Alto do morro

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Fiel 🎭

Tava conversando com a Alicia que tava sentada na escadinha e eu tava em pé embaixo, fumando e olhando os bagulhos.

Alicia: Juro cara, a Felipa quase ficou careca ontem, foi mexer com a mulher do amante dela, como pode? - Eu continuei rindo, a garota falava da vida dos outros na maior empolgação do mundo cara.

Fiel: Tá maluco, minha mente só passa os moleques correndo atrás do menor ontem.- Ela gargalhou.

Mafê: Fiel? - Escutei a voz calma dela, olhei pra trás sem entender e tirei o cigarro do bico.- A gente pode conversar?

Fiel: Tá fazendo o que aqui? Não me avisou nem nada.- Falei indo na direção dela e quando fui beijar, ela desviou.- Qual foi?

Mafê: Podemos conversar ou não? - Olhei meu relógio e vi o Paulo passando por ali, ele olhou pra Maria e tava vindo na nossa direção.

Paulo: Tá fazendo o que por aqui, nega? - Beijou a cabeça dela.- Tenho uma parada pra conversar contigo.

Mafê: Tá bem, você aproveita me leva pra casa e me conta no caminho.- Ele sorriu concordando.

Fiel: Da uma olhada no movimento aí, pô.- Ele balançou a cabeça e eu fui tocar na Maria pra guiar ela pra salinha, mas ela desviou como se tivesse com nojo e eu olhei pra ela feião.

Mafê: Tu tava com quem ontem? - Falou assim que a gente entrou, cruzei os braços e encarei ela.

Fiel: Com as meninas e os cara.- Ela riu.- Que foi porra? Eu avisei que ia.

Mafê: Intimidade do caralho pra mina sentar no teu colo né? - Eu encarei ela negando.

Fiel: A Thais? Minha prima, pô.- Maria Fernanda começou a rir debochada e eu fiquei na minha.

Mafê: Vou sentar no colo do primeiro que eu ver e te falar que é meu primo, papo reto.- Falou negando com a cabeça e eu passei a mão no queixo.

Fiel: Vai lá pô, veio avisar foi? - Ela me encarou.- Tô te falando o bagulho, que acreditar? Vai na tua, não quer? Se fode também. Tu tá erradona já ai, se for pra ficar querendo me controlar nem rola mais.

Mafê: Caralho eu tô tentando te controlar? Palhaçada mermo.- Falou negando com deboche.

Fiel: Fala direito carai, bagulho chato porra.- Gritei sem paciência e ela me encarou calada, respirando fundo.

Maria foi abrir a porta e eu segurei o braço dela, até que peguei com um pouquinho de força, mas peguei leve quando percebi, ela puxou o braço abrindo a porta e foi saindo, andei atrás dela e quando vi que ela tava metendo o pé, parei e fiquei quieto na minha, olhei pra Alicia que tava mexendo no celular sentada quieta e voltei pro meu lugar.