— Se pegaram? — o garoto insiste mais uma vez, porém, não sei se fico irritada somente pelo fato dele perguntar ou se me alto questiono o por que de ele pensar isso — desculpa, estou sendo invasivo, eu só creio...
— Não, claro que não! — nego a cabeça e estreito os olhos. — Por que você acha que nós nos "pegamos" — faço aspas com os dedos.
— Por que Aiden pega geral, pelo menos as que ele se interessa.
"Pega geral" isso permanece na consciência por vários segundos.
— Então, o que fazia na casa dele? — questiona e eu encaro as iris azuis profundamente.
— Bem, eu sou enteada da tia dele. — digo depressa, abrindo um livro e passando a atenção a ele.
— Esta certo — Joseph continua a brincadeira com o lápis, o jogando de uma ponta a outra sobre a mesa. — E o seu nome? — não consegui ouvir a sua fala corretamente.
— Am? — digo baixinho, um pouco desatenta. Levanto o queixo e arqueio as sombrancelhas.
— O seu nome! — o garoto repete.
— Alisson — puxo um sorriso sem mostrar os dentes e ele faz o mesmo.
— Acho que vamos ser bons amigos — anuncia ele, arregalando os olhos e coçando a garganta.
Não sei se realmente iremos ser amigos, mas até agora ele parece ser mais simpático do que o deliquente.
— Ah, é? — franzo a testa enquanto passo a mão levemente nos meus cabelos presos.
— Sim — ele gargalha e me observa estranho — alguém ja te mostrou a escola?
— Ahram — aceno a cabeça.
— Por que nunca sou escalado para apresentar a escola a alguém? — suas palavras me tiram uma gargalhada.
Fixo no quadro negro a frente e me perco nas conversas embaraçosas que vinha de todos os cantos. O branco das paredes é opaco e todos os quadros presos ficam perfeitamente bem arquitetados. Por um momento posso ouvir as risadas das minhas amigas e a minha professora antiga de química inicando a aula.
Desvio para as janelas a direita e bato a vista a Joseph que fita o livro, admiro a luz do sol atravessar as janelas e seguirem a minha visão contra a face do garoto, que por um instante se escurece. Talvez ele esteja correto, talvez sejamos bons amigos, pois pelo menos demonstrou um pouco de educação, o que o seu amigo não demonstrou em minuto algum.
[...]
Assim que a aula de química terminou, fui a busca das aulas que ainda tinha que assistir, elas passaram igualmente uma névoa, e eu fico grata por isso. Mal posso esperar para forrar o estômago.
Me ajunto aos outros alunos na fila e após segundos, ja pego o almoço. Não sei por onde seguir até sentir o mesmo toque no braço e identificar que é Hilary.
— A minha próxima aula é de História, e a sua? — pergunta, animada.
— A minha também.
Caminhamos na direção de um lugar para comer, e ao passar pela mesa que esta o deliquente e seu bando, eu demonstro uma expressão de nojo, mas não demora muito, pois logo o mesmo começa a me encarar de queixo rígido como se estivesse furioso com algo.
— Alisson — a garota me dar um toque e imediatamente engulo o seco a medida que pisco os olhos diversas vezes. — Estava me ouvindo? — pergunta e eu balanço a cabeça positivamente.
Sentamos numa mesa disponível e logo deliciamos a comida. É um lugar bom para observar o que se passar pelos outros locais. Os jovens daqui são agitados até de mais, diferente dos do internato que são mais pacientes e educados.
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Apaixonada por um delinquente
Teen FictionAlisson passou quase 11 anos de vida em um internato na Inglaterra, onde o seu pai à colocou depois da morte de sua mãe. Ela cresceu com normas e foi ensinada a como ser uma mulher bem sucedida, até mesmo planejava o seu futuro no país. Porém, ao co...