Athera nunca quis mais do que uma vida tranquila ao lado de sua família, e agora, depois do fim da guerra que deixou traumas, marcas e cicatrizes, ela decide finalmente tentar.
A imediata do grão-senhor mais poderoso do país vai em busca de liberda...
Por toda a escuridão que abraçamos E nos abraça de volta.
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Antes que estivesse completamente claro, eu estava terminando de fechar meu uniforme.
Azriel saira minutos antes, para perscrutar algumas fronteiras da corte estival para Rhys e chegaria na hora de partirmos ao acampamento, eu arrumei o colar que ele havia me dado por fora da jaqueta de couro, exibindo-o, todos sentiriam o meu cheiro nele e o nele em mim, não havia motivo algum para esconder nossa parceria.
Fora o fato de que nossos inimigos saberiam naquele momento nosso ponto fraco.
Mas isso em nada me preocupava, se este era o guerreiro illyriano mais letal que eu conhecia.
Fechei os zíperes das botas e comecei a trançar os cabelos, fazendo quase uma rede na extensão da cabeça com várias tranças finas e menores, que acabavam em uma trança grossa no meio das costas.
Sai do quarto, Rhys estava encostado na esquina do corredor, arrumado e lindo, com seu ar de calma e suavidade nos olhos.
- Olá, querida imediata. – Ele murmurou.
Eu dei um soco leve em seu ombro e seguimos para a sala de jantar, minha barriga estava roncando de fome, e eu precisaria estar forte e nutrida para o treino, e para os olhares de Devlon e seus deboches.
- Minha parceira te contou sobre que as coisas não estavam das melhores por lá. – Rhys disse, enquanto se servia de torradas com bacon e ovos.
- Sim, Feyre me contou. Agora quero que me diga, o que houve? – Eu perguntei, mordendo um morango com mel.
Ele comeu a torrada em segundos, bebendo suco.
- A questão é que Devlon está se sentindo muito superior com suas faltas, e nem eu ou Cassian dissemos nada sobre seu sumiço, não nos competia isso. Então a pose dele está a toda, ainda que seja apenas seu olhar de superioridade, porque em minha presença ele age como o rato imundo que é. – Rhys disse.
Claro que sim, decerto pensou que eu desisti ou morri, deve ter aproveitado isso para impor medo entre o povo. Esse pensamento me enchia as veias de ódio.
- Fez certo, vocês dois já são enxeridos demais. – Eu disse, agora comendo um melão.
Rhys deu uma risada alta e levou a mão ao peito, fingindo se sentir ofendido com o que eu disse.
- Eu não sou enxerido! – A voz animada de Cassian rompeu a calma da manhã, acompanhada de seu corpo enorme, já vestido, se sentou na minha frente.
Ele estava com um rosto animado e alegre, o sorriso irônico no canto dos lábios grossos.
Meu melhor amigo. Eu o amava tanto, ainda que tivesse dois metros e fosse um guerreiro poderoso, eu sempre o vira como meu irmão mais novo, o que não o prendeu de me convidar a sua cama no ano que entrei para o círculo íntimo de Rhysand.
