1° fase | 20. Assimilações

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Jimin bateu à porta do quarto de Jungkook e foi atendido na hora. O mais novo estava com uma cara de sono e o cabelo bagunçado.

— Já acordei, não precisa brigar comigo — falou, praticamente passando por cima de Jimin e indo para o banheiro.

O bailarino balançou sua cabeça, dando um sorriso quando viu que Jungkook tinha dormido com os novos amiguinhos. O cachorro saiu correndo quando viu a porta ainda aberta para sair do cômodo sem dificuldades e com uma mãozinha de Jimin, a gata conseguiu ir também.

Jimin desceu até a cozinha, onde, outra vez, tinha feito um café da manhã para eles, embora achasse que Jungkook não merecesse aquilo, após ter, tecnicamente, roubado o seu carro na noite passada.

O café da manhã preparado, até tinha surpreendido Jungkook, quando ele sentou-se à mesa, olhou para o Park, dando uma risada cínica.

— Não que eu esteja desconfiado de você, mas tem certeza que esses cafés da manhã não tem um tipo de veneno que irá me intoxicar aos poucos?

— Só se for o seu veneno — Jimin respondeu sem paciência. — Eu relevo o que fez comigo ontem e continua com isso? Aproveite nosso penúltimo dia sozinhos de forma legal.

— Vou aproveitar — falou bem baixo, colocando café em sua xícara. — Qual o motivo desse banquete?

— Você lavou a louça — respondeu. — Sempre que fizer algo certo, eu te faço um café da manhã.

— Se eu lavar a louça de manhã, de tarde e de noite, você me faz café, almoço e janta?

— Você pode tentar — Jimin desafiou-o. — Quando os outros voltarem, você vai jantar com eles.

— Não vou! — negou, olhando para Jimin.

— Vai sim — falou firme. — Eu vou ficar aqui ao seu lado, eles não vão te bater. Eu te defendo.

— Todo mundo aqui é mais alto que você, Park — Jungkook duvidou que ele poderia defendê-lo.

— A altura não impediu ninguém de matar os outros.

— É verdade — falou, pegando um dos pães. — Só que eu não vou jantar com ninguém.

— Vai sim, pois eu estou mandando e você vai fazer o que eu quiser!

— Hã? — o cantor arregalou os olhos. — Eu vou te bater, Park!

— Bate — Jimin começou a perder a paciência. — Estou vendo quando você vai me meter a porrada, Jungkook. Só ameaça, mas nunca parte para o ataque.

— Você não pode me obrigar a fazer as coisas que eu não quero!

— Você me permitiu.

— Eu não vou permitir isso!

— Você falou que seguiria todos meus passos para conseguir fazer as pazes com outros, esqueceu? Está com problema de memória? Olha, às vezes, pode ser grave — disse, debochando. — Tão jovem...

— Rei do deboche.

— E você, o rei dos sonsos.

— Vou procurar uma igreja para me benzer de você — Jungkook falou, meio irritado. — Não sei... Não sei... — pensou, ficando quieto. — Só acho que eu devo ter sofrido algum acidente e estou em como em um hospital e tudo aqui é uma criação do meu cérebro para me manter com sinais vitais para me salvar da morte e você é o anjo do mal que quer me matar!

— Será? — Jimin deu risada. — Olha, eu sou uma obra muito perfeita para ser criada por você.

— Park, não me irrita, não — pediu. — Come essa torta, está parecendo apetitosa — pôs uma tortinha com morangos no prato de Jimin. — Está parecendo gostoso e quem sabe liberado alguma serotonina, e você fica mais felizinho, e menos chato!

Ballerino • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora