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MARATONA 1/5

Maria Fernanda 💫

Eu fui a primeira a acordar, tinha que descer pra casa o mais cedo possível pra não dar nada errado, as meninas tavam todas dormindo, pensei até em me aproveitar da boa vontade do Fiel e pedir pra ele me levar até a entrada do morro, mas ele tava dormindo. Eu saí com minha mochila nas costas amarrando meu cabelo e vi o Tio Paulo comendo com maior cara de sono.

Paulo: Vai fugir? - Eu sorri.- Mal dormiu, garota.

Mafê: Ô tio, tenho que chegar em casa antes da minha mãe.- Respirei fundo.

Paulo: E teu pai? Tá na mesma? - Concordei com a cabeça.- Tu sabe que pode pegar tuas coisas e meter o pé pra cá se quiser, tai ligada?

Mafê: Minha mãe não viria comigo e isso é a única coisa que me preocupa. Se fosse só por mim, eu já tava morando aqui com você me expulsando.- Ele riu.- Me leva lá na entrada?

Paulo: Bora.- Falou terminando de comer.- Tu tá envolvida com o fiel, Mafê?

Mafê: Não, não...- Bufei seguindo ele pra fora de casa.- Só beijinho, juro.

Paulo: De beijinho em beijinho, fica sem cabelinho.- Eu gargalhei e ele ligou a moto.

Fechei o portão e montei, ele desceu comigo me deixando na praça e eu agradeci, fui pra casa e tava tudo em silêncio, sem ninguém. Coloquei minhas coisas no quarto, tomei banho e me joguei na cama pra dormir.

Me acordei com alguém falando alto pra caralho, escutei uma risada e vi que era o Pedro e a minha mãe conversando na sala, abrir a porta do quarto e fui saindo com a maior cara de sono e os cabelos pro alto, até ver que o Igor tava ali também.

Mafê: Ei, que isso? - Falei passando a mão no meu cabelo pra ajeitar e ele riu.

Igor: E aí, amiga.- Se levantou, me abraçando.

Mafê: Quanto tempo mano, nem lembrava mais de você.- Beijei a bochecha dele.- Cadê o Ruan?

Maria: Serve esse? - Olhei pro colo dela sorrindo.

Igor era unha e carne com o Pedrinho, eram amigos demais, desde os 15 anos, Igor era casado e tinha um filho de meses, eu considerava demais ele, até porque sempre me ajudou em tudo, maior amigo meu.

Mafê: Oi meu amor...- Falei pegando ele no colo sorrindo.- Cadê a Patrícia?

Igor: A gente separou, fia.- Encarei ele de cara fechada.

Pedro: Bom te ver também.- Olhei pra ele e fiz careta.

Mafê: Oi, como você tá? - Beijei a cabeça dele, me sentando com o Ruan com o Igor do lado, eu fiquei conversando com ele e o Pedro com a mãe, até escutar o grito das meninas na porta, coloquei o Ruan no colo do Igor e fui abrir, vendo a Letícia e Clara e Victoria.

Letícia: Caralho cara, te ligamos pra porra.- Me bateu.

Victória: Tu saiu cedo e sumiu, a gente achou que tinha acontecido algo.- Falou mais baixo pra minha mãe não escutar.

Mafê: Tio me trouxe e eu dormir o dia todo, Pedro tá aí.- Victoria invadiu minha casa.

Victoria: Meu amor.- Gritou indo abraçar o Pedro que riu se levantando.

Letícia: E aí galerinha do trem.- Falou entrando com a Clara e eu fechei a porta.

Maria: Virou cabaré.- Minha mãe falou rindo e eu fui pro sofá, me sentei vendo a Letícia abraçar o Igor, Clara abraçar o Pedro e Victória falando com o Ruan.

Igor: Pô, bem que a gente podia meter o louco num rolê né.- Falou olhando pra gente.

Pedrinho: Depende né, cria. As nega tudo de menor.- Me olhou e eu semicerrei os olhos, sabendo que minha mãe deixaria eu ir pra ele pra qualquer lugar.

Victória: Hoje tem paredão na praça.- Falou deitada no ombro do Pedro.

Igor: Jae então, tenho que deixar o gato com a mãe de cinco horas.- Falou olhando o relógio.

Pedro: Bora pô, a gente passa em casa pra pegar uns bagulhos.- Falou coçando a cabeça.- Bora Maria, arruma aí pra ir com a gente lá.

Entendi que ele queria falar comigo longe da minha mãe certeza, as meninas ficaram ali com eles e eu fui me arrumar, saímos todos juntos e as meninas foram pra casa, entrei no carro e fui atrás brincando com o Ruan.

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+100 cmnts p próximo

Alto do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora