Aiden me leva para o meio da sala, fazendo permanecermos entre os dois sofás que estão cobertos por lençóis brancos. Analisa o local e notando o que estava a procura ele me olha.
— Vem aqui... — me puxa pelo pulso na direção de duas poltronas atras de um dos sofás e na frente de uma lareira— esta vendo aquele quadro? — gesticula o dedo na direção de uma parede que se encontra o tal quadro. Na foto Aiden está trocando os dentes, e a mãe do garoto é linda.
— Sim, parece que vocês eram felizes — digo e os seus olhos demonstram ao contrário. Observo sua clavícula subir e descer vagarosamente.
— Essa é a razão por que eu digo que não deve acreditar em imagem, não deve se importar com ela. O seu físico não define você. E naquela foto vemos um pai e uma mãe elegante, juntamenta ao seu filho sortudo que já nasceu herdeiro, qualquer ser humano pensaria se visse essa cena ridícula pela primeira vez, mas na verdade é que eu nunca tive sorte. — Sua voz calma transmite tristeza e analisando as suas feições percebo que o garoto realmente se senti mal quando recorda o passado.
Por reflexo, apoio a cabeça no seu ombro e o mesmo estreita os olhos
— Se não quiser falar. Esta tudo bem! — digo baixinho. Por mais que me interesse para saber da sua vida, sinto que isso machuca uma ferida enorme no Aiden.
— Não vou fazer você voltar sem lhe dizer nada. — Engole o seco — A minha mãe, a Kira, ela tinha uma síndrome, a Síndrome do Estocolmo. E o meu pai, Issac, espancava ela quase todas as noites. Ela chorava, chorava bastante, mas no dia seguinte, quando eu criava coragem para pergunta-la se não queria sair de casa, Kira dizia que só era um momento e que Issac a amava e ela amava ele. Houve duas ou três vezes que entrei na frente dele, e acabava saindo ferido também. Issac era sem compaixão, grosseiro, porém, quando amanhecia ele fazia de tudo para se passar como um marido e um pai perfeito. E eu sabia que ele era podre por dentro, queria espalhar para todos, mas Kira me impedia.
Aiden para por um momento e inicia uma observação ao chão, suas mãos tremem e sem pensar duas vezes, entrelaço os dedos aos dedos de uma das sua mãos.
— Os meses se passaram e tudo continuava o mesmo. Até quando completei sete anos, fomos viajar para a praia, como qualquer família "feliz e perfeita". Issac tinha umas reuniões e ficou para trás, eu e Kira fomos na frente, ela estava muito alegre, mas só bastou chegar no quarto do hotel para receber a notícia que Issac levou um acidente e não resistiu. Kira entrou em desespero, disse um monte de bobagens para mim, a qual uma das, foi que eu era um órfã e não continha mais valor algum. Kira me trancou no armário e segundos depois ouvi um barulho estranho. Somente quando uma empregada do hotel me tirou do armario, que eu recebi a notícia que... que a minha mãe tinha se suicidado. Naquela noite eu comecei a odiar meu aniversário, comecei a odiar e a não confiar em ninguém, mesmo que Kira não fosse a melhor mãe do mundo, eu amava ela. Mas depois daquilo, prometi que não ia derramar mais uma mera lágrima por ela.
Toda essa informação me faz paralisar e a única coisa que ainda consigo fazer é acariciar Aiden. Não tinha ideia que a sua infância foi conturbadora a esse ponto.
[...]
Depois de um tempo Aiden me chama para visitar o primeiro andar, mas não passamos pelo seu quarto ou pelo quarto de seus pais, pois o garoto preferia assim, disse também que iriamos o único quarto que ainda lhe confortava.
Abre a porta e eu o sigo para dentro do cômodo gigantesco. É um quarto que daria a sala da nossa casa. A cama se localiza no centro, roubando toda a cena da paisagem.
— De quem era esse quarto? — avanço alguns passos e começo a espionar todos os objetos.
— Era da minha avó, ela vinha nos visitar nos verões, a melhor parte do ano. Sempre gostava de mostrar que era rica. Haha... porém, uma pessoa maravilhosa.
— Ela era estilista? — pego numa folha velha e ò mostro.
— Sim! Uma vez me disse que desenhar roupas lhe fazia liberar emoções.
— Eu também acho isso! — digo baixinho.
— Vou te mostrar uma coisa que não vai acreditar — segue ao rumo de uma porta que parecia ser bastante um armário, mas quando o rapaz descobre o lugar, me vejo perante a uma joalheria. Adentramos o pequeno quarto e a minha boca não se fecha enquanto os olhos admiram aquelas jóias. São completamente fascinantes e caras, eu conheço uma boa jóia de longe.
— A sua avó era certamente incrível! — comento, passando os dedos sobre alguns colares.
— Pode ficar com o que desejar — põe o meu cabelo para o lado e puxa o lóbulo de minha orelha.
— Não deveria ter falado isso! — apresento um timbre brincalhão.
— Vou ver como esta indo o nosso almoço. — recua alguns passos.
— Espera aí... nós vamos comer aqui? — franzo a testa e Aiden volta a atenção para mim.
— Sim, aliás, caso queira se banhar a porta do banheiro fica num canto do quarto e eu vou pegar roupas para você no quarto de costura da minha avó.
— Ah, não! — nego a cabeça.
— Prometo trazer roupas que sejam do seu estilo.
— Duvido muito, mas espero que acerte! — digo e Aiden se retira do cômodo sorrindo.
[...]
Estico o braço e agarro a toalha que havia por perto, a enrolo em torno do corpo e saindo do box, vejo aqueles olhos verdes me chamando enquanto viaja pelas minhas curvas. Aiden mostrar malícia e se impulsiona contra a parede que estava encostado, avança alguns passos e não evito corar.
Seus polegares chegam ao meu rosto e os seus lábios chegam aos meus, velozmente, cheios de amassos e prazer. O garoto me leva a sua cintura e me conduz para algum lugar, abre a porta que há no banheiro e o calor surpreendente do outro cômodo me faz abrir os olhos e quebrar o beijo. Era uma sauna!
— Disse que iria cobrar — ele sorri e me beija novamente, jogando as minhas costas contra a parede e retirando a toalha que envolve o meu corpo. — Vou te encher de prazer, que vai se arrepender de ter passado a noite com aquele idiota — sua voz aveludada ao pé da orelha me faz respirar alto e o mesmo me admirar safado.
》》Notas da autora《《
Algo me diz que o clima vai esquentar, e isso não tem nada a ver com o fato deles estarem numa sauna.
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Apaixonada por um delinquente
Teen FictionAlisson passou quase 11 anos de vida em um internato na Inglaterra, onde o seu pai à colocou depois da morte de sua mãe. Ela cresceu com normas e foi ensinada a como ser uma mulher bem sucedida, até mesmo planejava o seu futuro no país. Porém, ao co...