Ja estava tudo pronto para entrar no carro e seguir ao aeroporto. Demorei quase três horas para arrumar as malas, e só consegui mesmo organizar tudo antes da hora graças a ajuda de Stella. Vou sentir muito a sua falta.
Olho para a escola gigantesca e depois para o homem de gravata que me aguarda encostado no transporte. Respirei fundo, puxando um sorriso sem graça. Abraço a diretora e logo após agarro Stella. Ela me aperta mais pelas costas e nós duas começamos a sorrir.
Vim para esse internato desde os cinco anos de idade, após a morte da mamãe. Meu pai certamente não quis arcar com as responsabilidades de cuidar de uma criança, e resolveu que outras pessoas arcassem com isso. Mas não tenho muito o que reclamar, foi nessa escola que eu passei os melhores momentos de minha vida, tirando os que tive juntamente a minha mãe, é claro!
Tive uma disciplina excelente, e sou uma garota bastante dedicada. Nunca dei trabalho. E estava quase planejando a minha vida aqui na Inglaterra, bem, até o meu pai resolver me querer por perto novamente. Não nos víamos constantemente, afinal, eu não queria ir visita-lo. Porém, agora eu vou morar com ele, o que me parece ser pior.
Pego firme na mala e a carrego até o homem, ele de imediato a coloca no bagageiro e faz o mesmo com as outras. Elas se somavam em torno de três, nunca que deixaria algumas de minhas bolsas ou joias para trás.
Abro a janela e aceno para as duas que ainda esperam a minha saída, senti a lágrima descer na bochecha e a limpo com delicadeza. Uma dama não pode chorar, por que borra a maquiagem. Essa foi uma das coisas que aprendi aqui.
- Não esquece de mandar mensagem quando chegar. Vamos estar sempre juntas! - grita Stella, cortando o silêncio que até o momento rodava o ambiente.
- Não vou esquecer! - respondo alto, enquanto o motorista entra e segue o caminho.
[...]
Caminho depressa em direção a cadeira que reservei. O tempo não estava tão frio, a temperatura se encontra em torno de 20°C lá fora, e dou graças a Deus por isso.
Ponho os fones de ouvido ao instante que me conforto na cadeira e retiro um pequeno caderno que ganhei do internato, e começo a pensar nas palavras para escrever nele. Isso nos ajuda a controlar as emoções. Uma dama nunca pode perder a cabeça por besteiras. Acho que isso deveria se aplicar a todos.
Estou com raiva e triste no momento, triste por sair da escola sem razão e com raiva de meu pai por ter me tirado de lá. Início a escrita antes de partir.
***
Dia infernal
Hoje estou saindo do país que por muitos anos fiquei. A minha vontade é de chegar em casa e dizer um monte de ofensas a meu pai. Por que ele me quer por perto? Só por que se casou novamente não significa que vamos ser uma família. Nunca irá existir: eu, meu pai e sua mulher. Queria poder gritar bem alto: você não é meu pai, não me criou! Então gostaria que você fosse a merda!
***
Respiro tentando me recompor um pouco e fecho o caderno rapidamente. Uno os cílios superiores com os inferiores, desfrutando da música, e adormeço.
[...]
Sigo pelo o aeroporto a procura de alguém familiar. Até enxergar o meu pai sentado num balcão, ele me olha e eu aceno com a mão. Ligeiramente vem ao me encontro, acompanhado por Evelyn, minha madrasta.
- Oi filha - me comprimenta com um abraço, mas eu sinto um pouco de falsidade. Se é um bom pai, por que me largou na escola?
- Oi... - minha orbes se encontram com as da Evelyn.
- A quanto tempo - ela diz e me ergue os braços.
Estendo a mão, e meu pai encara apresentando uma expressão de desconforto. A mulher fica meio sem jeito e agarra os meus dedos suavemente.
- Sim... - confesso que gostaria que fizesse mais tempo.
- Anthony, por que não vai pegar as malas da Alisson.
- Vou já fazer isso - ele diz e se perde na multidão.
- Ja esta sentindo falta da Inglaterra? - ela me pergunta, e começamos a caminhar com calma, pôs a mão nas minhas costas e acho que ela esta perto de mais, porém não posso fazer nada, seria muito mau educado de minha parte ter alguma reação com esse ato.
- Bastante - balanço a cabeça.
- Bem, você vai gostar daqui. Aliás, esta de volta a sua casa. - comenta me conduzindo para fora do aeroporto.
- Vocês não se mudaram após o casamento? - questiono e ela me oferece um sorriso.
- Sim, mas estou me referindo a cidade.
- Ah... sendo assim, acho que minha casa é na Inglaterra. - anuncio e à deixo sem graça novamente.
[...]
Os meus sapatos altos tocam o piso triangular que segue até a entrada da residência. Meu pai passou a viagem toda falando sobre o quanto sua mulher preparou a casa para a minha chegada, e não evitei em demonstrar expressões desanimadoras.
A casa é completamente grande, maior do que a antiga. E é bonita. No entanto, não elogio nada para não ficarem se achando.
Vou na direção da casa enquanto alguns dos seguranças carregam as minhas malas. Abro a porta e imediatamente olho a minha antiga babá me encarar. Pelo menos tem uma pessoa boa nesse lugar.
- Alisson, que saudades eu estava de você querida! Minha nossa... como esta elegante! - os olhos negros me olham dos pés a cabeça. Analisando o meu casaco azul que se estende até os joelhos e meus cabelos que estão presos a um coque, revelando os brincos brilhantes.
- Anastácia! - a admiro feliz e dou um abraço apertado nela. Pressiono o meu queixo em seu ombro, fechando os olhos.
E quando abro novamente, enxergo um garoto mais um pouco alto do que eu sair por uma porta, mordendo uma maçã enquanto me examina.
- Quem é essa? - ele franze a testa.
Eu quem deveria perguntar. Quem diabos é ele? E o que faz na casa do meu pai?
》》NOTAS DA AUTORA《《
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Apaixonada por um delinquente
Teen FictionAlisson passou quase 11 anos de vida em um internato na Inglaterra, onde o seu pai à colocou depois da morte de sua mãe. Ela cresceu com normas e foi ensinada a como ser uma mulher bem sucedida, até mesmo planejava o seu futuro no país. Porém, ao co...