𝗗𝗘𝗠𝗜 𝗟𝗢𝗩𝗔𝗧𝗢 || 𝚌𝚘𝚖𝚒𝚌'𝚜 𝚒𝚖𝚊𝚐𝚒𝚗𝚎𝚜

🌙 A melhor coisa que nunca tive

Universo: Batman

A melhor coisa que nunca tive
“Você é a melhor coisa que eu nunca soube que precisava
Tanto, que agora está tão claro, eu preciso de você aqui sempre”

Ela passou a agulha no álcool, mesmo que soubesse que já estivesse esterelizada e quando teve certeza que não causaria nenhuma infecção, começou a sutura, segurando os músculos rompidos com firmeza, mas sem forçar. Podia notar o vinco de concentração entre as sobrancelhas dela, também apertava os dentes entre os lábios, querendo não se distrair e acabar enfiando a agulha no local errado.

- Quantas vezes eu já te avisei para não se aproximar dos espinhos venenosos da Ivy? - ela disse cortando a sutura e fazendo o curativo - Coloquei a amostra de sangue para colher as partículas de veneno e saber o que ela colocou em você.

- Não acha que está exagerando? - ele apoia a mão suavemente no quadril dela.

- Você está febril e faz muito tempo que não vejo você vermelho, então não venha me falar de exagero. - ela aponta o indicador na direção dele - Você pode ser o príncipe das trevas de Gotham e o playboy mais rico da cidade, mas eu sou sua esposa e você vai fazer o que digo.

Ele sorri, somente. A mulher de afasta para guardar os aparatos médicos, tentando não parecer muito nervosa, ela ficou na batcaverna dando suporte técnico enquanto ele saía em Patrulha. Não demorou para que as Aves de Rapina dessem o ar da graça e tentassem roubar a carga de exposiçao de jóias históricas que ficariam alguns dias na cidade.

Sn não tinha dúvidas que Selina participava do roubo.

Ela não tinha nada contra a Catwoman, na verdade Sn até admirava a ladra por sua habilidade de esquiva, Selina era uma mulher incrível. E também não se intimidava ou se diminuía na frente dela, Sn na podia ser ágil ou rápida, mas era inteligente e ninguém Podia debater isso, tanto Damian quanto Tim concordavam que Sn era a única a ultrapassá-los.

- Deite-se aí e descanse um pouco, vou ver o que posso fazer para você comer. Quando voltar, você vai tomar um banho.

- Você que manda, Sra. Wayne.  - ele deita na maca vendo ela alcançar os primeiros degraus da escada.

- Que bom que sabe.

(...)

- Bem, temos aqui crisântemos moídos. - fala sozinha pegando o resultado da amostra sanguínea impressa, olhou pelo acrílico Bruce dormir com os analgésicos que tomou depois de comer - Poison Ivy é uma grande vadia.

Colocou o laudo na mesa e pegou a enciclopédia de botânica que Tim mantinha ali, precisava de um antídoto natural, temia que os compostos químicos de qualquer anti inflamatório pudessem piorar os efeitos da inflamação em Bruce.

Passou um longo par de horas dentro do laboratório, conseguiu convencer o Wayne a deixar um pequeno estoque de plantas e óleos essenciais guardados ali.

- Você parece estar com bastante raiva desse ramo. - ele diz e senta na cadeira que ela deixou livre.

- Estou imaginando Poison Ivy aqui. - removeu o curativo e espalhou a poção esverdeada sobre o ferimento, a mistura dos óleos essenciais e folhas da planta de características curativas que Sn teve muito trabalho em achar - Vai arder um pouquinho, mas vai impedir que o pó de crisântemo se espalhe para além da corrente sanguínea.

- Mas meus sistemas já não estão comprometidos?

- Deveria confiar mais na sua esposa, homem de pouca fé.

- Eu confio, mas essa mistura de aparência questionável e cheiro horrível não merece tanta confiança.

- Se fosse para ter cheiro bom, seria perfume, Bruce. Pare de reclamar e me deixe garantir que meu esposo vai viver por mais alguns momentos.

- Eu estou em suas mãos, baby. Sabe que pode fazer o que quiser. - ele a olhou sob os cabelos pretos caídos na testa. Sn sorriu.

Sn adorava saber que ela era uma das pessoas em que Bruce mais confiava em toda a vida, ela gostava de saber que ele se importava com a opinião dela. Isso era maior do que qualquer coisa.

- Você tem sorte de que eu cuido bem do que tenho nas mãos - faz outro curativo.

Bruce olhava-a colar o esparadrapo curiosamente, ela parecia não querer machucá-lo mais. Bruce nunca pensou no que não tinha, ele era um dos poucos que tinha tudo que poderia querer, dinheiro, poder, status. Ele tinha absolutamente tudo.

Exceto um motivo para voltar para casa depois da patrulha.

Até encontrar uma moça usando a camisa da equipe científica da Gotham University e xingava todos os nomes sujos que ele conhecia - e os que também não fazia ideia do que que era - o pobre motor de um Chevy tão velho quanto o próprio Alfred. Estava há poucos para a meia-noite, no entanto ela não parecia estar intimidada por se encontrar sozinha numa rua deserta da cidade mais perigosa do país. Na verdade, ele achava que ninguém iria se arriscar em aproximar-se da garota raivosa.

- Precisa de ajuda? - desceu ao lado dela, e se não fosse por seus reflexos rápidos, teria recebido um golpe de chave de grifo contra a orelha direita.

- Puta merda que susto, criatura!

- Eu só ofereci ajuda, - ele tira a ferramenta da mão dela - não foi drogas.

- Você usa drogas?

- Eu tenho cara de quem usa drogas?

Ela cruzou os braços e ergueu o queixo petulantemente.

- Não sei, não vejo sua cara, apenas seu queixo.

Bruce conteve os ímpetos de sorrir. Não haviam muitos cidadãos de Gotham que não temiam ao Batman, no entanto aquela garota parecia não se importar com o que ele era ou representava.

- Deixe-me ver o problema, átomo.

Ela o olhou confusa, ele indicou o símbolo atômico estampado em sua camisa.

Bruce sequer imaginava que ela representaria tudo que ele não tinha e não sabia que precisava.

- Você está fazendo um bom trabalho cuidando de mim, átomo.

- Eu sei, não existe algo que eu não saiba fazer.

- Bolo. Seus bolos são péssimos, uns ficam queimados, outros salgados, alguns nem crescem e o resto nem assa.

- Você também não atravessa paredes ou levanta prédios, mas quem está julgando aqui?

Respostas petulantes, pensamentos rápidos e abraços quentes.

Depois de Sn, Bruce Wayne poderia enfim dizer que tinha tudo agora.

>>><<<

Eu dou nota 4/10 pra esse imagine kkkk kkkkk é isso galerous eu tô perdendo a mão