi besta em cair porque já conhece.

Ih filhão, fazer o que? Bagulho é viver na doideira, fazer as parada na maior sacanagem, se não for assim qual a graça?

Tava metendo o louco nos contatos dela que tava me ignorando e eu só sabia rir, garota era comédia demais, me chamando de garoto emoção o tempo todo.

Rp: Ei, mané.- Olhei pro lado e ele sentou, Maria se afastou, tirando a cabeça do meu ombro e eu balancei a cabeça.- Vai piar lá no Jacaré? Os cria tudo vai.

Fiel: Vou ver aí né cara, boto fé que não.- Menti na carinha durinha, ele riu sabendo que era caô e negou.- Aí, já conheceu a minha nega?

Mafê: Ê caralho.- Murmurou olhando pra mim.- Tu é chato, cara.

Rp: Satisfação, dona. Tu é amiga da Let, né? - Ela riu.- Pô, desenrola aí a gata, maior tempão que eu tô atrás.

Mafê: Ela é lésbica.- Falou debochada e ele me olhou, eu ri e Maria balançou a cabeça, ele ficou um tempinho ali mas se afastou, olhei pra Maria e ela colocou o braço no meu ombro, apoiando a mão no rosto.

Fiel: Bem que tu poderia dormir lá em casa.- Falei fazendo ela me encarar.- Entra andando e sai de cadeira de rodas.

Mafê: Ou não entro, me parece a melhor opção.- Me encarou e eu vi pela cara que era virgem.

Fiel: Ih cara, relaxa então. Nós ficava suave lá.- Ela negou.

O papo já tinha ido pra puta que pariu, gostava de pegar menina virgem não cara, sou filho da puta mas pegar nega virgem e depois sumir é maior sacanagem por ser um bagulho que as nega se emociona demais. E a Maria tinha muito na cara que é daquelas que quer algum bagulho diferenciado, especial tá ligado?

Ela ficou quieta do meu lado e eu fiquei quieto na minha olhando pros cara e peguei bebida. Passei maior tempão ali só bebendo quando os menor decidiram arrastar pro baile, ela tava no celular quando eu me levantei, ria pra alguma coisa e eu me aproximei pra ver, vi que ela conversava com um moleque e peguei o celular da mão dela só pra fazer caô, mas ela bloqueou antes.

Mafê: Começou, caralho.- Falou se levantando e me dando uns tapa na barriga.- Dá aqui.

Fiel: Ih filhona, vou ter que cortar teu cabelo.- Falei metendo o serin e ela riu debochando.

Mafê: Vai, vai...- Sorri de lado.- Me dê o celular.

Fiel: Um beijo e eu meto o pé.- Falei olhando que só tava as meninas aqui atrás.

Mafê: Se você não me der você é corno.- Eu ri alto, vendo ela com um sorriso misturado com uma cara de braba.

Fiel: Se liga, garota.- Entreguei o celular pra ela.- Tô na tua cola, fia.

Ela olhou pra trás e pros lados, como se procurasse algo, depois coçou a cabeça e fez cara de desentendida, neguei com a cabeça. Puxei a cintura dela mesmo contra vontade e beijei a bochecha dela, descendo pro pescoço, Maria se arrepiou toda e passou a unha no meu braço, me afastei dele coçando a cabeça fui me saindo, Victória me encarou feio e eu neguei com a cabeça, aquela dali era maluca por conta de bagulho que já passou.

Alto do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora