4° fase | 65. O que é seu, e o que é do outro (parte I)

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A segunda parte do capítulo está pronta e será postada conforme o engajamento nesse. Então comentem, deixem o votinho e usem a tag #CobraBailaina

Tenham uma boa leitura!

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SEUL, 15 DE OUTUBRO

Durante a entrevista para a rádio, Jungkook estava um pouco aéreo e, literalmente, só respondia as coisas quando era perguntado diretamente. Ele estava se controlando para não deixar nenhuma pergunta o irritar ao ponto de dá-lo gatilhos para dar respostas atravessadas e duras como fazia antigamente. Nos Estados Unidos, aquilo de ficar "longe" e só responder perguntas direcionadas a ele, tinha dado muito certo e ele usaria aquela tática até não conseguir mais.

Por mais que tivesse recebendo elogios por seu comportamento exemplar nesses meses, ele sabia muito, mas muito bem, que a imprensa gostava de quando ele se envolvia em polêmicas para ficar provocando-o e gerar mais click baits para suas notícias. Aliás, até mesmo quando o elogiavam, os entrevistadores sempre davam-no uma cutucada em algo, o esperando explodir.

— O que você anda fazendo, Jungkook? — o entrevistador perguntou, fazendo o cantor ficar atento. — Você não está aparecendo muito. Nem parece o mesmo do começo do ano.

— Ninguém é o mesmo do começo do ano — Jungkook respondeu, sério. — Todavia, minha mudança foi muito significativa mesmo. Eu vejo refletido mais e parando de agir como um "idol problemático e mimado" como a mídia ama me chamar.

— Isso tem alguma ligação com o novo staff do grupo?

Ao ser perguntado aquilo, Jungkook sentiu como se estivessem o despido, e ele começou a ficar nervoso, pois o que seria dele se já tivesse alguma especulação sobre seu relacionamento com o Park.

O canto se ajeitou na cadeira, dizendo:

— Não entendi. Explique, por favor.

— Desde que o "staff bonitinho do LITHIVM", como os fãs o chamam, começou a ser notado com vocês, sua mudança é significativa — o homem explicou. — Pelas pesquisas dos fãs, ele é filho do empresário e arquiteto Park Dongsun e é formado em psicologia.

— Sinceramente, eu acho uma falta de privacidade o que fazem. Ele não é famoso e está trabalhando para o grupo, não significa que os fãs tenham que ir pesquisar sobre a vida dele. Ao menos, ele é de uma família conhecido, pois se não fosse, seria péssimo — Jungkook não se aguentou e saiu do seu personagem simpático. — Entretanto, ele foi meu acompanhante terapêutico durante um tempo. Resolvi cuidar da minha saúde mental, pois ser idol não é nada fácil.

— Algo sério? — por mais que a pergunta tivesse sido nada demais, o cantor sentiu como o tivessem perguntado de uma forma pejorativa.

É claro que a pessoa só procura cuidar da sua saúde mental se for muito sério.

— Não — negou. — Acho que a fama subiu à cabeça e eu queria me comportar como os cantores que eu cresci ouvindo e, a maioria, eram do rock. Precisei ir em um psicólogo e refletir o motivo de estar fazendo aquilo. Eu recomendo a todos irem em um, mesmo que seu problema não seja grave. Uma conversa com alguém que tenha a escuta qualificada é melhor do que ficar pedindo conselhos por aí até mesmo de pessoas que nem querem o seu bem. Acho que daqui para frente, eu vou falar mais disso e tirar o preconceito que se tem nesse país sobre esse assunto. Já sou polêmico mesmo, eu fico mais um pouco, porém para algo bom.

Namjoon abaixou o rosto, olhando para Jin. Ele não sabia o que fazer, pois Jungkook não estava fazendo nada demais, porém como sempre implicavam com ele, suas declarações poderiam ser mal vistas.

Ballerino • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora