𝗗𝗘𝗠𝗜 𝗟𝗢𝗩𝗔𝗧𝗢 || 𝚌𝚘𝚖𝚒𝚌'𝚜 𝚒𝚖𝚊𝚐𝚒𝚗𝚎𝚜

🌹 Aphrodite · Três ·

Universo: Liga da Justiça, Batman

- Dedicado para _Anonnymmous_

Aphrodite

"Era novo, abrasador e tomava espaço dentro dela, Afrodite sentia-se inundar por esse novo sentimento.

- Eu gostaria de algodão, branco. Dez palmos. - ela disse com firmeza, vendo Ajax lhe mirar quase que fixamente, ela podia sentir os batimentos dele se igualarem aos seus. Afrodite sabia, os humanos se sentiam assim quando Eros acertava suas flechas, quando ela intervia em favor do amor de alguém.

- Claro minha senhora. - Afrodite acolheu com deleite o som da voz dele, o som do lugar pareceu sumir, tinha apenas os dois ali. Ajax não tremeu como ela achou que fosse. Notou ele tirar o rolo de tecido do meio dos outros, notou como ele se concentrou ao cingir o tecido no tamanho que ela pediu, como ele dobrou o tecido habilmente e amarrou o cordão para manter no lugar. Ele estendeu o pacote na direção dela e Afrodite pegou, ainda o olhando - Uma oferenda minha para a filha de Urano.

Ela sorriu, notando como ele parecia nervoso ao engolir em seco.

- Eu agradeço Ajax, mas não quero sua oferenda, eu insisto em pagar. - estendeu as dracmas para ele, Ajax negou e Afrodite ergueu a sobrancelha perfeita

- Eu jamais poderia aceitar, minha senhora. - diz igualmente teimoso.

Se fossem outros ela ficaria ofendida e sabem-se os deuses o que se daria se a cólera da deusa caísse ali, mas o sorriso dela apenas cresceu, seus poderes não fariam efeito nele mesmo.

- Tudo bem Ajax. Eu aceito sua oferenda, - ela continuou segundo a medida de tecido enquanto o fitava, na frente dele surgiu uma cesta com romãs maduras, a casca vermelha brilhava sob o Sol - mas aceite, é sinal de boa sorte, não que você precise, é claro.

Ajax olhou a cesta, tirando uma das frutas, com a mesma adaga que cortou a medida do algodão para a deusa, cortou a romã, dividindo com ela.

No Olimpo um urro gutural fez tremer as colunas dos templos.

- O que fez!? - Ares gritou para o menino, Eros não esboçou reação, não se importava com a fúria do pai, sabia que a mãe merecia alguém que a amasse verdadeiramente, Ares daria a ela apenas dor e sofrimento, pois era apenas isso que o deus da guerra tinha.

- Você jamais poderia fazer minha mãe feliz como ela merece. Você mataria a deusa do amor sem precisar sangrá-la.

- Você a ligou a um mortal, Eros! - a essa altura deuses, servos e ninfas estavam ao redor do jardim de Afrodite, as rosas sempre tão vermrlhas pareciam perder a cor conforme a energia maciça de Ares tomava conta do lugar. Aquelas rosas jamais seriam as mesmas - Você tirou Afrodite de mim e a deu para um mortal imundo!

- É o destino dela, você não é digno de minha mãe, papai.

Ares rosnou, alto e assustadoramente que os cisnes de Afrodite voaram para longe.

- Eu a matarei, e matarei seu amante, e enquanto eu viver, Afrodite jamais será feliz com esse verme nojento! - amaldiçoou e sumiu numa névoa escura.