Christian estende a mão, e um calabrio sopra a espinha, causando a elevação dos pelo da pele. Preencho o pulmão de oxigênio quando correspondo o garoto e saimos em direção a saída.
Tentei não olhar para Aiden, por que poderia me arrepender ali mesmo de ter aceito.
Não tinha intenção alguma, por mim era pela amizade, porém, sou ciente de que o rapaz não quer apenas isso.
O ouvido captura todos os barulhos angustiantes da rua, tanto das buzinas dos carros como também das falas dos individuas que rolam por ali.
Analiso a areia cobrir o pé vagarosamente no instante que o pus nela. Tem tanto tempo que não desfruto dessa corrente de ar grosseira que faz os meus cabelos
- Gosta do mar?
- Sim, bastante - respondo, demonstrando felicidade.
- Por que não entramos? - franze o cenho.
- Prefiro só admirar as ondas mesmo, mas se quiser ir, fique a vontade.
- Não, eu também estou de boa - acena a cabeça, formando um sorriso de canto nos labios rosados.
Me sento na terra, mostrando os dentes, e não demora para que Christian faça o mesmo.
- Sabe, eu gosto bastante de praia, elas me trazem boas lembranças.
- Vou ser muito invasiva se pedir para citar alguma? - o interrogo.
- Não. Eu amarei contar, e imagino que seja a primeira de muitas histórias. - Ele respira profundamente, dando atenção novamente ao mar. - Quando o meu pai estava de folga, ele me levava para a praia, eram os unicos momentos que tinha ele por perto, sabe, ser filho de um duque é ter garantia de sua ausência em varias ocasiões, então, eu aproveitava o máximo, como se fosse o último dia da minha vida.
- Imagino como deve ser. - completo e o rapaz passa a sua visão a mim novamente. - Minha mãe faleceu quando tinha 5 anos e o primeiro ato que o meu pai fez foi me mandar para longe, me pôr naquele internato. Doía quando enxergava que era a única que os pais não iam buscar para passear no final de semana.
- Você deve sentir muitas saudades dela - diz.
- Você não sabe o quanto - os olhos estão prontos para segurar as lagrimas ao lembrar dela. Só Deus tem conhecimento da saudade cravada no meu peito.
Passo as mãos levemente, abaixo dos olhos, denunciando a tristeza para Christian. O garoto me puxa e causa uma colição entre a minha bochecha e o seu ombro.
- Alisson... - ele sussurra.
- Oi - o respondo, levando as pupilas para cima, na intenção de vê-lo.
- Você gosta do Aiden, não é? - ele é bem direto no assunto.
Não pude deixar de notar sua voz um pouco trêmula e sua mandibua na mesma situação, a medida que o rapaz aparenta evitar contato visual.
- Éh... - concerto a coluna - Para ser sincera, sim, eu gosto dele.
- Era apenas isso que eu queria saber, queria que fosse verdadeira comigo desde o início - fala, ainda sem me olhar.
- Esta zangado? - questiono, arqueando as sombrancelhas.
- Não - finalmente vira o rosto, formulando um sorriso sem alegria na face. - Porém, quero que saiba que também não desisti.
-Esta bem... mas eu e ele não iremos dar certo. Aiden é imprevisível, e eu preciso ter certeza que estou com alguém confiável.
- Sabe que eu posso ser isso para você - anuncia.
- É, eu sei. Mas ainda não me sinto pronta, Christian, estou tentando ficar sozinha. - digo, e logo após mordo os lábios.
- Esta bem...
Passamos a observar a escuridão e as ondas que o mar contém, permanecendo em silêncio.
- Ali... - ouço a voz de Aiden, e o coração bate forte. Olho por cima do ombros e vejo os seus incríveis cabelos sendo oscilados pelo vento - Venha aqui!
- O que você quer? - pergunta Christian.
- Quero conversar com a Alisson e não com você - o timbre sai grosseiro. Reviro os olhos, me levantando da areia e indo de encontro com o rapaz de olhos cativantes.
- Fala - comento, sem medo de demonstrar fúria.
- Podemos entrar para conversar? - ele questiona, e em questão de segundos, nego a cabeça. - Vocês estão juntos?
Olho para o lado rapidamente e noto a saida de Christian.
- Não. É so isso que queria saber?
- Não. Eu também queria... ah caralho! - nem mesmo completa a frase quando acaba a distância entre nós, e me surpreende com um beijo totalmente feroz. É quente, e parece muito um convite para o inferno. Tento não me levar por sua lingua deliciosa e pelo cheiro adoravel que o mesmo exala. Ponho as mãos nos seus peitoras e o empurro.
- Por que quer tanto me prejudicar?
- Só precisava ter certeza que ainda tem uma parte em você que me deseja.
- Esta feliz agora? - aumento o tom da voz. - Insinua que me ama, e depois viaja e parece com uma garota do lado? Você é doente, Aiden!
- Você que me fez ficar doente. A Hayley é apenas uma amiga, era enteada de Evelyn, quando ela e o pai da garota eram casados.
- Eu sinceramente não sei mais se esta mentindo ou falando a verdade - nego a cabeça quase chorando.
- Vou fazer você confiar. Vamos jantar amanhã as oito horas, pode ser?
- Não quero que faça de mim o que bem entender.
- Alisson, eu te amo. O que lhe machuca, me machuca também.
- Não sabe como eu desejo que suas palavras fossem verdades - umideço os lábios, enquanto a aflição precorre cada célula.
- Elas são verdadeiras! Mas que droga! - a sua grosseria me assusta - Alisson, por favor, vamos jantar juntos amanhã, prometo que esse será o meu último pedido. Se você não aparecer, eu vou seguir com os planos de me mudar, por que é impossível estar perto de você e não toca-la.
- Eu não irei - engulo o seco, e caminho em direção a rua.
- Estarei lhe esperando mesmo assim - escuto sua voz alta.
》》Notas da autora《《
Iaiiiii, gente, tem poucos capítulos, não to pronto para me despedir!!
Não esqueça de votar!!! To de olho.
Aliás, eu postei o 1°capitulo do livro especial de férias.
Bjs!! Até a próxima!!
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Apaixonada por um delinquente
Teen FictionAlisson passou quase 11 anos de vida em um internato na Inglaterra, onde o seu pai à colocou depois da morte de sua mãe. Ela cresceu com normas e foi ensinada a como ser uma mulher bem sucedida, até mesmo planejava o seu futuro no país. Porém, ao co...