— Sabe a onde esta a caixinha de primeiros socorros? — meus olhos se desvencilham da face de Aiden, centrando a atenção novamente aos armários.
É difícil conter contato visual com ele. E meu Deus! Como eu queria que não fosse!
— Esta machucada? — seu questionamento é doce, e se não se tratasse do delinquente, eu diria que estaria preocupado comigo.
— Não — respondo rapidamente negando a cabeça.
— Esta doente, então? — o encaro por cima do ombro, notando a sua aproximação, e o meu corpo treme não só pela dor, mas também pela sensação estranha que ò domina cada vez que o Aiden permanece por perto. — O que esta sentindo?
— É... — suspiro alto — é cólica — completo, passando a mão na testa, denunciando bravamente a angústia do momento.
— Espera ai — comenta, entrando no quartinho de limpeza.
Me encosto no balcão, aguardando o garoto. Sorrio boba, mas logo balanço a cabeça, e fecho o cenho novamente.
Não, Alisson! Não! Brigo comigo, mentalmente. É so o estado bonzinho dele, é questão de minutos para isso mudar.
Aiden não demora a sair do quartinho com a caixa nas mãos.
— Obrigada — expresso satisfação ao tempo que ele avança ao meu rumo, e me dar a caixinha.
— Por que você voltou? — seu questionamento me faz refletir. Será se há alguma chance dele ter sentido minha falta?
— Não gostou da minha volta? — cubro sua pergunta com outra.
Realmente todos nessa casa pensaram que eu tinha me mudado de vez.
— Pensei que...
— Era isso que queria? — ò corto. A minha curiosidade é sem medidas.
— Não, não queria que você se mudasse — responde tão rápido, que paraliso, parando de derramar água num como, e fixando o olhar nas intensas iris verdes. — Na verdade, Alisson, achei a sua ida meio inesperada.
— Seu desejo era me manter afasta — anuncio, pegando no comprimido e o engolindo em seguida com a ajuda da água. — Eu ja vou subir. — aponto para cima.
Avanço alguns passos, mas sou impedida de continuar o caminho, pois Aiden entra na frente.
— Deixa eu cuidar de você, só para retribuir os curativos — afolga as mãos nos bolsos.
A minha barriga treme, são as famosas borboletas no estômago, mais uma vez.
Por que eu recusaria? Ou por que eu aceitaria?
Para a primeira pergunta, a resposta é o fato de eu ser uma idiota, e para a segunda é o fato de não querer me machucar.
— Não é nada demais, eu vou ficar bem logo pela manhã. E enquanto os curativos, eu não ajudo esperando algo em troca — só me serve para o amor mesmo. Porém, sei que isso não é recíproco.
Eu tenho vontade de triturar meus sentimentos, enterra-los ou lhes arremessarem no mar.
— Por favor, Alisson! Juro que não irei tentar nada.
— Realmente não tem no que você ajudar, a não ser que arranque o meu útero, mas ainda preciso dele para procriar — recebo um sorriso largo do rapaz a medida que os seus dedos entrelaçam os fios negros de seu cabelo.
— Por que eu sou um idiota, Alisson? — so consigo enxergar a movimentação de seus lábios rosados.
Seus polegares são gentis e acariciam as minhas bochechas. O toque é tão hipnotizante, e tão gostoso, que gostaria de dormir todas as noites com os dedos deslizando na face.
— Eu não sei o que responder — digo num timbre calmo.
— Perdão por ser insuficiente. Eu sinto que devo cuidar de você, por que... por que é o mínimo que deveria fazer. Fui tão babaca da última vez que conversamos... — dá uma pausa — Quando Anastácia disse que você voltou para Inglaterra, eu surtei, mas quando vi uma foto sua com o tal do filho do duque, o mundo real retomou a minha mente. Eu não posso ser tão egoísta a ponto de querer você só para mim, e a todo instante te magoar, você merece alguém melhor, uma pessoa que lhe faça se sentir amada a todo segundo, e não alguém que te faça chorar. Então, seja feliz, princesa.
— Aiden — tento falar, porém, o mesmo interrompe.
— A verdade é que anjos não são para demônios. — seus olhos marejados me passam sentimentos fortes, é como se cada fibra do corpo vibrasse. O seu olhar é o meu verdadeiro remédio. Quase a cólica desaparece e o calafrio domina o corpo. Estamos tão perto um do outro.
— Talvez anjos realmente não seja para demônios, mas nós somos humanos — digo, chegando mais perto de sua boca enquanto orbito os braços no seu pescoço, e ò prendo no beijo.
》》Notas da autora《《
O que aconteceu????? Kkkk gente se tiver um erro fatal (por ex, com um nome de um personagem num lugar errado ou então trocado), me avisem!!!
Não esqueça de votar!!!!
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Apaixonada por um delinquente
Teen FictionAlisson passou quase 11 anos de vida em um internato na Inglaterra, onde o seu pai à colocou depois da morte de sua mãe. Ela cresceu com normas e foi ensinada a como ser uma mulher bem sucedida, até mesmo planejava o seu futuro no país. Porém, ao co...