Os dedos tremem e o coração se desmorona. É como se uma flecha que carrega a minha vida inteira estivesse perfurando o cérebro. Isso não é real. Não é real. Me recuso a aceitar! Limpo as lágrimas e ergo o queixo, por mais que os olhos denunciassem como sua fala me afetou. A garganta umidece e as unhas cravam na palma da mão enquanto uno forças para dizer algo entre os soluços que por mais que quisesse esconde-los, saiam da garganta constantemente.
— Você é insuportável. Agora sei por que sua mãe se suicidou — digo, e trinco os dentes, mantendo a visão no seu rosto pálido o bastante, a ponto da cor dos lábios dele sumirem. Lhe devolvi o afeto. Percebo que seu queixo trêmula e os nervos enfraquecem, fazendo com que a latinha que segurava na mão, caísse no piso, causando um som metálico, completamente ruim a audição.
— Vai se fuder — diz baixinho, abaixando os olhos e saindo da frente.
— Lhe conheço a tão pouco tempo, mas tenho certeza que te odeio. Eu te odeio! — aumento o tom de voz e sigo em direção a escada.
— Você só é mais uma pessoa — ouço a sua voz alta e logo surge uma zoada estrondosa de algo se quebrando, porém, sigo diretamente ao quarto.
[...]
Tudo nessa casa é horrível, exceto Anastácia. Ontem eu fui dormir soluçando, graças aquele idiota do Aiden. Por que diz coisas tão dolorosas? So por que ele tem uma vida desprezível, acha que a minha também tem que ser?
Amarro o cabelo, enquanto escuto o celular vibrar sobre a madeira da escrivaninha. Deve ser as garotas falando sobre hoje. O tal sábado perfeito.
Saio do cômodo arrumando o traje que uso, e por um momento penso ter ouvido alguém me chamar distante. Não dou bola, mas quando a voz fica mais alta, espio na janela para ver quem é. Bato os olhos naqueles cabelos enrolados e naquela pele clara que é agredida pelo sol.
Stella está aqui, isso me alivia o coração. A garota acena quando me ver e eu abro um sorriso estonteante. Saio do quarto e desço as escadas rapidamente. Abro a porta e corro para abraça-la. Stella ja se encontrava de braços abertos, esperando por mim.
O nosso abraço é forte e soltamos varios sorrisos durante o ato. Estava com tantas saudades.
[...]
Minha mão agarra a maçaneta e abro o caminho para Stella passar com sua mala. Tenho tantas coisas para perguntar a ela que não sei por onde começar.
Observo a mesma analisar o quarto de hospedes que Anastácia havia indicado. O quarto não é tão grande quanto o meu, porém, é bastante confortável. Tem vista para a piscina externa, localizada logo atrás da residência.
— A sua casa é linda! — diz admirada.
— Quem dera fosse minha... — sussurro um pouco desconfortável com a situação. Stella não entende a fala e arqueia as sombrancelhas. — Uma longa história — sorrio sem alegria, ajudando ela a por a mala sobre a cama.
— Esta bem — Stella balança a cabeça positivamente.
— Por que veio me visitar tão cedo? — Arqueio as sobrancelhas, cruzando os braços.
Stella teria aprontado algo?
— Consegui folga no internato — puxa um sorriso enquanto desliza o zíper.
— Como? — questiono duvidosa, pelo fato de ser quase impossível ter folga nas aulas, a não ser as férias.
— Um segredinho — pisca o olho a medida que posiciona o indicador a frente dos lábios.
— Esta bem, ja que não quer me contar — dou de ombros e me jogo na cama macia.
— Voltarei para o internato na segunda. — retira alguns trajes delicados da bolsa.
— Ok... — inclino a cabeça para perto de suas roupas e vejo alguns livros de alto ajuda. — Desde quando ler esse tipo de livro? — franzo o cenho.
— Desde que descobrir que certas coisas são muito libertadoras. Eles viraram os meus favoritos, você deveria ler alguns.
— Não troco os meus romances — sorrio e ela nega a cabeça, continuando o que estava fazendo. — Mas o que você ver como libertador!
— Isso — gesticula o dedo do meio e uma expressão de escárnio se forna no rosto.
— Dar o dedo? — elevo as sombrancelhas, querendo analisar se aquilo era mesmo real. — Não é falta de educação?
— Sim, porém, libertador. Experimenta mandar alguém se fuder ou então dar o dedo para ela.
— Haha... você é maluca Stella. Mas vou tentar seguir as suas dicas, mesmo que posivelmente não consiga.
— Você traiu o seu namorado, não irá conseguir erguer o dedo para alguém? — ela debocha, unindo a mão ao quadril.
— Por favor, não me lembre disso! — digo num timbre de arrependimento. Pego num travesseiro e cubro o rosto.
— Por que fala dessa maneira? — retira o travesseiro da minha face e o joga para longe. Se senta ao lado e aguarda a resposta.
— Tive uma briga feia com ele ontem. Garotinho insuportável. — suspiro alto, denunciando a angústia.
— E isso lhe afetou? — pergunta com os olhos fixos aos meus.
— Ele disse que ninguém ligava para mim. Acho que me ver alguém imprestavel, uma boneca que não serve para nada — levanto o meu tronco do corpo e me mantenho sentada, encarando Stella.
— Más que garoto mentiroso! Eu ligo bastante para você — anuncia e me puxa para um abraço. — Alisson... — sua voz sai de maneira preguiçosa, e eu assento. — Tem certeza que não gosta dele? Sabe, não mandamos no coração. Talvez isso te afetou bastante por ter saido da boca dele...
Olá pessooaaall, como estão????
O que acharam do cap? Nessa briga, de que lado vcs estão???
Bjss. Ate a próxima!!!
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Apaixonada por um delinquente
Teen FictionAlisson passou quase 11 anos de vida em um internato na Inglaterra, onde o seu pai à colocou depois da morte de sua mãe. Ela cresceu com normas e foi ensinada a como ser uma mulher bem sucedida, até mesmo planejava o seu futuro no país. Porém, ao co...