DEZENOVE

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Casa, entre santos ou demônios seria o mesmo. Se pudesse chamá-los de família.

Quando eu abri os olhos, o lugar de Az ao meu lado estava frio, eu me levantei com alguma dificuldade, as pernas ainda trêmulas do esforço da noite passada e olhei pelo espelho, vendo que alguns pontos na parte traseira de minha coxa e em minhas n...

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Quando eu abri os olhos, o lugar de Az ao meu lado estava frio, eu me levantei com alguma dificuldade, as pernas ainda trêmulas do esforço da noite passada e olhei pelo espelho, vendo que alguns pontos na parte traseira de minha coxa e em minhas nádegas estavam roxas, com a marca dos dedos de Azriel.

Eu dei um sorrisinho para o espelho.

- Você me paga, parceiro. – Eu disse pelo laço.

Vesti uma camisola simples vermelha e caminhei pela casa, mas ele não estava em lugar algum, fiz ovos mexidos, bacon e torradas.

- Um minuto e estarei aí, talvez enterrado em você antes do café. – Ouvi seu familiar sussurrar pelo laço, que subia em minhas orelhas frio como as sombras.

Sorri pra mim mesma e fiz suco de laranja,
bebi alguns copos antes de me entediar e sentir fome demais para esperar que chegasse, servi minhas torradas com ovos e bacon e comecei a comer, quando senti a presença de meu parceiro chegando, junto com seu cheiro e o som do farfalhar de suas asas.

Ele entrou na casa, a pele bronzeada pelo sol e os sifões posicionados pelo corpo, eu franzi o cenho.

- Rhys precisou de mim em uma reunião com a corte estival. – Ele disse, tirando as faixas das mãos e se sentando ao meu lado.

- Eu deveria te dar uma surra por não ter me chamado. – Eu disse, com uma irritação subindo pela cabeça.

Ele deu uma risada e beijou minha mão.

- Desculpe, eu não quis te acordar, mas fui e voltei bem rapidamente. – Ele disse, mordendo uma tira de bacon.

Eu passei geleia de framboesa em uma torrada e a mordi, revirando os olhos.

- Precisamos voltar. – Eu anunciei.

Ele exprimiu a mesma expressão contrariada quase infantil – que seria, caso algo em Azriel pudesse ser descrito como infantil algum dia.

- Hm. – Ele murmurou irritado, comendo a sexta torrada em questão de segundos.

- Falo sério, eu preciso voltar ao treinamento e você precisa ajudar Rhys, além disso, eu sinto falta de nossa família. – Eu anunciei.

- Quase quebrei o pescoço de Cassian hoje, não estou especialmente com saudade dele. – Ele disse, e eu perdi as contas de quantas torradas ele já havia comido.

Eu quase me engasguei com a geleia.

- O que aconteceu? – Perguntei.

Ele revirou os olhos – como quase nunca fazia – e bebeu o copo inteiro de suco de uma vez.

- Você sabe, provocações. Mas ele achou que eu fosse ser mais controlado, mais como Rhys, eu fiquei cego enquanto apertava a garganta dele e só parei porque Rhys, Feyre, Mor e Lumus me puxaram pelas asas.

A Corte de Luz e Sombras (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora