TRINTA E NOVE - BÔNUS

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Eu queimaria o mundo e todos seus presentes
Então me deitaria sobre camas de veludo
Porque minha consciência é você e ninguém mais.

Eu queimaria o mundo e todos seus presentesEntão me deitaria sobre camas de veludo Porque minha consciência é você e ninguém mais

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AZRIEL
''Acho melhor eu te mostrar, não sei se eu quero contar isso.'', foi a frase que ela me disse quando eu pedi que me dissesse o que Lucien fez com ela.

Pelos deuses, eu deveria ter dito não.

Tudo bem, meu amor, podemos conversar sobre isso mais tarde, depois você me conta, quando estiver preparada.

Mas eu disse sim. Me mostre, tudo bem.

E agora enquanto ela dorme eu estou polindo minhas adagas e colocando nos coldres para arrancar a pele dos ossos daquele filho da puta.

Porque uma coisa é ele praticamente se declarar para a minha parceira, isso eu posso perdoar. Ele ficar chateado porque ela não o contou algo importante, tudo bem. Agora abrir a porra da boca e chamar a minha...

Minha mulher.

Minha parceira.

Meu coração flamejante.

De vadia mentirosa? Isso, isso eu não posso nunca perdoar.

Nem a dor no coração dela quando ela abriu o laço e me mostrou a cena, como feriu e como ela se quebrou em pedaços porque ele a chamou de mentirosa, quando ele a chamou de vadia.

Eu deveria ter sabido melhor.

Mas eu deixei ela me mostrar, e agora eu sei.

E o caralho do Lucien Vanserra vai se arrepender de cada palavra que ele cuspiu pra ela.

Um beijo em sua testa e mais uma apertada na jaqueta, então estou voando pelos céus seguindo o cheiro dele.

É simples, canela, outono, todas essas coisinhas amenas que ele representa.

Mas ele não me conhece, ele com toda certeza não sabe quem eu sou.

Eu vou apresentar a ele com prazer.

Parado em um telhado ao lado de Rosmegda eu o observo entornar mais uma caneca de cerveja antes de pagar a conta.

Ele parece alto de álcool, os cabelos bagunçados ao redor do rosto pálido, caminhando trôpego até o apartamento dele.

Eu deixo minhas sombras correrem pelos braços quando pouso no chão de um beco logo atrás do bar.

É escuro e uma névoa fina acompanhada de garoa quase atrapalha a visão.

Mas meu ódio apura meus sentidos e eu estico as asas nas costas sentindo os músculos doloridos, minhas mãos abrem e fecham pedindo pelo pescoço dele.

Então eu poderia arrancar a pele dos ossos dele, então quebrar cada um dos dedos, água quentes nos ouvidos e gelo seco pela garganta, tantas opções.

A Corte de Luz e Sombras (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora