- Você esta bem? - pergunto, passando o polegar levemente na sua mandíbula. E como ele esta sujo de sangue! - Quem fez isso? Estava numa briga?
- Não é da sua conta - empurra o meu braço.
Destranca o carro enquanto eu fico paralisada ali, apenas observando a sua fúria ao bater a porta. Ele buzinha, me fazendo voltar para mim, e em movimentos avexados entro no transporte.
Respiro profundamente. Queria saber o que de fato aconteceu. Aqueles garotos teriam batido nele?
- Você esta realmente bem? - questiono calma, enquanto Aiden faz o carro dá ré.
- Por que se importa? - para o que esta fazendo e me pergunta, levantando as sombrancelhas. Por uns instantes pude ver a minha garganta secar e as palavras sumirem.
- Por que você esta dirigindo. Não estou a fim de lever um acidente - nego a cabeça, me concertando no banco.
- Ah - anuncia frio, girando o volante e logo guiando automóvel para fora do estacionamento.
- Tinha mesmo que pegar logo uma garota que namora?! - demonstro a minha angústia, quebrando o silêncio que permanecia por vários minutos.
- Porra! Quem namorava era ela, e não eu! - bate a mão fortemente na direção.
- Falava para o namorado dela antes dele... - digo baixinho, cruzando os braços.
- Não vai mais acontecer. Já cuidei disso - enrijece o queixo e deixa a sua atenção centrada na estrada.
- Depois eles foram procurar por você? - arqueio as sombrancelhas. - Por isso está tão sangrento...
- Eu que procurei eles. Não gosto que joguem o que é para ser meu em cima dos outros.
Posso ver na sua expressão que esta sentindo dor, mas não faço nada, somente me concentro em admirar as luzes trazeiras dos carros que iam a nossa frente.
[...]
Não me cruzei com Evelyn e muito menos com meu pai quando cheguei em casa. Tranquei o meu quarto para tomar um banho demorado, e assim me livrar do peso que carrego nas costas. Tudo o que ocorreu hoje foi de mais para mim. Estou acostumada com pessoas educadas e respeitosas tanto na classe de aula como também fora dela. Talvez era isso que o Internato escondia, os humanos de verdade. Talvez fosse até mesmo culpa minha por não me permitir a conhecer indivíduos que não morassem na mesma escola que eu, ou não morassem perto - assim como George.
George. É a pessoa que mais quero falar no momento, desafar um pouco poderia me trazer paz. Agarro o meu celular assim que dou uma pausa na leitura do livro de História. Digito o seu número e ponho o aparelho ao lado da orelha.
George: Olá, quem é? - a voz feminina atravessa o fone. Permaneço estagnada, não sabia o que falar ou como reagir aquilo. Aliás, por que uma garota atenderia o celular de George? - Quem fala? - repetiu.
Devagar retiro o celular do ouvido e desligo a ligação, boquiaberta. Sinto uma lágrima descer na bochecha e ligeiramente a limpo, assim que ouço alguém na porta.
Me levanto da cadeira, completamente em choque. Abro a porta querendo derramar um vale de lagrimas.
- Você tem que jantar, mocinha! - reclama Anastácia e eu sorro sem alegria para ela.
- Eu não quero - nego a cabeça.
- Mais uma, meu pai! O outro resolve encher a barriga de álcool. - põe a mão na testa e depois me encara novamente - Pelo menos venha a cozinha comer alguma fruta. Você precisa se alimentar.
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Apaixonada por um delinquente
Teen FictionAlisson passou quase 11 anos de vida em um internato na Inglaterra, onde o seu pai à colocou depois da morte de sua mãe. Ela cresceu com normas e foi ensinada a como ser uma mulher bem sucedida, até mesmo planejava o seu futuro no país. Porém, ao co...