CINQUENTA E DOIS

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Então é assim... que o mundo acaba. 

Eu achei que seria mais difícil, como uma flecha na coxa que queima e dói

Mas é calmo, meus olhos fecham sem protesto e meus dedos falham

Morrer é fácil.

Morrer é benção. 

Rhysand oferece uma de suas casas na montanha mais próxima da casa da cidade para que organizemos um quartel onde as fêmeas possam firmar moradia, eu chego à casa da cidade exausta, vou com Feyre e Mor, encontramos Rhysand, Azriel e Cassian no esc...

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Rhysand oferece uma de suas casas na montanha mais próxima da casa da cidade para que organizemos um quartel onde as fêmeas possam firmar moradia, eu chego à casa da cidade exausta, vou com Feyre e Mor, encontramos Rhysand, Azriel e Cassian no escritório, discutindo.

Cassian sorri quando me vê, aquele sorriso puro que transforma a expressão severa de um general de exércitos em um garoto alegre. Ele se aproxima e me toma em um abraço que me deixa dolorida, mas eu inspiro seu cheiro, recebo seu calor e beijo suas bochechas.

Rhysand me observa por alguns segundos e eu sei que depois teremos uma daquelas conversas sozinhos.

- Você está de pé afinal. – Amren diz, saindo do canto escuro da parede, seus cabelos estão soltos na altura dos ombros e os olhos prateados em redemoinho me observam.

- Sim, estou aqui. – Eu respondo.

Ela bate com o dedo indicador na mesa, onde mapas e papéis estão espalhados.

- Então acho melhor vir até aqui, porque a situação não é boa. – Ela diz.

Eles não recuaram, de fato. O acampamento illyriano foi tomado, alguns deles estão do nosso lado, cento e cinquenta, para ser mais exata. A grande maioria foi para o lado de Beron, que firmou sua base ali, perto de Velaris, perto de nós. Alguns feéricos e muitos humanos estão lá, alguns contam que o Rei Tebas também está lá, mas não se sabe ao certo. Eles estão planejando, vão se mover contra nós rapidamente. Temos 20 mil homens com as cortes, que, por obra dos deuses, não desistiram de seu acordo conosco e ainda irão enviar seus pequenos exércitos remanescentes.

Rhysand parece calmo, mas tem aquele olhar resignado de quem acha que perdeu, ou ao menos não temos motivos para acreditar em uma vitória eminente. Eu respiro fundo e penso em tudo que iremos perder se essa guerra acabar mal pro nosso lado. Penso na promessa que Azriel me fez, ele segura minha mão, acariciando meus dedos com seu polegar.

Eles são muitos, na corte outonal, no acampamento illyriano, a maioria é de homens humanos, cheios de freixo. Helion está providenciando seu antidoto, mas ele não é totalmente eficaz para todas as formas de contaminação e eu não sei mais o que dizer, que palavras dar. Mantenho o rosto calmo, minha fachada parece tranquila e confiante, enquanto estou ruindo por dentro.

Conto a todos o que houve, do encontro em batalha, do nome de Apollo, das coisas que me disseram. Amren franze a testa e afunda na biblioteca, procurando alguns livros e volta, posicionando um volume grande na mesa de carvalho.

A Corte de Luz e Sombras (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora