Sigo lentamente enquanto Aiden caminha na frente. Vamos almoçar ao ar livre, acho que o garoto quis assim por que dentro da casa é infestado de fotos antigas que lhe desprende memórias.
Chegamos a uma pequena área arquitetada num formato de octógono, onde uma mesa redonda se centra. Me sento e o garoto faz o mesmo.
É a vez de Aiden se sentir desconfortavel, desde que as roupas que sua avó costumizava por diversão, não fazia o seu tipo, é uma camisa social de coloração azul clara e uma bermuta branca. Ao contrário de mim que me encontrava sastisfeita com o traje.
Uma empregada nos serve e o silêncio não deixa o lugar.
— Vamos que hora? — questiono, a medida que reviro a comida.
— Quer ir que horas? — me lança outra pergunta.
— Pensei que essa casa lhe fizesse mal.
— Também achava isso, mas está aqui com você me faz ficar tranquilo — coro e não digo mais nada. Tenho pavor só de pensar que o Aiden grosseiro e frio pode voltar quando chegarmos em casa.
[...]
Os portões de nossa residência se abrem e Aiden faz o carro avançar, passei a maior parte da viagem observando o sol que já se encontrava perto do horizonte, com os olhos quase fechados de tanto sono. Passamos a tarde conversando sobre diversos assuntos e um deles foi a minha situação com Stella. Arrumo a coluna e o cabelo, olho para Aiden e puxo um sorriso.
— Obrigada pela viagem, foi legal — retiro o cinto e ele para o carro em frente a casa. Faz os olhos chamativos me cativarem profundamente e vejo as suas sombrancelhas tentando formar um arco.
— Foi "legal"? — se inclina ao meu rumo, apoiando a mão no encosto do banco que me conforto. — Acho que tenho que fazer tudo novamente para melhorar essa definição? — cola sua testa a minha e me beija lentamente, pondo seus dedos na minha nuca.
— Foi mais do que maravilhoso — digo baixinho e os seus dentes mordem meu lábio inferior. — Agora, eu preciso ir! — distancio nossas bocas e ele respira profundamente.
Saio do carro, e Aiden se conduz a garagem. Arrumo a bolsa de lado, e é quando levanto o olhar que vejo George vindo na minha direção. Pelas suas feições ele não está nada contente, porém, estou tranquila comigo mesma. Reviro os olhos e cruzo os braços assim que o mesmo se posiciona a frente.
— Eu passei o dia todo e você tava... tava com esse ai? Achava que era diferente, mas só é mais uma... uma vadia qualquer — anuncia e por pouco não bato no seu rosto.
Paciência, Alisson! Não vai perder o controle por causa desse ai!
— Se eu sou vadia... o que você é? Ah! Claro! O homem pode trair e não sair com chingamentos na cara. Foi só a sua natureza que lhe fez me trair não é mesmo? Uma pena ter esquecido que também sinto atração — o garoto abre a boca.
— Você esta irreconhecível — ele nega a cabeça.
— Que seja! Comecei a me importar comigo mesma. E sabe de uma coisa? Eu estava querendo terminar o nosso namoro faz um tempo.
— Por causa dele? — interroga.
— Não, por causa de mim, eu não te amo, então, o que me beneficiaria ficar com você?
— Eu te amava tanto — pressiono os labios afim de segurar a gargalhada.
— É claro que amava — falo num tom de ironia e o mesmo sai do ambiente, furioso.
[...]
Ontem, assim que entrei no quarto, me joguei na cama e só acordei hoje pela manhã.
Verifico o celular assim que acabo de amarrar o cabelo. Dou uma olhada no instagran e mando mensagem para Joseph, alegando que devemos ter uma conversa.
Respiro profundamente e vendo que possivelmente hoje irá ser um dia longo, mostro uma expressão de cansaço. Não sei se Aiden vai continuar tão proximo. O dia anterior foi completamente incrível que ultrapassa todos os sonhos maravilhosos que já tive.
Aqueles seus toques, sua língua, o calor dos corpos juntamente com o da sauna... são as recordações que permanecerá eternamente na minha mente.
Me retiro do quarto pronta para ir a escola, e obviamente tenho que pedir carona para Aiden, desde que não possuo carteira e Joseph ainda teve estar zangado comigo.
Desço as escadas e a primeira figura que me aparece é a de Stella. Como ainda tem coragem de aparecer depois de alguém ter descoberto ela? Me viro na direção oposta, na intenção de voltar pelo caminho que vim.
— Alisson... — me faz olha-la por cima do ombro.
— O que você quer, Stella? — questiono sem paciência, realizando meia volta.
— Quero me explicar!
— Não tem nada para explicar, você traiu nossa amizade e acabou! — comento firmemente, avançando um passo.
— Mas eu não trai nossa amizade! — balança a cabeça.
— Ah, não? Não seja cínica, Stella! — franzo o cenho, cruzando os braços.
— Eu nunca faria isso! Deveria me conhecer — vejo os seus olhos quererem derramar lágrimas — nunca tive nada com George!
— Ele estava quase pelado na sua cama!
— Por que ele estava deitado na minha cama eu não sei, mas sei que não tivemos nada, não tem como termos algo!
— Vai continuar mentindo, Stella?! — e dessa vez sou eu quem quero chorar, so que de fúria.
— Não estou mentindo, acredita em mim.
— Cansei dessa conversa — recuo um passo e ao me virar a garota soluça.
— Eu tive nada com George, nunca! Por que eu sou gay, Alisson!
》》Notas da autora《《
Eu aq fazendo vcs terem raiva gratuita da Stella. Não esqueça de votar!!!
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Apaixonada por um delinquente
Teen FictionAlisson passou quase 11 anos de vida em um internato na Inglaterra, onde o seu pai à colocou depois da morte de sua mãe. Ela cresceu com normas e foi ensinada a como ser uma mulher bem sucedida, até mesmo planejava o seu futuro no país. Porém, ao co...