08

17.7K 1.3K 255
                                    

As batidas na porta me fazem acordar. Preferia hibernar. Somente dormindo eu me desligo da realidade cruel desde planeta. Poderia sonhar tendo os pertences da minha mãe de volta e ter dinheiro suficiente para gastar atuoa, igualmente como realizava nas minhas viagens. Saber que você não tem dinheiro é realmente uma desgraça. Como vou viver sem ele?

Ai, que raiva estou do meu pai!

- Ali, está na hora de acordar, Leya precisa limpar o quarto - ouço a voz de Anastácia detrás da porta.

Puxo o cobertor mais para cima da cabeça e gemo baixinho, não querendo sair da cama.

- Alisson! - diz rígida e sou forçada a me levantar.

Dou uma breve olhada no espelho assim que calço as chinelas de quarto. E como eu estou horrível, meus olhos estão inchados de tanto chorar ontem e os cabelos castanhos nunca ficaram tão desarrumados. Não queria que alguém me visse assim, porém, a mulher bate mais frequente na porta a cada segundo que passa.

- Estou indo! - grito e as agressões na madeira param. Havia me esquecido o quanto Anastácia pode ser rígida as vezes.

Visto o casaco que completa o baby doll e destranco a porta. Anastacia balança a cabeça enquanto a outra mulher entra no quarto.

- O que houve com seus olhos? Andou chorando? - ela questiona, se adiantado na minha direção.

- Chorando? - arqueio as sombrancelhas e recebo um balanço da sua cabeça na posição vertical. Pisco os olhos diversas vezes, tentando arrumar uma desculpa. - Bem, eu assisti um filme romantico até tarde ontem - as palavras se rolam quando saem da boca. Então, Anastácia se distancia e segue para as escadas. - Que horas são? - realizo meia volta, deslizando os dedos sutilmente nos braços que formam um X a frente dos seios.

- Umas 9hrs, senhorita - ela retira os lençóis da cama e os puxam para si.

- Eu só vou me banhar, é rapidinho, não irei atrapalhar o seu serviço. - digo, arrumando o cabelo enquanto caminho em direção ao banheiro. Prevejo que arrumar o cabelo, e disfarçar essas alheiras vai ser um trabalho bastante difícil.

[...]

Desço as escadas, passando a mão devagar no corrimão frio. Estufo o peito a medida que passo pelos degraus. Estou decidida a ter uma conversa bem seria com meu pai.

Não demoro muito para chegar a sala e admirar Evelyn sentada no sofá, lendo algum livro de auto ajuda.

- Onde está o meu pai? - pergunto, cruzando os braços.

- No escritório - aponta com a cabeça e logo devolve a atenção ao livro.

Respiro profundamente e me encaminho ao rumo da porta dupla de coloração branca. Pego na maçaneta de ambas e as deixo bem abertas. Meu pai ligeiramente desvia o olhar de seus papeis e me olha.

- O que foi, Alisson? - Deixa o que esta fazendo e une as mãos.

- Achou que eu nunca iria saber? - arqueio as sombrancelhas e demonstro uma expressão nada agradável.

- Filha... - tenta dar explicações, porém, não ò deixo falar.

- Você nunca foi um bom pai, me jogou num internato e mal me visitava. Sabe o quanto eu sofri pela a sua ausência? Mesmo sendo a aluna menos vistada pelo pai, eu entendia, entendia por que achava que você estaria cuidando da empresa e não apostando o nosso dinheiro em bancadas de jogos. Você vendeu até as coisas da mamãe! Como pôde ser tão irresponsável!? - digo tudo o que estava preso no coração.

Os olhos deles estão arregalados e a sua respiração é rápida. Eu o peguei de surpresa, mas pelo menos ele vai se sentir na minha pele.

- Eu nunca recebi amor da sua parte, cresci com o amor dos meus amigos e do pessoal do internato, e a única coisa que lhe agradeço é por ter me colocado lá, acho que você não seria capaz de amar. Aliás, deveria sentir vergonha de viver as custas dos outros, feito um parasita! - exclamo enquanto observo o homem sem reação.

Realizo meia volta, enxugando as lágrimas que desceram quando estava gritando. Caminho em passos apressados pela a sala e chamo a atenção de Evelyn. Ela me pergunta brevemente o que houve, mas eu a deixo sem respostas e sigo sem rumo.

[...]

Depois de vagar por varios lugares da casa, totalmente aflita. Abro a porta de um cômodo que imagino ser mais confortavel que o quarto, para esfriar a cabeça. O ambiente contem uma piscina, e adoro a ideia de tê-la dentro da moradia.

A manhã esta fria, porém, o ambiente se encontra fresco e quentinho, ótimo para dar um mergulho. Retiro o casaco juntamente a saia, e logo após me livro da camiseta, permanecendo apenas com a langerie. Recuo alguns passos, respirando fundo, e mergulho rapidamente na água. Como é bom estar assim, sentindo a quentura do liquido aquecer a pele. Nunca havia entrado na piscina sem roupas de mergulho.

Começo a nadar, e essa atitude acalma os nervos que estavam aflitos. E com o passar dos minutos, ja me encontro mais tranquila. Penso nas minhas palavras ditas e sinto uma dor aguda na cabeça. Pressinto algo atrás de mim, então, rapidamente me ergo para fora da água e puxo o ar ao nariz. Prossigo a beira da piscina. Ponho as mãos firmes no chão, me levantando.

Me sento no piso, permanencendo os pés na água. E quando cubro o tronco com a camiseta, vejo o dono dos cabelos negros molhados que batem suas pontas nos olhos verdes brilhantes. Coro rapidamente, em pensar que estou quase nua. O garoto me fita estranho enquanto se adianta. Não obtenho reação, o meu corpo parecia não querer se mexer, somente observar a boca rosada que esta chegando cada vez mais perto, e sentir os dedos macios subirem dos tornozelos vagamente aos joelhos.

- O que esta fazendo? - pergunto baixinho, deixando as suas digitais se moverem circulamente nos meus joelhos. Examino o rosto de assimetrias perfeitas e logo desço a visão aos seus músculos definidos.

- Apenas o que os jovens fazem para desestressar um ao outro - diz suavemente chegando mais perto. Esse deliquente é um pecado, mas o seu toque é hipnotizante.

Recebo um choque de realidade ao sentir uma brisa gélida nas costas. E assim que ele eleva os seus dedos ao rumo do meu quadril, eu o bato fortemente no rosto. Ele mostra os dentes e me encara novamente, umedecendo os lábios.

- Não sou as garotas que você deve estar acostumado, seu deliquente! A casa pode ser sua, mas o corpo é meu. - recolho o resto do meu traje ao lado, e me visto com pressa, admirando o garoto se virar, agradeço por isso, não aguentava mais os seus olhos centrados em mim.

Me cubro por completa e saio do ambiente. Mas que céus de toques eram aqueles! Sinto o corpo arrepiar so de pensar no olhar do garoto. Confesso que quero me matar por isso!

Será se logo logo teremos um hot??? O que vocês acham? Qual é a teoria de vocês?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Será se logo logo teremos um hot??? O que vocês acham? Qual é a teoria de vocês?

Não esqueçam de votar!!!

Apaixonada por um delinquenteOnde histórias criam vida. Descubra agora