2° fase | 23. Primeira sessão de terapia

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Jungkook ficou quieto, enquanto Jimin dançava. Diferente da última vez que tinha o visto dançar, daquela vez ele estava fazendo dupla com uma bailarina. O cantor quebrava sua cabeça, tentando achar um defeito, e, novamente, não conseguia achar. Seria por que ele não entendia sobre a dança? Sim, ele achava que era isso. Embora, Jungkook tenha reparado que ele se soltava mais quando estava dançando com outro alguém.

Talvez se ele fizesse uma audição em dupla, ele poderia melhorar.

O Park segurava, levantava e guiava a mulher como se não pesasse nada e ele até se surpreendia. Ao mesmo tempo que tinha tanto esforço físico, aos olhos dos outros, continuava uma coisa bem delicada e bem artística.

O cantor olhou para a porta, onde Seulgi entrou e, silenciosamente, foi até o lado dele. Ela escorregou pela parede, abrindo um sorriso e falando:

— Que surpresa você por aqui. Se interessou por balé?

— Está mais para que fiz um inferno da vida do Park, e ele me deixou vir — Jungkook deu risada. — Eu estou o ajudando para saber o que ele pode melhor para, no futuro, passar em uma audição.

— Jimin é maravilhoso dançando, não é? — falou, bem animada.

— Olha, ele dança realmente muito bem — admitiu. — Não entendo o motivo dele não ter passado, eu não consigo achar defeitos.

— Se não acha, não tem.

— Não seria os pais dele que estão por trás das reprovações dele?

— Olha, eu não vou dizer que não seria possível — Seulgi disse, baixo. — Os pais do Jimin, sempre o apoiaram em tudo e sempre o incentivaram nos sonhos de bailarino, então eu não vejo um motivo para serem eles.

— Deve ter pessoas melhores que ele? — Jungkook arregalou os olhos. — Tem que ser a perfeição em pessoa para ser bailarino? Se eu não acho um defeito no Park dançando, imagina nos outros que passam.

— Ah, talvez, ele precisasse não ser bailarino e te ajudasse a voltar a ser uma pessoa melhor — ela deu de ombros. — Não é você que acredita em destino?

— Destino do Park é se matar de treinar, para não passar em uma audição e ter que se sujeitar a cuidar da minha pessoa? — bufou. — Coitado! Agora entendo o motivo dele ser tão mal-humorado.

— Ele fará um bem maior para a humanidade.

— Vocês colocam muitas expectativas nele, cuidado para não frustrá-lo, viu? De vez em quando, muita expectativa em cima de uma pessoa, pode deixá-la pilhada e ficar com medo de decepcionar alguém.

— Por que usa ele para falar o que quer sobre você? — perguntou, um pouco confusa.

— Não estou usando, noona. Entretanto, eu entendo como muita expectativa, frustra muito! Principalmente quando se é alguém que faz algo artístico e para o público — suspirou, colocando a cabeça sobre o ombro da menor.

— Como foi esses dias?

— Tirando que todos viajaram e me deixaram sozinho com o cervo pulante? — disse, apontando para o homem que dançava. — Sobrevivi. Ao menos, ele me fazia café da manhã.

— Já é um começo — a fotógrafa suspirou, ficando calada e acompanhando a aula de seu amigo. — Ao menos teve café da manhã.

— Peso na consciência.

— Ele com você?

— Ele me maltrata — fez-se de vítima.

— Você tem que mandar construir um monumento em praça pública para ele, né? Só assim para ser perdoado — disse, praticamente dando uma bronca em Jungkook.

Ballerino • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora