Um dia, você vai olhar para trás e não vai mais doer.
Mas só se você deixar queimar hoje. Deixe queimar.
A culpa não é sua. A culpa nunca foi sua. A culpa não é sua. A culpa nunca foi sua. A culpa não é sua. A culpa nunca foi sua. A culpa não é sua. A culpa nunca foi sua. A culpa não é sua. A culpa nunca foi sua. A culpa não é sua. A culpa nunca foi sua. A culpa não é sua. A culpa nunca foi sua.A culpa não é sua. A culpa nunca foi sua. A culpa não é sua. A culpa nunca foi sua. A culpa não é sua. A culpa nunca foi sua.
O dia seguiu tão normal quanto poderia se seguir em uma preparação de guerra. Mor se preparava com Lumus na casa da cidade, nos reunimos com os exércitos durante a tarde, a voz de Rhysand precisava ser amplificada com magia para que todos pudessem ouvir.
Quando chegou à noite e Mor se trocava em seu quarto, vestindo seu vestido vermelho esvoaçante, eu bati na porta e entrei.
- Estava me perguntando se não te veria. – Ela disse, enquanto colocava os brincos.
Eu caminhei até ela, ainda de uniforme.
- Só queria dizer que... que sinto muito, não queria que fosse assim. – Tão somente disse, com os olhos fixos no chão.
Morrigan parou de pé na minha frente e esfregou meus braços com as mãos, encontrando meu olhar com o seu.
- Deixe-me ajudar, fazer algo. Essa também é minha família, você sabe. Minha obrigação. – Ela disse.
Como ninguém entendia que, direta ou indiretamente, aquilo era minha culpa? Minha maldita culpa.
Permaneça firme, eu disse a mim mesma.
- Não quero que se machuque, Morrigan. Eles não vão te acolher, deixar entrar e sair, depois libertar você, não entende isso? – Questionei.
Mas ela só me deu um sorriso suave.
- E quanto a você oferecer literalmente sua vida aos grão-senhores? – Ela perguntou, a voz doce.
Claro, claro.
- Era o que poderíamos barganhar. – Respondi.
Mor deixou as mãos que me tocavam cair ao lado do corpo.
- E agora, eu sou o que temos nessa barganha.
Eu respirei fundo e esfreguei as têmporas.
- Eu poderia ir, eu iria, distrairia Beron e os deuses enquanto vocês cercavam o acampamento e os trucidavam eles. – Eu disse.
Ou Azriel me mataria e eu destruiria metade do exército deles.
Ela, parada em minha frente, apenas me observou calada por alguns momentos, como se compreendesse tudo dentro de mim. Mas como poderia, quando se recusava em ajudar no que mais importava?
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A Corte de Luz e Sombras (FINALIZADA)
FantasiaAthera nunca quis mais do que uma vida tranquila ao lado de sua família, e agora, depois do fim da guerra que deixou traumas, marcas e cicatrizes, ela decide finalmente tentar. A imediata do grão-senhor mais poderoso do país vai em busca de liberda...