Athera nunca quis mais do que uma vida tranquila ao lado de sua família, e agora, depois do fim da guerra que deixou traumas, marcas e cicatrizes, ela decide finalmente tentar.
A imediata do grão-senhor mais poderoso do país vai em busca de liberda...
Eu estava com saudade. Vocês bateram 200k e eu fiquei tão feliz que acabei fazendo uma coisa. É bem diferente, a escrita é outra, a forma de lidar com a história é outra. Porque eu sou outra, e confesso que manter um padrão de escrita igual o livro todo foi o que tornou a escrita mais cansativa pra mim. Não posso prometer nada, mas como seria cena extra 01 fosse apenas um prelúdio do que vem pela frente?
Eu amo vocês, obrigada pelos 200k, obrigada por mudarem minha vida.
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- Eu vou matar você.
Isso foi tudo que eu consegui dizer. Naiade estava a minha frente, as pernas trêmulas, a cicatriz vibrante do sangue pulsando em seu rosto, ela caminhava com dificuldade, parecia exausta. E eu estava irritada. Ser mãe e parceira havia me tornado em um individuo extremamente protetivo, e quando qualquer coisa se colocava no caminho de ferir Aurora ou Azriel, aquilo acabava comigo, estava minha paciência de formas nunca antes vistas. E, embora meu coração houvesse se enchido de ansiedade ao ver aquelas mulheres perdidas e sozinhas, a coisa é que aquilo me irritava.
- Eu não tinha onde levar essas garotas, elas estavam sozinhas, você viu isso. - ela disse, com um brilho de mágoa em seus olhos, eu não sabia de onde isso vinha.
- Essa é minha casa, minha filha está aqui dentro, meu marido está aqui dentro. - grunhi.
Ela parecia ter sido atingida por um soco, encolheu-se por um segundo, mas logo se empertigou.
- Nos perdoe, majestade - ela disse, dando um passo para trás e imitando uma reverência - nos perdoe por nos colocarmos dentro da sua vida de fantasias e alegrias enquanto centenas de mulheres estão se fodendo! - sua voz crescia, assim como sua mágoa enquanto ela caminhava até mim, os braços para cima e a cicatriz brilhando sob a luz amarelada das lâmpadas - desculpe pedir a sua ajuda, desculpe nos colocarmos dentro da sua utopia! Puta que pariu, estamos indo embora.
Meu coração se encolheu um pouco. Eu havia me tornado isso? Acomodada? Talvez eu tenha.
- Não é isso, porra! - eu disse, me aproximando dela - mas minha família está aqui, minha filha está aqui, é meu papel protegê-los, você imagina o que isso faz comigo? Ver minha estabilidade caindo às ruínas por um ato de imprudência seu?
- Você sabe o que é imprudente, Athera? - ela disse, erguendo a voz - imprudente é quase matar um comandante illyriano dentro de um acampamento para salvar as costas de uma garota que estava sendo espancada. Sabe o que é imprudente? Atiçar a ira dos deuses para permanecer com seu parceiro, para sobreviver com ele. O que é mais imprudente que isso? Fazer-nos mover exércitos por meio mundo para matarmos e morrermos, por você! - agora ela gritava - e você fez, e nós fizemos isso! E faríamos de novo! Então que limites eu cruzei? O que eu fiz? Você acha que porque meia dúzia de illyrianas podem treinar, todas as outras mulheres do mundo estão salvas? Onde está a porra da sua lealdade?
