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Esta tudo pronto. Escolhi o melhor vestido para usar, e arrumei o cabelo de um modo que ele permaneça perfeito.

Ainda não havia caído a fixa. Estou mesmo pronta para sair com Aiden? Realmente vai ser um encontro?

A minha cabeça explode de questionamentos e dúvidas enquanto os nervos se apavoram.

Verifico a vestimenta no espelho que se estabelece no canto do cômodo, como sempre faço quando vou sair.

Confesso que foi bastante difícil escolher o traje, pois não sei onde nós vamos, mesmo tendo insistido bastante para saber hoje no carro pela manhã, o delinquente ainda não me contou.

Porém, pedi a ajuda de Stella e também arrisquei a falar com minha avó, ela tinha ligado para me convidar a um evento. Disse logo que tinha compromisso, e à despachei.

O vestido vermelho caiu bem sobre o corpo, e posso me sentir sexy. Não sei por que, mas é isso que quero que Aiden ache de mim.

Analiso o horário e ainda são 18:30, a ansiedade é tanta que comecei a organizar as coisas assim que pus os pés em casa.

Três batidas são realizadas na porta. Respiro profundo a medida que viro na direção da mesma. Espero ver Aiden, estou bem ansiosa para fitar aqueles olhos brilhantes.

Dou passagem, mas ao invés de ver uma face repleta de satisfação, vejo uma figura completamente diferente, e expressando melancolia.

— Eu só preciso conversar com você — Joseph nega a cabeça.

O vermelho nítido nos olhos, denúncia os instantes de choro.

— O que aconteceu, Joseph? — pergunto, o mesmo sempre demonstra felicidade, e ve-lo desse modo causa uma estranheza.

— Eu preciso conversar com você — repete.

— Mas...

— É rápido, eu só acho que devo lhe contar tudo o que descobri.... — da uma pausa na fala, puxando o oxigênio para dentro com todas as suas forças. — Estou vivendo um dos piores momentos da minha vida. É horrivel sentir isso... e a única coisa que desejo agora é conversar com você. Você é a única pessoa que tenho.

— Joseph... — balbucio.

— Por favor, preciso te dizer algo importe.

— Tudo bem, mas tenho que esta aqui às 19 horas, vamos só dar uma volta numa praça aqui perto. E melhora o rosto... quero lhe ver bem — puxo um sorriso sem alegria, e o platinado faz o mesmo.

[...]

Joseph errou feio comigo, ao compartilhar meus sentimentos com outra pessoa. Ainda tenho receio de acreditar nele. Porém, as recordações de ajuda por sua parte, e as suas feições tristes não me deixaram abandona-lo.

Dizem que devemos seguir o coração, mas naquele momento o meu estava partido no meio. Olho pro relogio, angustiada, sentindo uma pequena sudorose escorrer nas costas.

Joseph estaciona o transporte e imeditamente nos dirigimos em silêncio a um banco, onde o garoto de cabelos platinados tenta evitar o contato visual e permanece os olhos fixados aos ladrilhos.

— Pode desabafar, Joseph — passo a mão levemente na sua costa.

O ato foi meio que involuntário, no entanto, não me importo em continua-lo ao longo dos segundos.

— Nunca lhe contei... e é ate difícil de contar. Vou tentar encurtar as falas... — suspira — Recentemente descobri que sou adotado.

— Você descobriu quem são os seus pais biológicos? — o interrogo, recebendo um aceno com a cabeça como resposta.

— Sim, e não queria ter descoberto. — O garoto limpa a bochecha encharcada de lágrimas. — Eu sou o resultado de uma violência.

Paraliso e todas as palavras existentes desaparecem da mente. A garganta seca, e imagino o tamanho de sua dor.

— Um certo dia, a minha mãe adotiva se encontrou com a minha mãe biológica, elas viraram amigas facilmente, as duas trabalhavam na mesma empresa. Mas, o irmão da minha mãe adotiva começou um rolo temporário com a minha verdadeira mãe, porém, a moça não queria ir tão afundo com ele... e aquele monstro... abusou dela. Eu só estou vivo por que a mulher era doce, e por insistência de minha tia, que sempre quis ter um filho, ela resolveu não abortar, no entanto, também não queria me ver. Não tenho notícias do meu pai, mas desejo que esteja no inferno. Sou fruto disso!

— Você não tem culpa — pego no seu queixo, fazendo que as nossas faces se encarem.

— Não é isso o que os olhos das pessoas que conhecem historia me dizem. Eles me julgam de um modo, que as vezes me faz pensar que sou o pior ser do universo.

— Ei... Você é uma das pessoas mais gentis que conheço. Não deve carregar o peso do erro dele nas suas costas! E as pessoas que lhe julgam não sabem quem é você.

— Alisson... as pessoas que me julgam pelo olhar são os seus avós, a sua mãe era a minha mãe. Ainda tem a mesma visão? — Arqueia as sombrancelhas.

》》Notas da autora《《

Esperavam por isso???? Por que julgaram tanto a Alisson no capítulo anterior, hein???? Sem saber o lado dela????

Gente, vou fazer um acordo, se tiver 40 VOTOS no 1°cap do novo livro, talvez ainda faça um capítulo e joguei aqui AINDA HOJE!!

Coloquei muito pq to com um piguinho de preguiça, mas se vcs atingirem, eu faço!

Bjss... até a próxima!!!

Apaixonada por um delinquenteOnde histórias criam vida. Descubra agora