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A clavícula sobe e desce devagar quando a minha mão imediatamente agarra a macaneta e fecha a porta num segundo.

Permaneço quieta, sem saber o que dizer. Não tenho planos algum e certamente vou seguir uma ideia que possivelmente não seja das melhores.

Poderia dizer que era Stella se não me encontrasse num lugar repleto de pessoas conhecidas que chamam o meu nome constantemente.

— O que foi? Esta nervosa? — a expressão de dúvida toma conta do rosto dele.

— Não — nego repetidamente.

— Esta passando mal? — o garoto questiona, preocupado.

— Também não. Bem... eu não sou a Stella, meu nome é Alisson — ergo a mão e o mesmo me cumprimenta.

— Nossa... desculpa pelas minhas palavras — anuncia, envergonhado, enquanto respira profundamente.

— Sem problemas — inclino os ombros a medida que esforço um sorriso aberto. — Stella não vai poder lhe acompanhar.

— Ela é bem difícil... — comenta quase como um sussurro. — Deve ser bastante ocupada — completa, e aceno a cabeça.

Stella só se ocupa com as coisas da escola, mas imediatamente imagino que a mesma deve estar fugindo dele a décadas, e sua mãe, nada boba, inventa uma desculpa.

— Ela teve uma intoxicação alimentar, e como é muito dramática, resolveu voltar para casa.

— Então, presumo que devo ir atrás dela.

— Stella ligou, disse que realmente vai ficar bem, mas não deseja lhe conhecer nesse estado — invento imediatamente e o mesmo desvencilha os olhos ao chão enquanto afoga as mãos nos bolsos.

— Ela é bem exigente — diz.

— Você não imagina o quanto — contorço o rosto num sorriso.

Na verdade Stella não liga muito para os achismos dos outros, e muito menos se preocupa em estar bonita o bastante para encontrar alguém.

— E você? — ergue as sombrancelhas negras.

— Eu o quê? — a expressão de espanto cobre a face.

— O que vai fazer hoje? — continua

— Eu só vim para o festival. Mudei de escola a pouco tempo, mas o internato ainda esta nas minhas raizes, gosto — tento parecer o mais gentil possivel.

— Então, poderia mostrar o lugar — o sorriso puxado pelo rapaz seguindo ao canto, faz as suas covinhas se destacarem.

— É claro — exclamo.

— Por favor — comenta, oferecendo o seu braço.

Ha tanto tempo que não vejo alguém seguir plenamente a educação. Não que isso me importasse, só me admirava.

— Você já sabe o meu nome, mas não sei o seu...

— Me chamo Christian.

Ponho o braço entre o seu enquanto falo sobre alguns lugares que iria mostrar e também sobre os meus prêmios ja ganhos quando participava do festival.

[...]

Logo apos de explorar todos os cantos do local, e jogado varios jogos, Christian ainda não reconhecia que eu era melhor do que ele em praticadamente tudo.

Seguimos para a sala de jantar e imediatamente as cozinheiras desejam comida nos pratos.

Estava muito boa aquela brisa de calmaria e paz, até uma garota erguer a mão, e chamar a atenção de todos que estão sentados na mesa.

— Diretora! — grita a mesma garota que eu e Stella dividiamos quarto.

— Oi, querida — a mulher responde rapidamente.

— Esta faltando uma aluna, você não acha? A Stella, por exemplo, não veio.— O meu coração bate forte enquanto o cerebro tenta pensar numa boa razão.

— Alguém sabe onde esta a senhorita Stella? — o timbre alto da diretora, centra toda atenção nela.

— Ela teve uma intoxicação alimentar — comento, pacífica, afim de não demonstrar ao menos um centimetro do nervosismo.

— E por que não procuraram a médica do internato?

— Por que avisamos ao meu tio. E ele disse que era melhor ela descansar por la mesmo. Ele é o melhor do país, você sabe — George fala, causando uma surpressa extrema.

George esta mesmo tentando me ajudar em algo?

Desvencilho os olhos e volto a comer, saindo da tenção de George.

Os minutos se passam e a minha vontade de comer também. Levanto do assento e imediatamente conduzo ao rumo de uma sala, onde há um lareira bem arquitetada e acima dela um quadro de minha foto.

Rodeio a sala, passando as pontados dos dedos no encosto dos sofás e logo apos em alguns livros na prateleita.

— Gosta de ler? — a voz grossa de Christian me assuata e realizo meia volta por impulso, dando atenção a ele.

— Sim — balanço a cabeça na vertical. — Você trouxe um jogo de tabuleiro?

— Sim, são as minhas especialidades — ele pisca o olho, deixando o jogo na mesinha de centro  para ol

— Não cansa  mesmo de perder, hein! — nego a medida que me aproximo e me conforto no sofá oposto ao que Eric se encontra.

E quando finalmente o garoto começa a organizar as peças, o rangido angustiante da porta toma conta do lugar, dando visão a George, atrás da porta.

— Posso me ajuntar a vocês? — George questiona ao instante que avança os passos.

》》Notas da autora《《

Gente kkk... eu dormi na hora de postar.

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Apaixonada por um delinquenteOnde histórias criam vida. Descubra agora