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A garganta se fecha. É difícil pensar que isso ocorreu com minha mãe, e é mais difícil ainda por a voz para fora. Mas Joseph é meu irmão, talvez uma das únicas pessoas que ainda me restam.

Ele não tem culpa, porém, o choque da notícia me faz permanecer estagnada.

Puxo o ar afundo no organismo, enquanto me ajoelho na frente do garoto.

— Ainda acho que você não tem culpa, irmão — abro um sorriso, derramando lágrimas a medida que limpo as dele.

— Irmã — diz baixinho, soltando um sorriso. — É melhor você não chorar, ainda tem compromisso, não?

— Eh... eu tenho. Mas só vou se você me garantir que vai ficar bem — digo.

— Vou a uma festa que Ryan me convidou, quero tirar isso da mente.

Confirmo com a cabeça, indicando que esta tudo bem. Nos levantamos em questão de segundo, e entramos no carro.

— É o Ryan... — anuncia, verificando a tela do celular.

O mesmo começa a conversar com o seu amigo, enquanto eu arrumo a maquiagem. Ainda um pouco nervosa. Será se estou bonita o bastante?

— Alisson... com quem voce vai sair hoje? — Joseph desvia sua atenção do aparelho.

— Bem, é com o Aiden — respondo, mas o garoto parece não compreender as palavras.

— Aiden? — arqueia as sombrancelhas.

— Sim — balanço a cabeça positivamente.

— Mas ele esta na casa da Hilary, num encontro de amigos — abaixo o olhar e penso nas falas do garoto.

A minha vontade é de explodir, mas mantenho o foco no parabrisa, sem ao menos conseguir ter contato visual com meu irmão. E se Aiden estiver apenas brincado comigo? Eu sou uma idiota! Uma grande idiota!

— Eu sinto muito — sussurra Joseph, batendo no volante — realmente passou pela minha cabeça que Aiden poderia ter mudado — o seu timbre é baixo e dececionante.

— Eu não sei o que aconteceu de verdade... acha que Aiden me daria um bolo? Queria me sacanear?

— Eu não sei, mas se quiser vamos juntos a casa da Hilary. 

— Sim — balanço a cabeça.

É jm pouco estranho ir a residência de uma pessoa que você mal fala, mas os questionamentos da mente me fizeram concordar.

[...]

Chegamos a uma casa completamente bem arquitetada, que se localiza num bom lugar da cidade.

A maquiagem já estava estável novamente, após o longo caminho. Joseph me contou um pouco sobre sua infância e também do motivo que ò fez fumar quando ainda tinha 14 anos. Ele repetiu algumas vezes numa quantidade grande de materias, isso explica o fato de pertencermos a mesma classe.

Andamos pelo caminho de pedrinhas. Me encontro decidida a seguir os passos que tantos já me recomendaram.

Se divertir, e não se importar com os outros.

Entramos no ambiente não muito calma mas também não muito barulhento como imaginava. Somente vozes e gargalhadas são ecoadas.

Sigo Joseph, quando o mesmo vai a uma porta que tem no fim da enorme sala.

O vento frio bate contra o rosto ao minuto que passamos para a área externa, e notamos os jovens reunidos nos sofás que ficam alguns metros distantes da piscina.

— Olha quem chegou... — Ryan contorce o rosto num sorriso.

— Venha, entrem na brincadeira, acabamos de começar. Aiden fez Ryan contar das suas aventuras quando era mais novo — analiso os olhos brilhantes me encararem com sentimentos fortes. De fúria e tristeza.

Realmente não sei o que deve estar passando por sua mente. Imagino que o mesmo deva ter achado que eu não fosse, ou só queria me fazer de palhaça. Mas por que faria isso comigo? 

Estão jogando o velho jogo de verdade e desafio, deve ser a brincadeira favorita dos americanos.

— Eu não quero jogar — mostro as palmas das mãos, negando a cabeça enquanto me sento ao lado de Joseph no sofá.

— Esta bem, então. Mas e você, Joseph, vai jogar? — interroga Ryan.

— Claro — o platinado dá de ombros, buscando uma latinha fechada na mesinha de centro.

Hilary rodou a garrafa e ela cai de um modo que meu irmão faça uma pergunta ao delinquente.

— Ja pensou em namorar, Aiden?

— Alisson, pode buscar mais petiscos, por favor. — Madelyn questiona, pondo a bacia a frente, no entanto, estagno ali mesmo, aguardando a resposta do garoto que não para de me examinar.

— Não, nunca — a fala fria é como se fosse uma flecha que atravessa o meu coração.

Pisco os olhos e pego na bacia.

— Esta bem — digo sem protestar, me levantando do assento. — Mas onde fica a cozinha?

— Na parte esquerda da sala tem uma porta dupla, é lá a cozinha. O pacote de petiscos esta no balcão. — Aceno a cabeça, saindo do assento, totalmente perdida, enquanto os outros continuam a brincadeira.

》》Notas da autora《《

Gente, ontem faltou energia!!! É isso q dá morar numa cidade pequena kkk

Pessoal, vai desculpando o cap, mas é q eu realmente ando presa, ou seja, sem inspiração. Deve ter ficado ruim, mas, eu tentei kkk

Bjsss!!! Até a próxima!!!

Apaixonada por um delinquenteOnde histórias criam vida. Descubra agora