QUARENTA E SETE

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Nunca pensei em como iria morrer
Mas morrer no lugar de alguém que amo
Parece ser uma boa maneira de partir.
(Stephenie Meyer)

A noite está gelada, a chuva cai em gotas gordas e furiosas com o vento

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A noite está gelada, a chuva cai em gotas gordas e furiosas com o vento. O acampamento está em chamas, gritos femininos e masculinos, sangue está banhando a terra.

Vejo a fúria nos olhos de Cassian, gentis ou não, as lembranças dele são ali, ele cresceu ali, se tornou macho ali, se tornou guerreiro ali.

Agora tudo está sendo consumido pelo fogo.

Deixo meu ódio me entorpecer, as asas brancas estão atrás de mim, eu deixo meu corpo se erguer no ar, Vivian e Jolene estão ao meu lado, os rostos a máscara do ódio.

Olho para elas por um momento.

- Destruam. – Eu digo.

Elas assentem, e voamos todos em direção a chacina.

Não é uma batalha justa, eu vou pelo ar, Azriel está ao meu lado, voar na chuva é um inferno, então sinto a dor das gotas em minhas asas, mas me deleito dessa dor.

Essa é a resposta.

Se você pode destruir meu acampamento, eu posso destruir o seu.

Não é uma luta justa, tem no mínimo quinhentos homens inimigos lutando e rechaçando, eu usei muito da minha magia hoje, minha garganta está queimando, muitos illyrianos estão lutando com eles, contra as fêmeas, várias delas estão dando tudo de si, gritando e matando, destruindo, como armas vivas.

Foi isso que eu fiz delas.

Azriel é uma linha de destruição viva onde pisa, ele passa por uma fileira de illyrianos, matando todos, Rhysand está possuindo machos com seu poder, Cassian está quebrando pescoços e enfiando adagas, meu sangue está quente, guardo minha força para o momento que precisar dela e mergulho na batalha.

Puxo minha espada e enfio ela no estômago de um macho na frente, ele vomita quando eu subo a lâmina, cortando até o pescoço, puxo e saio para matar mais, chego no momento exato que um mercenário está quase enfiando sua adaga em uma fêmea pequena e nervosa, a cabeça dele rola na terra molhada, ela me olha com desespero e eu seguro seu ombro enquanto mato mais um que vem pela lateral.

- Mate, acorde e mate. – Eu grito.

Ela arregala os olhos como se tivesse sendo despertada de um sono, então puxa a espada e vai matar.

Eu paro de contar e entrego meu corpo na batalha, berrando meu ódio em voz rouca, eu destroço dois, então mais três, cinco que me cercam, matando um com a espada, o outro com um chute que quebra seu pescoço e os demais em luta corporal, deixo minha frustração e minha raiva tomarem meu corpo, meus lábios ainda tem o gosto de vômito, que é rapidamente substituído quando sangue espirra meu rosto.

A Corte de Luz e Sombras (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora