Capítulo Intermediário

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Capítulo extra na visão do Junghyun. Quem quiser pular pode pular, vai ser explicado por cima nas próximas atualizações, porque a história é focada no núcleo do Jungkook. No entanto, eu senti a necessidade de fazer essa parte e fiquei pensando se colocaria ou não do capítulo 77 e acabei não colocando.

Tenham uma boa leitura, comentem e votem.

GATILHO: MENÇÃO SUICIDO 

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Junghyun bateu à porta da casa de seu pai e foi atendido prontamente pelo mais velho. Sem o cumprimentar, Junghyun entrou na casa, colocando as compras que tinha feito para o pai em cima da mesa e perguntou:

— Por que não arruma essa casa?

— Estou esperando que você contrate alguém para limpar a casa — falou, sentando-se no sofá. — Isso não é trabalho para homem.

— É a sua própria casa! — olhou incrédulo para o pai. — Como consegue viver nesse lixo? A Yujin não virá mais aqui para limpar sua casa.

— É assim, a gente cria os filhos...

— O senhor não me criou! — cortou o Noori.

— Eu mandava dinheiro para te alimentarem — sentou-se no sofá. — Eu trabalho demais naquela clínica, onde preciso estar toda hora limpa suor dos outros, chegou em casa exausto. Inclusive, o que você trouxe nessas compras?

— Eu trabalho em um restaurante, estou no último semestre da minha faculdade, e eu arrumo minha casa! Isso não é mais do que a obrigação de quem mora na casa — o cozinheiro passou a mão na cabeça, ficando iritado.

— Se fosse inteligente como o seu irmão, não estaria fazendo tudo isso e ainda contando dinheiro para pagar contas.

Junghyun fechou seus olhos e bufou. Ele odiava quando citavam Jungkook em qualquer conversa com ele, pois sua vida era um inferno por ser toda hora comparado com alguém que não tinha mais contato.

— Esquece o Jungkook — pediu.

— Não tem como esquecer de uma pessoa que acabou com nossa família — Noori pegou um cigarro e acendeu. — Ele era um psicopata desde pequeno. Você vê as notícias dele, não é? Agora quer culpar a "saúde mental" para ser perdoado — riu. — No entanto, eu quero uma parcela do dinheiro dele, pois eu o criei.

— Ele vai te denunciar qualquer dia desses e não me ligue para ir te tirar da cadeia.

— Ah, mas você vai, Junghyun, você vai! — exclamou, soltando fumaça pela boca. — Eu cuido de você. Quando tentou se matar, quem ficou ao seu lado e pagou por sua recuperação foi eu. O seu irmão e sua mãe, simplesmente, nunca ligaram para você. Você é tão ingrato que, todo dia, eu desejo que você tivesse conseguido o que queria, pois daria menos dor de cabeça.

— Olha, pai, eu estou aqui por respeito ao senhor, então pare de me deixar triste! — pediu, apertando a chave do seu carro na mão.

— Você é igualzinho a sua mãe, um dia vai acabar doido em uma clínica — rolou os olhos. — Meus dois filhos doentes da cabeça. Tudo isso é culpa da mãe de vocês que contagiou vocês com essa merda e depois me consideraram errado quando eu queria me separar dela e levá-los comigo. Coitada da sua esposa que...

O rapaz saiu da casa de seu pai, batendo a porta e descendo pela escada, pois não queria que seu pai ousasse a ir atrás dele. Junghyun estava exausto daquele dia, pois teve que escutar Jungkook, ir para a aula na faculdade depois de um turno corrido do restaurante, e ainda teve que ir ao mercado para abastecer seu pai como fazia toda semana.

Ballerino • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora