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— Mais que porra! — grito, passando as mãos nos cabelos, afim de acalmar cada nervo agitado

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— Mais que porra! — grito, passando as mãos nos cabelos, afim de acalmar cada nervo agitado.

Não entendo por que Anthony não tem ao menos um endereço no caralho do escritório! Faz horas que estou sem reação, apenas furioso e ao mesmo tempo com medo.

Medo de algo grande que não sei denominar bem o que seria. Batidas surgem na porta, me fazendo saltitar dos pensamentos.

— Pode entrar — autorizo, num tom alto.

— Você não dormiu mesmo? — questiona Anastácia ao entrar no quarto. — Não sabia que iria sentir tanta falta da Alisson.

— Eh... eu também não — a fala sai como um sussurro, me levantando do chão que me encontrava sentado, encostado na cama.

— Vim lhe trazer um copo de água, mas estou vendo que deveria ter trago café da manhã mesmo. Como os seus rins aguentam tanta bebida? — a cozinheira analisa o meu estado de decadência no minuto que me pus a sua vista, e seu braço se ergueu na minha direção, entregando o copo.

— Eu to de boa — falo, me jogando no colchão, ainda sobre o efeito do álcool.

— Ah, é? Você ta de boa... — nega a cabeça. — O que aconteceu entre vocês para estarem assim?

Não respondo a mulher e ela diz um "esta bem" durante o meu silêncio.

— Tome o número dela! Ja tentou ligar? — ela pergunta.

— Acho que deve estar brava comigo. Por que sou tão babaca? — questiono, pegando o papelzinho que a mesma oferece.

Por que sinto que não devo ter a princesa por perto e ao mesmo tempo sinto que ela é minha, que não pode ficar ao menos dez metros de distância.

— Ninguém permanece no erro por vontade própria, Aiden! Se o problema estiver em você, é só tentar mudar — o comentário de Anastácia me faz refletir enquanto digitava o número da Alisson no celular — Espero que se resolvam. — a mulher de meia idade dá três tapinhas no meu ombro, e em questão de segundos, desaparece do ambiente. 

Ponho o aparelho ao lado do ouvido, mas ninguém atende. Tento por longos minutos, até o cansaço abrangir cada célula, e eu arremessar o celular na parede.

— Eu disse que não era pra voltar, princesa. Que droga — o timbre pacífico denúncia a derrota.

Alisson

Os dedos delicados pegam no lençol fino, fazendo um acabamento perfeito na cama. Puxo o oxigênio ao corpo com toda precisão.

Precisão de descanso. Precisão de hibernar. Os olhos pesados querem fechar a todo minuto, porém, luto contra isso.

Fazer uma viagem já é cansativo, imagine duas.

Chegamos ao hotel a pouco tempo, e logo procurei pelo quarto destinado a Stella e a mim.

Levo a cabeça de um ombro a outro, tentando recuperar as energias, até a vista se fixar na janela entreaberta e a brisa fria me cobrir por um sensação, recordando a mente sobre a noite que tive ao lado de Aiden.

Será se ao menos notou a minha ausência?

Fecho os olhos, navegando num oceano obsceno, onde continha só eu e o delinquente no seu quarto. Na noite que ele me amou. Quer dizer... na noite que eu ò amei, por que aquele não tem sentimentos.

O barulho estrondoso ecooa no comodo vindo da janela, me espanto e por puro reflexo arregalo os olhos e vejo que não foi nada além do vento grosseiro batendo contra ela. 

Amassageio os ombros e volto a atenção a abertura, enquanto me aproximo vagamente da mesma. Observo o crepúsculo lindo lá fora e capto as nuvens acinzentados cobrirem o céu, uma chuva dócil cair na grama e alguns animais se movimentarem entre as árvores.

[...]

Tudo estava certo. Até agora nenhuma notícia da mãe de Stella procurando ela. Mas logo sei que aparecerá o tal garoto e terei que arrumar um plano.

Ontem foi calmo, e depois da janta, pude repor todo o sono perdido.

Analiso o meu traje no espelho, e as batidas na porta me alertam, causando uma aceleração no coração.

Fecho a mão, totalmente nervosa, seguindo ao rumo da porta e abrindo-a gentilmente, revelando as feições do pretendente de Stella.

Os seus olhos azuis me encaram bravamente enquanto o sorriso cintilante contagia o seu rosto. As suas roupas já são as que eu esperava: uma camisa branca social e uma calça preta. O relógio dourado chega a brilhar em um de seus pulsos assim como o seu cabelo curto preto.

— Stella? — o garoto arqueia as sombrancelhas a medida que avança um passo. — Nossa... ainda bem esperei para ve-la pessoalmente... você é linda.

》》Notas da autora 《《

Oiiii pessoall, quais são as suas teorias? Será se a Alisson vai se passar por Stella??

Não esqueça de votar!

Bjss! Ate a proxima!

Apaixonada por um delinquenteOnde histórias criam vida. Descubra agora