☀ James

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Universo: Capitão América - Primeiro Vingador

James
Você era assistente de Peggy Carter, não que ela precisasse de uma, especificamente, mas ela achou que seria mais seguro para você estar ao lado dela durante o trabalho no exército, afinal você era atraente e chamativa demais para estar no meio dos soldados.

E claro, suas habilidades em topografia e localização eram excelentes, geralmente você acabava partindo em missões de reconhecimento sozinha. O que garantiu a você a confiança e a estima de sua superior.

- Você vai acompanhar Rogers no resgate dos soldados aliados no forte nazista. - Ela indicou o loiro. Steve sorriu amigável para você. Discretamente você notou o clima entre eles, tendo a certeza de que eles fariam um ótimo casal depois que a guerra acabasse, se todos sobrevivessem é claro. - Você já esteve lá e vai ser útil.

- Claro Srta. Carter. - você assentiu.

(...)

- Você tem certeza que vamos achar loucos o suficiente aqui? - você olhou ao redor, o bar estava cheio e quente, diferente do clima lá fora.

- Homens querendo bater em nazistas existem em todos os lugares.

- Mas logo aqui? Steve aqui só tem bêbados. - entregou seu casaco ao garçom, torcendo o nariz pelos olhares cobiçosos que recebia.

- Só me acompanhe, não saia perto de mim, ou teremos problemas. Peggy me matará se algo te acontecer.

- Você subestima minhas habilidades, Rogers. - você sorriu caminhando na frente dele - Vai ficar aí?

Até o fim da noite, Steve já tinha alguns prontos a mandar o forte para os ares.

- Ela vai também? - você não havia decorado nomes, mas o rapaz de chapéu e bigode engraçado questionou te olhando com certa desconfiança. Homens.

- Ela vai nos levar até lá. Sn conhece a região como ninguém.

- Então não vamos precisar nos preocupar com os saltos dela afundando na neve. - outro comentou causando risos nos outros e você revirou os olhos. Peggy estava certa, homens só dariam valor às suas capacidades quando as vissem pessoalmente.

- Bem, já que terminamos por aqui Steve, eu estou indo, preciso me organizar.

No dia seguinte, você amarrava os cadarços das botas quando Steve chegou com eles, que te olharam dos pés a cabeça.

- Pelo visto não teremos saltos afundando.

- Alguém precisa garantir que você não vai virar boneco de teste nazista, não é? - respondeu e foi pegar sua mochila.

(...)

Você e Steve concordaram que era melhor ficar do lado de fora, dar o apoio necessário quando saíssem do forte. Estava no alto da árvore, o fuzil às suas costas e você olhava o lugar de binóculo, Steve e os rapazes haviam entrado há pouco e não demorou para que você pudesse ver e ouvir explosões por todo lugar, os soldados da HYDRA usavam aquelas armas estranhas e perigosas, matando alguns dos soldados que tinham sido resgatados pelo grupo de Steve, Howard deveria dar uma olhada naquele armamento.

Cuidou de eliminar os soldados de guarda, iria entrar no forte para recolher uma das armas quando viu o rapaz de chapéu pegou. Não tardou para que Steve e os outros resgatados saíssem do local, e atipicamente um deles te chamou a atenção, você não sabia há quantos anos um homem não lhe parecia tão atraente quanto aquele.

E você não podia negar, ele tinha olhos lindos.

(...)

James Buchanan Barnes, esse era o nome do dono dos incríveis olhos azuis, impelida pelo desejo de saber mais sobre ele, se viu especulando sorrateiramente com Steve, fazendo perguntas inocentes sobre ele.

- Soube que andou perguntando ao meu respeito. - você por pouco não se queimou com a torta que tirava do forno. James, ou Bucky como preferia ser chamado estava parado no batente, usando roupas civis, o cabelo escuro molhado pelo que podia ser canto recente.

- Talvez. - colocou a fôrma de torta sobre a pia para esfriar e se livrou das luvas - Te é incômodo? - perguntou sinceramente, não queria causar uma má impressão.

- Um pouco, talvez devesse perguntar a mim diretamente.

Você enrubesceu constrangida.

- Que tal um jantar? Domingo às sete?

Você o olhou surpresa. Mas foi substituída pelo sentimento de vitória.

- Se você aceitar um pedaço de torta. - indicou o doce.

- Maçã é o meu sabor favorito.

Nas semanas subsequentes você foi frequentemente vista com Bucky, algumas vezes treinando tiro, outras apenas comendo, você descobriu que ele gostava de doces, principalmente os seus e sempre que podia ele surrupiava açúcar mascavo, canela ou qualquer outro ingrediente que pudesse adoçar o cheiro da minúscula cozinha.

Aos poucos com a companhia constante e seus flertes, você ia se apaixonando cada vez mais por Bucky, torcendo para o dia acabar logo e vocês poderem sentar do lado de fora das tendas e olharem o céu. As missões se tornaram mais sofridas para ambos, as chances de caírem em alguma era grande, mas o alívio de verem-se sãos e salvos era maior.

- Sabe, eu estava pensando. - ele traçou círculos na pele de suas costas enquanto você ouvia as batidas suaves de seu coração.

- Em?

- Deveríamos casar depois disso tudo, uma casa de cerca branca em Nova York e um cachorro. Talvez alguns filhos.

Você se ergueu nos cotovelos, o olhando atônita.

- Como?

Ele te olhou, talvez ele tivesse sido precipitado.

- Melhor deixar pra lá...

- Não! Repete Bucky, tudo. - se sentou na cama, se cobrindo com o lençol.

Ele murmurou as palavras, um pouco envergonhado por sua brusquidão.

- Meu Deus... - você o olhou - Está me pedindo em casamento?

- Sim... Não comprei anel ainda devido às circunstâncias, mas pretendo.

- Então é um pedido provisório? - sorriu ampla.

- Sim? - ele pareceu confuso e você riu.

- Então é um sim provisório, até você comprar o anel. - se aconchegou nele, sentindo-o rodear-te com carinho.

- Somos noivos provisórios agora.

(...)

Você nunca mais fez torta de maçã depois da morte de Bucky, pra falar a verdade, você não podia sequer sentir o cheiro do doce, as lembranças pareciam fortes demais, até enjoo davam.

Quase seis semanas depois da morte dele, descobriu-se estar grávida, seu desespero foi arrebatador, causando preocupação em Peggy que ia te visitar em quinzenas, Peggy partilhava da mesma dor pois Steve havia morrido no impacto do avião no gelo. Uma acabou sendo o suporte da outra.

Logo o medo foi passando, dando lugar ao sentimento de completude, Bucky poderia não estar ali, mas não te deixou só, e logo o filho de vocês nasceria.

𝗗𝗘𝗠𝗜 𝗟𝗢𝗩𝗔𝗧𝗢  || 𝚌𝚘𝚖𝚒𝚌'𝚜 𝚒𝚖𝚊𝚐𝚒𝚗𝚎𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora