Athera nunca quis mais do que uma vida tranquila ao lado de sua família, e agora, depois do fim da guerra que deixou traumas, marcas e cicatrizes, ela decide finalmente tentar.
A imediata do grão-senhor mais poderoso do país vai em busca de liberda...
- Bom dia, Athera. – Rhys disse, a voz muito calma.
Eu fiz uma leve reverência com a cabeça e me posicionei em pé, ao lado de meu parceiro.
- Grupos de rebeliões estão se formando – ele disse, sem cerimônia – muitos no acampamento illyriano e mais alguns murmúrios em um reino humano ao oeste de seu território.
Feyre segurava a mão de Rhysand, o olhar altivo, mas sempre terno no rosto lindo.
- O caso é que o trabalho que estamos fazendo com as fêmeas illyrianas está causando medo em alguns povos. – Ele disse, a voz ainda calma.
Mor suspirou, largada no sofá com um vestido dourado.
- Principalmente de onde eu vim, eu suponho. – Ela disse.
Rhysand assentiu, acariciando a mão de Feyre com o polegar.
- Claro que eles se sentem ameaçados com a mudança – eu disse, a voz firme e sem o vestígio de divertimento que tinha minutos antes quando eu brincava distraidamente com Cassian – o que mais temem é que essa ideia mova as demais, que elas queiram e anseiem pelo mesmo.
Azriel acariciava meu peito pelo laço, o tom terno de seus pensamentos e da voz dentro dele tranquilizando minha mente.
- Sim. É exatamente isso. – Rhys respondeu.
Eu suspirei, ainda que imaginasse com quase certeza que aconteceria, não queria de verdade que o fizesse, gostaria muito que a mudança fosse calma e compassiva, mas essa hipótese estava visivelmente fora de cogitação.
- Não vamos dar um passo sequer atrás – Feyre levantou a voz, olhando para mim – se esse é o preço a pagar pela mudança, nós pagaremos.
Meu peito se encheu por um momento, eu amava a fêmea a minha frente e sua força, sua convicção e sua coragem.
- Se não se importar, Athera, vamos nos unir ao treinamento. – Feyre disse.
A empolgação deslizou dentro de mim.
- Quando diz nós? – Eu questionei, querendo uma confirmação para o que pensava.
Amren se empoleirou na cadeira e virou os olhos prateados para mim.
- Todas nós – ela disse – eu me encarrego de ajudar as fêmeas de se protegerem em outros âmbitos, mentalmente quero dizer. – Ela disse.
- Eu posso me unir a você e Feyre e auxiliar elas no treinamento físico. – Mor murmurou.
Eu queria gritar e abraçar minhas amigas, mas apenas respirei fundo e fiz uma reverência com a cabeça, confirmando o pedido.
- Agora teremos que fazer outra coisa – Rhys disse, me olhando com seu tom de desafio – vamos dar uma passada na corte dos pesadelos.
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