Que o fogo nunca apague. Eu quero viver e morrer queimando por você.
- Eu fui um péssimo juiz da sua comida, está deliciosa. – Ele disse, devorando o prato com uma fome sem precedentes.
Eu dei uma risada enquanto comia calmamente meu pão.
- Você tem uma tendência perigosa de abandonar o bom senso para me irritar. – Eu disse.
Ele riu, ainda com a boca cheia.
Nós terminamos a refeição e nos deitamos em um balanço da varanda, ele com as asas abertas e eu deitada em seu colo, a cabeça repousando em seu peito enquanto sentia o vento em meus cabelos, o sol diminuira, mas ainda fazia um calor delicioso, desses que acalma o corpo misturado ao vento gelado.
- Eu poderia ficar aqui para sempre. – Eu murmurei.
- E quem não iria querer ficar deitado no colo de um macho tão poderoso e cheiroso quanto eu? – Ele questionou, o dedo indicador seguindo uma linha em meu braço que subia e descia.
Eu dei um tapinha em sua perna.
- Não posso dizer nada quanto ao cheiroso, já que nós estamos suados. – Eu disse, rindo.
Ele deu sua risada, a risada Azriel, rouca, discreta e sombria, tão sensual que só poderia ter saído dele mesmo.
- O que acha de um banho de rio? – Eu perguntei.
Senti o corpo de Az enrijecer embaixo de mim.
- Aquilo foi um mal-entendido – eu disse, a mão repousando em sua coxa, acariciando os músculos definidos – o lugar que eu mais gosto depois do ar é a água, eu posso te mostrar várias coisas. – Eu pedi.
Ele ficou quieto por um instante, mas concordou, eu fui me vestir em outro vestido, casualmente sem combinação, e eu e Az voamos até o rio.
Era um lugar lindo, e com o dia quente que fazia, seria uma experiência divertida e deliciosa, a grama era verde e não parecia encharcada como sempre, algumas pedras limpas na margem, árvores altas, misturas de troncos finos com alguns carvalhos, pássaros voavam ao redor, o cheiro de limão e água doce, alguns peixinhos transparentes. Era delicioso.
Eu passei o vestido pela cabeça, ficando nua.
Azriel me observou por um instante enquanto eu soltava os cabelos.
- Você é tão bonita – Ele disse, se aproximando e passando os dedos entre meus seios até minha barriga – eu nunca vou conseguir compreender a minha sorte e ter você como minha parceira, como minha alma comum. – Ele terminou, me abraçando e beijando meus lábios.
Eu enterrei os dedos em seus cabelos, olhando em seus olhos quando ele se afastou alguns centímetros.
- Você é o macho mais extraordinário que eu já conheci. – Eu disse, olhando no fundo de seus olhos avelã, brilhantes e cheios de sombras.
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A Corte de Luz e Sombras (FINALIZADA)
FantasiAthera nunca quis mais do que uma vida tranquila ao lado de sua família, e agora, depois do fim da guerra que deixou traumas, marcas e cicatrizes, ela decide finalmente tentar. A imediata do grão-senhor mais poderoso do país vai em busca de liberda...