VINTE E QUATRO

3K 350 86
                                    

Mas essa batalha já está decidida
Não por homens
Mas pelas mulheres que controlam
Nossos destinos.
(Lagertha)

Narcissa estava abraçando seu corpo na chuva, chorando, eu me aproximei e ela tremia perto de mim

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Narcissa estava abraçando seu corpo na chuva, chorando, eu me aproximei e ela tremia perto de mim.

- Ele me expulsou! Eu não tenho mais para onde ir. Eu sei que estava me salvando, mas o que eu vou fazer agora, senhora? – Ela me perguntou, as mãos trêmulas.

Eu respirei fundo e acalmei meu ódio, deixando tudo escoar para os lugares certos.

- Se quiser, Narcissa, pode ir para Velaris conosco. – Eu disse.

Os olhos dela brilharam e ela sorriu nervosa, como se não acreditasse no que eu dizia.

- Mas senhora, eu... eu não tenho como me manter. – Ela murmurou.

Eu queria, com tudo que tinha, voltar e destruir o macho atrás de mim, foi preciso bastante esforço e concentração para ter atenção no que acontecia.

- Você pode ficar na casa da cidade se preferir, é a casa de Rhysand e vai ser bem acolhida, pode ficar em minha casa, ou eu posso pagar um apartamento para você. – Eu disse.

Ela olhava para mim como se eu fosse uma espécie de deusa e segurou minhas mãos, eu a abracei, deixando que chorasse em meu peito.

- Você vai treinar comigo – eu murmurei para ela – vai se erguer, trabalhar, e tirar sua irmã e mãe daquele homem. – Sussurrei.

Ela assentiu e continuou chorando em meu peito.

Como se tivesse ouvindo meus pensamentos, Rhys surgiu caminhando com o rosto muito calmo e pacifico.

Cassian e Azriel chegaram segundos depois, deixei Narcissa com Cass e fui até Rhysand.

- Eu e Devlon tivemos uma séria e longa conversa. – Ele disse, a voz muito menos tranquila que a expressão.

Só de pensar nele meu corpo se aqueceu de ódio.

- Ele estava espancando-a, Rhys. Não era sequer a primeira vez. – Eu disse, ainda tentando conter a ira.

Rhysand tocou meu braço, me olhando como se tudo fosse ficar bem, me acalmando a sua própria forma.

Mas só de ter seu apoio, ser sua imediata, saber que ele confiava em mim e me dava suporte era o suficiente. Rhys era um grão-senhor muito mais bondoso que a grande maioria deles.

- Eu sei. Obrigado por ter se acalmado e não ter matado o homem, isso poderia esquentar muito mais os rumores de revolução que já se tem notícia nesse acampamento. – Ele disse.

Eu inspirei, olhando para Azriel, que estava distante conversando com alguns guerreiros com um olhar sombrio, não fora eu, e sim a voz de meu parceiro dentro de mim.

A Corte de Luz e Sombras (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora