Athera nunca quis mais do que uma vida tranquila ao lado de sua família, e agora, depois do fim da guerra que deixou traumas, marcas e cicatrizes, ela decide finalmente tentar.
A imediata do grão-senhor mais poderoso do país vai em busca de liberda...
Eu sou sua com carne e sangue Até o fim dos dias Te protegerei E seremos deusas No fim dos tempos.
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Nosso grupo costumeiro de quatro voou até o local, chovia forte, meus cabelos ficaram encharcados e colados na testa, o uniforme que eu estava ficou mais moldado e colado ao corpo e eu notei com a visão periférica que Azriel me observava, vez ou outra mordendo o lábio enquanto voávamos.
Quando entrei caminhando pelo acampamento, os guerreiros ainda observavam a mim e a meu parceiro atentamente, procurando uma brecha menor que fosse.
Mas nossas expressões eram impassíveis. No meio do caminho até a tenda, ouvi um murmúrio baixo, parecia abafado e a quilômetros de distância, mas certamente estava ali, um grito silencioso, como se saísse de meu peito.
- O que está havendo? – Azriel me questionou pelo laço.
- Um grito, alguém está ferindo uma fêmea nesse acampamento. – Eu respondi, a resposta saindo como uma confirmação até para mim mesma.
Continuei caminhando com a mesma expressão impassível sem demonstrar preocupação, medo ou estresse, mas expus meus sentidos ao máximo procurando identificar o som, não era audível a ouvidos, mas soava dentro de mim, o elo que eu criei com as fêmeas ao prometer ensinar e proteger a todas elas, era ele que ardia dentro do núcleo de poder em meu corpo, que rompia minha feminilidade.
- Minhas sombras foram descobrir o que aconteceu. – Azriel me assegurou, ainda pelo laço.
- Obrigada. – Eu respondi, mas me sentia entrecortada e machucada.
Entramos na tenda e Devlon estava, como sempre, parado com um olhar sarcástico que se prendeu em meu pescoço, onde a marca que Az fizera estava.
- Adorei o novo adorno, Athera. – Ele disse.
Mas eu não podia me concentrar em nada, ver nada além da dor que alguém estava sentindo, o calafrio característico das sombras de Az subiu por minhas pernas e sussurraram com suas vozes inaudíveis aos meus ouvidos.
- Um macho está agredindo uma fêmea ao leste. – A voz me disse.
Eu mandei uma onda de ódio pelo laço e Az tocou a ponta de meus dedos com os seus.
- Uma fêmea está sendo agredida agora em seu acampamento. – Eu disse, em voz alta.
Rhysand e Cassian me olharam com os olhos flamejando de raiva. Mas as expressões estavam calmas e impassíveis.
- Eu sei. – Ele murmurou.
Meus olhos cintilaram meu poder lilás e dourado quando eu o fitei, sua expressão arrogante vacilou por um segundo.
- Você sabe? – Eu o questionei.
Ele deu um sorriso muito leve e muito feio com o canto dos lábios, eu vi as mãos de Cassian se fecharem em punhos e os nós dos dedos ficarem brancos.