Athera nunca quis mais do que uma vida tranquila ao lado de sua família, e agora, depois do fim da guerra que deixou traumas, marcas e cicatrizes, ela decide finalmente tentar.
A imediata do grão-senhor mais poderoso do país vai em busca de liberda...
Não importa por quantos caminhos tortuosos eu passar, sei que vou sobreviver.
Porque é isso que eu sou, uma sobrevivente.
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- Como recrutou essas fêmeas? – Thesália me questiona.
Uma hora depois da reunião, estamos todos sentados na enorme sala da casa, adornada com quadros e suas bordas de ouro, a tapeçaria de tecido da morte que Feyre comprou e conseguiu salvar quando Hécate derrubou com sua onda de escuridão do galpão de pinturas, as taças eram nossas melhores, cristal fino e puro com fios de prata, os tapetes todos macios e felpudos, pretos sobre o carpete cinza grosso e estofado. Tudo fora organizado com a maior beleza e precisão. Papel de Elain, que, ainda que nenhum de nós de fato notasse, estava sempre ajudando da sua forma, quando a cidade ao nosso redor estava ruindo, a bela Velaris, minha casa e meu limbo, estava sendo colocada pedra sobre pedra pelos soldados.
Ela estava sentada na extremidade, um vestido rosa pálido e os cabelos presos em uma coroa de tranças ao redor da cabeça, eu dei-lhe um sorriso discreto de agradecimento antes de responder a veela na minha frente.
- Elas são, como vocês podem notar, illyrianas, Rhysand – me viro para ele, que dá levanta a taça – é meio illyriano, e cresceu no acampamento com Cassian e Azriel – os olhos de todos, principalmente de Fellas, passam vagarosamente pelos machos – então, como grão-senhor e proprietário do local, ele me deu carta branca para treinar. Isso claramente levantou certo desconforto por parte dos machos ali, então aos poucos entramos nesse grande balde de merda. – Eu disse, com um sorrisinho descarado no rosto.
Thesália meneou a cabeça, os olhos prateados fixos em Cassian, que a encarava com um leve sorriso.
- Imagino que seja um inferno ser treinada por essa aí. – Naiade disse, se dirigindo a Narcissa.
Eu sorrio e reviro os olhos.
- Você certamente saberia, Naiade. Uma vez que eu ensinei tudo que sabe. - Eu ronrono.
Narcissa arregala os olhos e sorri, sentada do meu lado direito, foi ao banheiro após a reunião e se limpou como pôde, melhorando a aparência, mas ainda parecia muito cansada, a pele pálida reluzindo na luz da lua que entrava pela janela.
- Bom... – ela disse, dando um sorriso pra mim – sem dúvida não é fácil, mas eu e minhas irmãs não poderíamos pedir algo melhor que isso. Ela salvou nossas vidas. A minha literalmente. – Ela contou.
Eu quis dar um tapa em sua mão, a história do acampamento. Então a conversa seria sobre mim? Pelos deuses no cio.
Azriel apenas balançava o copo largo com gelo e bebida quente, uma mistura de álcool destilado e infusão de cardamomo e raspas de laranja, as asas ainda abertas, mas tranquilas atrás do corpo, os olhos enevoados em mim, como um caçador, os lábios entreabertos ainda molhados do último gole de bebida, as pernas levemente abertas os dedos tamborilando devagar no braço da cadeira. Ele estava tão gostoso que cada pessoa dentro da sala, entre um momento e outro, detinha o olhar por um segundo no pescoço longo e na barba leve que estava por fazer em seu rosto.