Agarro o celular na mesinha de cabeceira e verifico o horário. Caraca! Já são 10 horas. Inclino o tronco do corpo para frente, arrumando o lençol sobre as pernas, e ao virar o rosto, analiso Stella ainda dormindo. Solto um sorrisinho enquanto o oxigênio entra bravamente no organismo pelo nariz.
Ontem foi uma noite perturbadora. Bem, não muito boa, mas pelo menos Joseph não a fez ser tão ruim assim. Ele me ajudou bastante na organização dos meus pensamentos. E agora sei o que devo fazer.
Esse vai ser o meu tempo, somente meu! Chega de pessoas secundárias roubar o papel principal na minha vida!
Saio do quarto, passo no closet rapidamente, e entro no banheiro. Molho o rosto e me admiro profundamente, lá no fundo dos olhos verdes claros que há uma pessoa querendo ser libertada. Faço as minhas higienes sem pressa, e assim que termino vou para o closet.
Penteio o cabelo e escolho um bom traje casual. A única coisa que possivelmente não mudarei, será o meu gosto por roupas. Admiro muito ele, e não consigo encontrar defeitos nele, além do mais, só porque irei mudar algumas atitudes e pensamentos, não quer dizer que devo andar fora da moda também.
Me retiro do quarto bagunçado e vou para a cozinha, afim de preencher o estômago, já que o mesmo ronca muito. Entro no ambiente e como sempre Anastásia está apoiada no balcão, pondo a “mão na massa”.
— Finalmente algum jovem dessa casa acordou — diz assim que sua vista sobe e fixa a minha face nada agradável. Levo a cabeça de um ombro a outro e bocejo.
— Bom dia, Anastacia! — me sento num dos bancos que há perto de onde a cozinheira se localiza.
— Bom dia! Por que não foram para escola hoje? Por acaso é algum feriado que não estou sabendo e não recebi folga? — arqueia o par de sobrancelhas curiosas.
— Ontem teve uma festa na de um aluno, e ele convidou a escola toda, acha que alguem iria hoje? — cruzo os braços.
— E essa festa foi legal? Acho que pro Aiden deve ter sido, o garoto acordou com uma dor de cabeça e isso é sinal de que teve uma grande noite, e uma briga também, aquele arranhão no peito é assustador. — nega a cabeça. — Mas se não voltasse ferido, não seria o Aiden. — dá de ombros.
— Ah… — suspiro, relaxando os ombros.
Tento me livrar dos problemas, mas a pessoa que mais me causa, mora na mesma casa que eu.
— Fiz uma torta, está com fome? — passo a mão na barriga, acendo a cabeça.
Ela põe a comida na minha frente, e não demoro muito para devorá-la.
— Tenho muitas coisas para fazer ainda hoje — reclama baixinho.
— Quer que eu lhe ajude? — questiono, quase finalizando a fatia de torta.
— Realmente sabe cozinhar? — franze o cenho.
Uma coisa que não posso negar, é que o Internato me ensinou muito em relação a sobrevivência e talento com os instrumentos.
— Fui a melhor na aula de culinária que tive no Internato — puxo um sorriso e a mesma solta uma pequena gargalhada.
— Esta bem. Corta essas cebolas — comenta e me entrega as mesmas, juntamente a uma tabua.
— Anastacia! — a voz de Aiden ecoa alta no ambiente, e não demora muito para a figura atravessar a porta. As orbes batem nas suas, porém, sou rápida, e os desvio para a cebola rebelde que causa ardência nos olhos. — Preciso dar um jeito nesse ferimento, vou sair jaja. — levanto um pouco o queixo e encaro o seu peito com o corte, desde que o delinquente escolheu se posiciona logo na minha frente.
— Posso saber para onde vai nessa hora? — questiona a cozinheira.
— Para o tatuador — responde. Sinto os seus olhos centrados em mim, e por reflexo, o observo também.
— Por um momento pensei que iria para algum almoço romântico. Tenho fé que ainda te vejo com uma garota!
— Eu? Anastácia, não viaja. Sabe quando irei aparecer namorando aqui? Nun-ca! — joga a maçã que contém nas mãos para o algo e logo após agarra novamente e dá uma grande mordida, ainda me examinando bravamente.
— Se está dizendo… quem sou pra contrariar?! Agora, a Alisson desde pequena sonha com um príncipe, e já tem namorado — comenta Anastacia.
— Eu terminei com ele. Em rosas também há espinhos — volto a atenção para as cebolas.
— E no fim das contas a princesa fica obcecada em procurar outro, e não importa quem — diz Aiden.
— Na verdade, ela busca a quem se socorrer, o ruim é que no caminho tem muitos idiotas como obstáculos.
— Vou buscar os medicamentos para arrumar isso ai — Anastacia aponta para o ferimento de Aiden e sai do ambiente ao mesmo tempo que Evelyn entra.
— Alisson, seu pai está lhe chamando no escritório — fala, e somente quando se aproxima mais que vejo uma revista nas mãos de Evelyn.
— O que ele quer? — reviro os olhos.
— Não sei. Mas como você ficou bonita nessa revista, garota! Não é mesmo, Aiden? — mostra a foto para o mesmo, só que ele sai de perto sem falar nada. — Não liga para ele.
— Eh, eu sei. Você sempre fala isso! — Termino de cortar as cebolas e me retiro do cômodo, seguindo ao escritório.
Abro a porta e logo descubro a face nada agradável de meu pai, enquanto mexe no notebook. Desvia a atenção do trabalho e me dar ela.
— O que você quer? — questiono de modo rude, assim que me conforto numa cadeira.
— Como tenho pouco tempo, vou ser direto — olha para o relógio de pulso.
— Também pretendo que seja breve — levanto as sobrancelha enquanto aguardo a sua fala.
— Você vai voltar para o Internato na Inglaterra!
》》Notas da autora《《
O que acharam do cap????
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COMO ESSES DOIS SAEM DA MINHA CABEÇA, SENDO QUE SOU BEM PACÍFICA???
NISSO, EM QUE LADO VC TÁ?
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Apaixonada por um delinquente
Teen FictionAlisson passou quase 11 anos de vida em um internato na Inglaterra, onde o seu pai à colocou depois da morte de sua mãe. Ela cresceu com normas e foi ensinada a como ser uma mulher bem sucedida, até mesmo planejava o seu futuro no país. Porém, ao co...