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Fiel 🎭

Acordei numa puta ressaca, dor de cabeça batia pra caralho, tava nem afim de levantar da cama. Peguei meu celular respondendo uma galera e falei com a Maria, ela respondeu toda grossa e seca, meti o boladão e joguei o celular do lado.

Fui tomar banho, comi no grau e minha coroa tava na praia segundo ela, com umas amigas. Claro que eu confirmei tudo direitinho, mandei menor atrás e só tinha mulher mesmo, tá maluco?

Quando peguei meu celular de novo, tinha mensagem da Maria dizendo que tinha que conversar comigo e perguntou se eu podia buscar ela lá na casa do Paulo, porque ela viria pra casa da Letícia.

Fiquei enrolando pra responder mas falei que talvez sim, ela me xingou e eu acabei indo, ela tava sozinha na frente do condômino me esperando e subiu na moto, fui pro morro e parei na minha casa.

Mafê: Aí, não precisa entrar não. Não quero nenhum boato saindo com meu nome só porque eu entrei aí não.- Falou cruzando os braços.

Fiel: Fala o que tu quer.- Encarei ela feio.

Mafê: Eu já sei todo teu papo, sabe? De pagar de emocionado e tudo mais.- Eu ri, coçando a cabeça.- Então não precisa mais fingir preocupação nem nada, tá de boa, tá bom?

Ix fi, tinha até esquecido do bagulho. Mas o foda é que ontem eu tava suave pra caralho, nem pensar nisso eu pensei, só tava curtindo os bagulhos de leve.

Fiel: Eu não tava fingindo nada ontem.- Falei balançando a chave da moto.- Tu é virgem, não ia meter o papo contigo mais.

Mafê: Me assusta até escutar isso.- Eu ri de lado e ela negou com a cabeça.- Fingindo ou não, você me ajudou muito e eu queria agradecer de verdade.

Fiel: Pode agradecer com um beijo, pô.- Falei me aproximando e ela balançou a cabeça, pro lado e pro outro.

Puxei a cintura dela e ela veio na mesma hora, beijei a Maria Fernanda com ela segurando meu rosto e eu com a mão na cintura dela, tava um bagulho maneirin, até alguém atrapalhar.

Laura: Ih, tá achando que a nossa casa é o que agora, Lucas? - Maria se afastou quase caindo no chão de susto e eu encarei minha mãe.

Fiel: Deixa de ser mal educada, garota.- Ela me deu um tapa no braço e a Maria riu, fazendo ela olhar pra Maria.

Laura: Você, quem é?

Mafê: Maria Fernanda.- Falou com voz de tímida e eu ri debochado.

Laura: Você não usa o cropped do love, é diferente.- Ela gargalhou e eu encarei as duas.- Você é daqui?

Mafê: Lá da entrada, perto da padaria.- Minha mãe balançou a cabeça e me olhou.

Laura: Você é o tipo de menina que eu convido pra jantar aqui, hoje você pode? - Maria negou na hora.

Mafê: Eu tô resolvendo algumas coisas porque vou me mudar, quem sabe outros dias.- Minha mãe balançou a cabeça.

Fiel: Jae fia, mete o pé pra dentro.- Ela me deu outro tapa e falou novamente com a Maria, entrando em casa, balancei a cabeça e ela me olhou rindo.- Vai se mudar pra onde?

Mafê: Vou morar com o Pedrinho, minha mãe tem um caso com o Paulo.- Fiz cara de surpresa, já tinha visto os dois juntos mas não me meti até porque nem sabia que era a mãe da garota.- Sabe o que me deixa mais puta? É que mais uma vez, ela vai morar em um lugar bancado por um homem.

Fiel: Qual o problema? Paulin é gente boa.

Mafê: O problema é que ela deveria pensar em ser independente, não em ficar morando no teto que não vai ser com o dinheiro dela, só isso.- Concordei.

Fiel: Se a gente num se via, agora que tu tá com o Pedro piorou né.- Ela sorriu.

Mafê: Desde quando você faz questão sabendo que não vai conseguir nada de mim? - Fez cara feia.

Fiel: Desde que eu sei que a gente vai se pegar na hora que quiser.- Pisquei.- Minha colega do grau agora você é.

Ela revirou os olhos rindo e me abraçou, deslizei a mão pela cintura dela cheirando o pescoço e ela me soltou toda arrepiada como sempre, pedindo pra ir pra casa da Letícia. Deixei ela lá e fui rodar pelo morro, tava sem nada pra fazer até receber uma mensagem, convite pra transar.

Alto do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora