VINTE E SEIS

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A paz existe dentro de você e eu só a tenho condicionada a seus sussurros.

O sol brilhava fraco sob alguma camada chuva, o cheiro de terra molhada invadia o quarto, e quando eu abri os olhos, quase desabei em mim mesma novamente

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O sol brilhava fraco sob alguma camada chuva, o cheiro de terra molhada invadia o quarto, e quando eu abri os olhos, quase desabei em mim mesma novamente.

Todas as lembranças vieram à tona e eu me dei conta de que não estava sonhando, que tudo era real, os gritos de Narcissa ainda ecoavam em meus ouvidos.

Mas minha mente relaxou quando me virei e vi o corpo de meu parceiro ao meu lado.

Totalmente nu e relaxado, os olhos fechados e a expressão tão calma e compassiva, eu o amava tanto, parecia uma bobagem ainda lembrar disso toda vez que eu o olhava e me lembrava de que ele era meu, de que havia de ajudado, de alguma forma ontem, com os guerreiros e as fêmeas, pois eu suponho que não tenha sido fácil acalmar Devlon e ainda reunir todas as minhas alunas.

Segurei a cabeça com a mão e observei seu peito inflar e depois abaixar com a respiração deliciosa que saia dele, ali, naquele macho, todas as minhas preocupações se diminuíam e esvaziavam.

Suas pálpebras tremeram e ele abriu os olhos muito de leve.

Era tão encantador ver o grande guerreiro illyriano, o encantador de sombras e mestre espião da corte noturna apenas piscando com a claridade e bocejando com os lábios grossos.

Me dei conta de que quase nunca acordava antes dele, nem me lembrava se de fato o tinha feito alguma vez.

Ele piscou repetidamente, ajustando a visão e deu um sorriso leve quando me viu.

- Está me admirando? – Ele perguntou, a voz grave, rouca e incrivelmente sexy em meus ouvidos.

Eu me aproximei e beijei sua testa, ele deu uma risada muito baixa e deliciosa.

- Sempre estou te observando e te admirando, Azriel. – Eu respondi, mantendo o tom baixo.

Ele sorriu mais expressivamente dessa vez, abriu os dentes grandes e lindos para mim.

Então ergueu o braço e tocou com a ponta dos dedos a marca roxa em meu pescoço.

- Desculpe pela minha falta de cordialidade. – Ele observou.

Eu toquei a mão dele onde estava, em cima de minha pele e beijei seus dedos cheios de cicatrizes. Seu cheiro quente e delicioso tomou meus sentidos.

- Machos tendem a fazer isso com fêmeas extraordinárias. – Eu murmurei, sua pele ainda em meus lábios.

Azriel ergueu o corpo até estar sentado em minha frente e passou o braço em volta de minha cintura, me puxando mais pra perto, seu cheiro, a sensação de sua pele quente e macia contra a minha, as cicatrizes se movendo diante de meus olhos.

- Quanto mais quando o macho em questão sabe que a fêmea é completamente sua naquele momento. – Ele murmurou igualmente, a voz ainda deliciosamente mais grave pela manhã.

A Corte de Luz e Sombras (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora