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— É o quê? — questiono, semicerrando os olhos.

Como pode ser tao imprevisível? Creio que só quer fazer tudo o que é contra minha vontade! Ou viu que responsabilidades de pai não foram feitas para ele.

— Isso mesmo que ouviu — afirma a cabeça diversas vezes enquanto brinca com a caneta entre os dedos e mantem a postura ereta e sua face fechada ao meu rumo.

— Você não pode me mandar de volta por que simplesmente quer — nego e me levanto bruscamente da cadeira.

— Você irá voltar após o inverno. — diz, desviando a atenção para alguns papéis na mesa.

— Não vou, sabe por quê? Porque tenho meus avós.

— Ainda controlo você. Sua tutela esta nas minhas mãos. — Arqueia as sobrancelhas a medida que sua fala sai da boca.

— Ah, é? Vamos ver o que a justiça deve achar de um viciado em jogos ainda ter a guarda de uma garota — grito.

— Alisson, não ver que isso é para seu bem?

— Você nem me conhece, como vai saber o que é melhor para mim? — comento firme, enterrando as unhas nas palmas das mãos.

— Não era isso o que queria? O Internato? Agora que as condições estão reatando, eu posso pagar as mensalidades novamente e você pode viver a vida de luxo que sempre lhe ofereci.

— Tenho nojo de você! Nojo! Quando vai perceber que não preciso só da merda do dinheiro para me manter viva?! — nunca fui tão clara numa frase.

— Já está decidido! Ou você segue as minhas regras ou não lhe dou mais nada! — o timbre denúncia a alta insatisfação.

— Prefiro sair de baixo das suas garras. Sei me virar sozinha! — saio bufando do escritório, e bato a porta bravamente, causando um som estrondoso.

Meus olhos se arregalam assim que noto a figura de Aiden sentado no sofá, me observando fortemente, com aquelas iris verdes brilhantes.

— Seu pai não quis lhe dar dinheiro? — questiona, contorcendo um sorriso no rosto, enquanto devolve a atenção para o celular.

— Cuida da sua vida, ok? — puxo o oxigênio para dentro do corpo e saio da sala quase correndo.

Subo as escadas rapidamente e encontro no meu quarto. O sangue fervilha cada vez mais, e a temperatura queima a pele. As vezes acho que seria melhor se eu sumisse do mapa.

Meu pai é totalmente ridículo!

Bem, não que voltar as origens seja a pior coisa do universo, mas é a questão é que ja me sinto tão adepta a esse lugar, a essa cidade.

— Porra! Essa dor de cabeça não passa! — Stella reclama ao momento massagea as temporas. — O que deu em você? — me jogo na cama e a mesma se aproxima devagar.

— O problema é meu pai — busco por um urso de pelúcia, esticando o braço na direção da cabeceira, e assim que capturo ele, ò uso como esconderijo para o rosto.

— Seja mais clara, Alisson! — reclama.

— Eu não quero mais que ele me controle. Acredita que ele quer me obrigar a ir para o Internato, ou então pararia de me sustentar. Bem, pelo menos foi isso que entendi!

— Não acha que ele só estava de cabeça quente, e falou isso?

— Eu não sei... Mas não quero essa dependencia dele.

— Você é modelo e tem seus avós — pisca um olho. — E também tem a mim!

— Ainde bem... — suspiro alto e abraço a garota.

— Agora, vai se arrumar, por que o meu voou sai as 14hrs e antes de partir, vamos nos encontrar com as meninas. — Se distancia do laço. Bate palminhas e gesticula o dedo indicador na direção do closet.

— Você tem que ir mesmo hoje? — pergunto, me distanciando dela. 

— Infelizmente... — puxa um sorriso sem alegria no rosto.

— Esta bem — o timbre é de recusa. Dou um pulo para fora da cama e vou me arrumar.

[...]

Nos reunimos numa das mesas da lanchonete do aeroporto. Iniciamos uma conversa a mais ou menos uma hora, e pela marcação do relógio no pulso, só temos mais 50 minutos com Stella.

Scarlett fica atenta a minha melhor amiga, com um jeito tão bobo que por um instante achei que ela fosse baba. Madelyn fala sobre o seu relacionamento com Ryan, enquanto eu, com a mão tremula, apenas viajo nos problemas, nas falas de meu pai a momentos atrás, principalmente.

— Não é mesmo, Alisson? — Stella atinde o seu cotovelo no meu braço esquerdo, me fazendo saltitar dos pensamentos.

— Am? — semicerro os olhos na direção da mesma. Realmente havia fugido das falas delas.

— A Hilary estava sumida ontem — Scarlett fala.

— Ah... é verdade, a onde você estava? Me disse que iria mesmo sem par!

— Bem... eu passei a noite com um cara! — põe algumas mechas de cabelo atrás da orelha.

— Quem? — questiona Scarlett, ansiosa para a resposta, jogando os braços cruzados sobre a mesa.

— O amigo da Alisson, o Joseph — comenta, e por um minuto a minha garganta umidece ao ponto de querer se fechar.

— Joseph? — a interrogo surpresa. O garoto tinha falado que retornou a suas velhas manchas, e não duvido nada que a sua vítima esta sendo Hilary.

Tenho um pouco de raiva por isso, mas me mantenho na postura. Joseph não pode simplesmente escolher uma amiga minha para ferir os sentimentos.

— Você não pode ficar com ele. Joseph não quer nada a sério. Caso queira só ficar, tudo bem, mas compromisso não rola — alerto a mesma.

— Blair disse que você atrapalhou os dois. Não imaginava essa sua reação. — anuncia, se inclinando para frente.

— So pode estar de brincadeira! — sorrio, balançando a cabeça.

— Olha, só por que o Aiden não quer compromisso com você, não significa que os amigos dele não querem ter com a gente — comenta Madelyn, um pouco furiosa.

É como se eu necessitasse de migalhas daquele delinquente, e isso não é nem um pouco verdade!

》》Notas da autora《《

Não esqueçam de votar!!!!

O que vocês acham dessa atitude maluca dessas duas ai??? Alisson so quer "ajudar" e sempre recebe ignorância em troca. Ja disse pra ela para de palpitar na vida do outros, mas essa personagem é teimosa.....

Pessoal, seguem o meu perfil para ficar por dentro das atualizações dos cap. Sempre deixo avisos.

Sobre a maratona... vai ser especial 50k né, pq graças a Deus, ja faz um tempinho que passamos do 10k.  (Possivelmente nesse fds)

Bjss. Até a próxima!!!

Apaixonada por um delinquenteOnde histórias criam vida. Descubra agora